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Fábrica de nuvens

Equipe de mediadores

Memórias, motor, água e sabão. Foi assim que o artista filipino David Medalla criou o conjunto de obras Bubble Machines. Uma delas, Cloud-Gates (1965/2013), passa a fazer parte do acervo do Inhotim e entra em exposição no parque amanhã, 4 de setembro.

 

Medalla mudou-se para Londres na década de 60 e fundou a Galeria Sinais, especializada em arte cinética. Como importante nome da arte experimental, foi ele quem introduziu artistas brasileiros como Lygia Cark, Hélio Oiticica, Mira Schendel e Sérgio de Camargo ao público europeu. Seu trabalho conquistou o artista Marcel Duchamp, que lhe prestou uma homenagem em forma de escultura, intitulada Medallic Sculpture.

 

Em 1964, o artista criou a obra Máquina de Areia, uma produção engenhosa na qual um motor impulsiona um bambu para produzir desenhos e formas aleatórias em uma caixa de areia. Pouco tempo depois, Medalla começou a demonstrar o seu interesse por questões políticas e sociais por meio da arte participativa. Na obra Sticht in Time (1967), o artista convida o público a costurar livremente palavras e frases sobre um pano. Assim, a atuação do público torna o processo de criação infinito e dialoga com experiências que ultrapassam as vivências do próprio de Madalla.

 

Também conhecido por suas performances, seja contando histórias, lembrando contos ou descrevendo cenas surpreendentes, Medalla realiza no Inhotim uma performance inédita em 4 de setembro, data da inauguração de novas obras, entre elas Cloud-Gates.

 

Medalla nomeia seu trabalho como atômico, buscando atingir dimensões que extrapolam os limites da obra, agregando valores e experiências a serem vividas e compartilhadas pelo público.

 

O convite o artista já fez. Agora só falta você se programar para conferir tudo de perto! Clique aqui e adquira seu ingresso.

 

Texto de Renan Ribeiro Zandomenico, mediador de Arte e Educação do Inhtim e mais novo admirador de David Medalla

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Modelos de negócios inovadores

Luiz Othero

Durante a 10ª Semana do Meio Ambiente do Inhotim, tivemos a oportunidade de nos aventurar em um workshop de Business Model Generation, a partir do acervo de arte contemporânea e botânica do Instituto. O Business Model Generation é um livro que funciona como manual prático e eficaz para compreender, projetar, testar e implementar modelos de negócios.

 

Escrito em colaboração entre 470 profissionais de 45 países diferentes, o livro resultou em uma metodologia simples e assertiva, que permite emergir o potencial criativo e intuitivo a partir de uma linguagem visual. Ao mesmo tempo, ele assegura uma estrutura lógica e racional, transformando a maneira de criar, representar e comunicar modelos de negócios. O workshop foi inspirado nessa publicação e os métodos nele propostos foram apresentados e testados pelos participantes.

 

Em um mundo em constante transformação, precisamos de ferramentas que acompanhem a velocidade das mudanças que vivenciamos. O Business Model Generation conta com um quadro, chamado de Canvas, em que os nove elementos que compõem um modelo de negócio são projetados. Com o passar do tempo, as relações que influenciam seu negócio mudam, o cenário fica favorável ou desfavorável e, como nos dias atuais isso acontece em uma velocidade absurda, o Canvas permite que rapidamente uma reconfiguração de seu modelo seja estabelecida.

 

O vídeo a seguir explica, de maneira simples, o Business Model Canvas:

 

Ao trabalhar o tema dentro do Inhotim, fomos privilegiados com as reflexões que pudemos absorver dos acervos. A obra True Rouge (1997) foi a escolhida para ser observada no início do nosso workshop e, por isso, a que mais contribuiu com o nosso processo de inspiração. Os participantes visitaram a galeria em que está instalada, expandiram os limites de seu potencial criativo para se entregar a um processo intuitivo, colaborativo e multidisciplinar de geração de modelos de negócios. Em diversos momentos do workshop, reflexões provenientes da observação da obra ajudavam no aprendizado das novas ferramentas de geração de modelos de negócio e na expansão da capacidade de reflexão e criatividade dos participantes.

 

Os resultados foram surpreendentes. O clima de confiança foi rapidamente estabelecido após observar e compartilhar reflexões da obra de arte e a criatividade e colaboração apareceram de forma natural ao longo de todo o tempo do workshop. Os participantes conseguiram absorver o conteúdo rapidamente e partiram para a prática. Durante o preenchimento do Canvas, as dúvidas apareciam e se resolviam dentro do próprio grupo, quase sem a intervenção do facilitador. O Business Model Generation powered by Inhotim foi testado e validado!

 

Quer conhecer mais sobre o método Canvas? Então visite o site oficial do Business Model Generation, em que é possível fazer o download do modelo do quadro.

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Arte compartilhada

Redação Inhotim

O Inhotim passou a integrar o acervo on-line do Google Art Project. Agora, de qualquer lugar do mundo, é possível andar pelos jardins do Instituto e conhecer as galerias e obras externas.  Nada substitui uma visita ao parque, mas a experiência de navegar pela coleção, percorrer diferentes percursos com o Google Street View e explorar mais de 90 obras de nomes como Miguel Rio Branco, Tunga e Carlos Garaicoa é, sem dúvida, estimulante. Além disso, um importante passo no sentido da democratização do acesso à arte. 

 

Mais do que imagens em alta resolução e textos sobre as obras de arte,  a visita virtual guarda uma surpresa para os usuários.  Celacanto Provoca Maremoto, da artista brasileira Adriana Varejão, pode ser explorada em detalhes nunca vistos: a imagem está disponibilizada no formato gigapixel, ou seja, tem 1 bilhão de pixels. E fica mais bonita a cada zoom. 

 

Google Art Project Inhotim

 Gigapixel da obra Celacanto Provoca Maremoto, Adriana Varejão. 

 

Ao todo, o Google Art Project disponibiliza obras de 315 instituições culturais de diversos países do mundo, oito delas brasileiras. O acervo soma mais de 6 milhões de itens on-line. Então, não perca mais tempo: acesse o site do Google Cultural Institute e conheça o projeto. Aproveite para escolher a rota da sua próxima visita ao Inhotim. 

 

Foto: Adriana Varejão, Celacanto Provoca Maremoto,  2004-2008.  Eduardo Eckenfels.