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Minimostra de Música Contemporânea

Redação Inhotim

No próximo domingo, 25 de maio, violões, flautas, percussões e esculturas musicais tomam conta do Inhotim para compor a Minimostra de Música Contemporânea. A partir das 15h, os grupos mineiros Corda Nova, Flutuar Orquestra de Flauta, Grupo de Percussão da UFMG e Quarteto Cretinos e Plásticas se apresentam pelos jardins do Instituto, em um cenário que mistura arte e natureza de forma única. Para convidar você a experimentar tudo isso, o Blog do Inhotim pediu que cada grupo contasse o que faz de sua música contemporânea. Confira!

 

Fernando Rocha, do Grupo de Percussão da UFMG – “A percussão talvez seja o instrumento mais emblemático da Música Contemporânea. Isso porque engloba uma gama de sons e instrumentos, os mais variados possíveis, incorporando ainda objetos do dia a dia e outros, inventados pelos próprios músicos, que geram um material sonoro quase que infinito para o compositor de música contemporânea. Mas o percussionista contemporâneo também não se restringe ao som. A sua predisposição à experimentação permite que sua música incorpore materiais de outras áreas, como do teatro, da literatura, do circo, da dança, da tecnologia. Dessa forma, talvez o que seja mais contemporâneo no trabalho do Grupo de Percussão da UFMG seja sua falta de preconceitos e seu interesse constante na ampliação da linguagem musical.”

 

Stanley Levi, do Corda Nova – “O Corda Nova já se criou filho de seu tempo. Com a contemporaneidade em seu DNA, o grupo primou pelo trabalho com compositores vivos, e até aqui levou aos palcos exclusivamente obras encomendadas especialmente para seus espetáculos. Não é apenas a tinta fresca das notas no papel que define a sintonia do grupo com sua época: seus integrantes estão imersos e sintonizados com a produção musical e com o pensamento atuais, seja através de propostas artísticas radicais seja por sua formação acadêmica e humana. Isso vai desde sua inserção ativa na vida cultural comunitária de sua terra até o convívio com comunidades pouco integradas ao mundo ocidental. Tudo isso tem se refletido na produção do grupo, culminando em criações que, muitas vezes, extrapolam o mundo estritamente sonoro em direção ao plástico, ao cênico e à conceitos e poéticas que são um retrato possível, uma faceta, do Brasil contemporâneo.”

 

Alberto Sampaio, da Fluturar Orquestra de Flauta – “A liberdade norteia o trabalho e a orientação estética da Flutuar Orquestra de Flautas, grupo que não se deixa prender a nenhuma corrente artística que lhe possa cercear a espontaneidade de expressão. Isso é o que lhe confere a contemporaneidade e a originalidade artística: a ousadia da experimentação e da criação. Tudo na Flutuar é liberdade: a escolha de repertório, a estruturação dos arranjos, a atuação em palco, o despojamento de seus integrantes e, principalmente, a alegria de se tocar em conjunto.”

 

Marco Scarassatti, do Quarteto Cretinos e Plásticas – “Mais que estar identificado com os modos de produção de uma época, ser contemporâneo é descolar-se dela e deslocar-se sobre ela, a fim de interrogá-la nos seus modos de agir, tocar, pensar e, no caso, fazer a música. Nós, dos Cretinos e Plásticas, investigamos, exploramos e interrogamos o fazer musical e artístico no próprio tempo em que fazemos nossa música. Da elaboração e confecção do instrumentário, até a construção poética de um espaço sonoro por meio da improvisação, passando pela aproximação a outras artes expressas no objeto-instrumento, tomado também por sua plasticidade, o que fazemos é explorar e nos descolar pelos modos de se fazer e pensar a música atualmente.”

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Adriana Varejão e História

Redação Inhotim

“Minha narrativa é um tecido de histórias. Histórias do corpo, da arquitetura, do Brasil, da tatuagem, da cerâmica, dos azulejos antigos, portugueses, ou dos modernos vulgares, dos mapas dos livros, da pintura.

 

E mais: um botequim na Lapa, um canto em Macau, uma piscina em Budapeste, ruínas em Chacahua, um muro em Lisboa, um claustro em Salvador, um hammam subterrâneo no 18º bairro de Paris, um delicado vaso Song, uma frase num livro, um mercado em Taxco, uma pele tatuada, um anjo negro em Minas, um caco em Barcelona, um nanquim em Guilim, um açougue em Copacabana, um crisântemo em Cachoeira, uma notícia no jornal, um espelho em Tlacolula, um banheiro de rodoviária, um pássaro chinês em Sabará, o som do violão, um azulejo em Queluz, um charque em Caruarú, uma frase do passado, um quadro em Nova Iorque, ex-votos em Maceió, um vermelho em Madrid, um sento em Kyoto, e mais, e mais, e mais…”

 

Adriana Varejão, sobre sua relação com a palavra história.

 

Em 2008, o Inhotim inaugurou um de seus pavilhões mais emblemáticos, marco da profunda relação entre arte, arquitetura e paisagismo presente no Instituto. A Galeria Adriana Varejão abriga seis obras da artista, trabalhos que expressam sua diversidade de interesses e variedade de fontes de sua pesquisa. No dia 24 de maio, Adriana Varejão vem a Belo Horizonte a convite do Inhotim para participar do Seminário Espaço, Trabalho e História. Clique aqui para ver a programação completa do evento.

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Palmeiras: ciclo de palestras

Redação Inhotim

Com uma das maiores coleções de palmeira do mundo, o Inhotim realiza, no próximo sábado, 17 de maio, um ciclo de palestras com foto nessa família botânica. Entre os temas de discussão, estão o uso dessas plantas no paisagismo, principais cuidados, reprodução e utilidades. Confira a programação completa:

 

Ciclo de Palestras – O Universo Botânico da Família Arecaceae

Local: Espaço Igrejinha – Instituto Inhotim

Entrada gratuita para visitantes

 

1ª rodada – de 10h às 13h

 

Palmeiras brasileiras novas e pouco comuns

Palestrante: Harri Lorenzi. Engenheiro agrônomo e pesquisador, é fundador e atual diretor do Instituto Plantarum, em Nova Odessa/SP. Foi pesquisador convidado da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e já publicou dezenas de trabalhos científicos e livros sobre botânica.

 

O uso das palmeiras no paisagismo

Palestrante: Pedro Nehring. Paisagista do Inhotim, faz parte da história dos jardins que hoje compõem o instituto desde quando o local era uma propriedade particular. Realizou projetos em diversas cidades do Brasil, como Brasília e Rio de Janeiro.

 

Por que estudar as palmeiras?

Palestrante: Patrícia Oliveira. É graduada em Ciências Biológicas pelo Instituto Izabela Hendrix, e possui mestrado e doutorado em biologia vegetal pela Universidade Federal de Minas Gerais. No Inhotim há 2 anos, hoje faz parte da equipe de pesquisa, desenvolvimento e inovação em jardim botânico e meio ambiente.

 

2ª rodada – de 14h30 às 17h

 

Estudos anatômicos em estruturas reprodutivas de Arecaceae

Palestrante: Sarah Barbosa Reis. Formada em ciências biológicas na Universidade Estadual de Montes Claros. Mestre em anatomia vegetal pelo departamento de botânica da Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é doutoranda na mesma linha de pesquisa, também na UFMG.

 

A saúde das palmeiras

Palestrante: Lívia Dias Lana. Engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal de Viçosa. É especializada em paisagismo pelo Instituto de Arte e Projeto, em Belo Horizonte. É responsável pelo setor de sanitarismo do Inhotim e pela manutenção e revitalização do parque.

 

O multiuso das palmeiras no cotidiano

Palestrante: Luiz Eduardo Silva. Graduado em engenharia florestal pela Universidade Federal de Lavras. Integra a equipe de mapeamento e inventário de plantas do Instituto e é responsável pela identificação botânica.

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Marilá Dardot e Trabalho

Redação Inhotim

“Durante a Bolsa Pampulha, morávamos juntos na Rua Apodi, 69 eu, Sara Ramo, Matheus Rocha Pitta e, eventualmente, Rodrigo Matheus. Era julho ou agosto de 2003, e finalmente coincidíamos eu e Cinthia Marcelle em Belo Horizonte na época dos ipês. Era nossa chance de fazermos Irmãs, um trabalho há muito pensado por nós duas, que aguardava essa ocasião. Naqueles dias, Matheus estava viajando. Era domingo, e nos sentamos eu, Sara e Rodrigo para fazer as flores que seriam usadas para colorir o chão dos ipês com cores trocadas. Rodrigo queria testar uma câmera de segurança para seu trabalho, por isso a posicionamos em frente ao sofá. No meio do processo, começamos a refletir sobre a natureza de nosso trabalho, e me lembrei de uns papéis com antigos escritos didáticos que tinha comprado na feira do troca-troca do Rio, quando eu trabalhava para Rosângela Rennó. SOMOS ÚTEIS. ÚTEIS. NÓS TRABALHAMOS. PRECISAMOS PARA VIVER. Assim nasceu Selvagens Nocivos e o seu primeiro trabalho, o vídeo A cada dia

 

Marilá Dardot, sobre sua relação com a palavra trabalho.

 

 

Mineira de Belo Horizonte, a artista é uma das participantes do Seminário Espaço Trabalho e História, que acontece nos dia 23 e 24 de maio, no Museu Histórico Abílio Barreto. O evento e é gratuito e faz parte das atividades de 2014 do Inhotim Escola. Confira a programação completa do evento aqui.

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Marcius Galan e Espaço

Redação Inhotim

“No meu trabalho, o espaço é um assunto recorrente e é tratado de maneiras muito distintas. Proponho exercícios que vão desde instalações onde a percepção do espectador é testada, às vezes desconstruindo a ideia de precisão nas representações do espaço (mapas, plantas arquitetônicas, etc..) e até em relações banais com os espaços de preenchimentos burocráticos do dia a dia. São escalas diferentes de atuação, mas tratados com a mesma intensidade.”

 

Marcius Galan, sobre sua relação com a palavra espaço.

 

 

O artista, que possui duas obras em exibição no Inhotim, é um dos participantes do Seminário Espaço Trabalho e História. O evento acontece nos dia 23 e 24 de maio, no Museu Histórico Abílio Barreto e é gratuito. Veja a programação completa aqui.

 

Conheça um pouco mais sobre Marcius Galan e seu trabalho nos vídeos a seguir: