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É tempo de observar e trocar figurinhas!

Redação Inhotim

“A observação de aves é como completar um álbum de figurinhas: a pessoa vai a um local específico, sabendo quais espécies vai observar e marca os pássaros que avistou ou fotografou.” É assim que o biólogo Eduardo Franco define a atividade de observação de pássaros, que aconteceu no Inhotim, durante o lançamento do projeto #vempassarinharMG, nesta quinta-feira (24) no Inhotim. Para Eduardo Franco, o Instituto é um ótimo local para trocar essas figurinhas. “Aqui existem cerca de 300 espécies de pássaros na área de visitação e na sua Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN). É uma quantidade bem representativa, já que, no estado de Minas Gerais, existem cerca de 800”, disse.

O grupo de observadores percorreu os jardins do Instituto e parou em alguns pontos, como perto das obras Imensa (1982-2002) e Invenção da cor, Penetrável Magic Square # 5, De Luxe (1977).  Cada parada, que durou cerca de 20 minutos, proporcionou uma experiência multissensorial: ouvir o canto dos pássaros, sentir o cheiro dos jardins e tocar nas plantas, além de ver as obras de arte, as aves e as fotos recém tiradas pelos participantes.

Durante o passeio, cenas inesperadas foram flagradas por quem participava da ação, como o acasalamento de dois beija-flores e a escuta do canto de diferentes espécies que habitam os espaços botânicos do Parque. Para muitas pessoas, a oportunidade de ver de perto as espécies foi especial. “Frequento o Inhotim com grupos de turismo e não me canso do paisagismo. Me deixa emocionado”,  disse Fred Crema, um dos integrantes do grupo.

Eduardo Franco completa: “A observação de aves é experiência que vai além do visual, pois é uma oportunidade de conhecer o comportamento do animal, como a interação do mesmo com o seu habitat e a sua alimentação. Essa imersão na natureza torna a atividade encantadora”.

Para o diretor de Jardim Botânico do Inhotim, Lucas Sigefredo, o Museu é um espaço que constitui um refúgio ímpar para fauna e flora da região, proporcionando a observação de pássaros e uma experiência que ativa várias sensações.

“O projeto #vempassarinharMG representa mais uma importante ação visando ao despertar de uma sensibilização ambiental. É com muito carinho que recebemos este evento, que reforça a vocação do Inhotim como um espaço para realização de estudos, pesquisas e para compartilhar conhecimento e experiências”.

#VemPassarinharMG
Com o objetivo de fomentar a visitação nos Parques Naturais de Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur-MG), em parceria com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ecoavis e as empresas DestinosMG e Maritaca Expeditions, iniciaram em 2017 a 1ª edição do projeto #vempassarinharMG.

A passarinhada do #vempassarinharMG, como é chamada pelos observadores, inclui caminhadas pelas trilhas das unidades de conservação selecionadas e a presença de um convidado especial para ministrar uma palestra intitulada “Papo de Passarinho”, visando promover a observação e o monitoramento de aves como ferramentas de conscientização e conservação das espécies e seus habitats. Confira aqui o calendário da ação. 

 

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Amigos do Inhotim participam de imersão nos jardins do Parque

Luana Campos

O último sábado (12/5) foi de aprendizado e descobertas para quem participou da visita Pelos Jardins do Inhotim, mediada pelo engenheiro agrônomo do Instituto, Juliano Borin. Desta vez, a atividade contou com a presença especial de doze Amigos do Inhotim, que tiveram a chance de conhecer a fundo os destaques botânicos do acervo, além de bastidores dos jardins e detalhes sobre a dinâmica de trabalho da equipe ambiental.

No começo da visita, Juliano pediu para que cada pessoa se apresentasse e contasse um pouco sobre sua relação com as plantas e com os jardins. Alguns conheciam os termos técnicos e as várias espécies presentes no Parque. Outros admiravam com curiosidade e confessaram ter pouco conhecimento sobre o universo botânico. Depois dessa breve roda de conversa, já era hora de começar a caminhar pelos espaços do Inhotim e ouvir sobre as particularidades das plantinhas semeadas nessas terras.

Saber que o Inhotim possui uma coleção de milhares de monocotiledôneas (nome já familiar nesse momento da visita, que se refere ao grupo que inclui as palmeiras) fascinou ainda mais quem estava ali. Cada espécie com sua especificidade e sua beleza, sobrevivendo aqui cercada de muita sensibilidade dos jardineiros e jardineiras, responsáveis por entender a necessidade de cada uma. Juliano aproveitou para explicar como a equipe trabalha, como se organizam para conseguir cuidar de tudo que floresce por aqui.

Passando pelo inhame roxo, sentimos ali a presença do inverno chegando de fininho. Aquela textura aveludada, a cor forte e fechada, lembrava uma pele bem hidratada que remetia ao clima da estação. Assim que algumas gotas de água escorriam por sua folhagem, vimos que ela era impenetrável, a água batia e escorria com tanta sutileza que parecia até um tipo de magia. Ao meu redor, olhos atentos a cada descoberta.

No grupo, também tinha gente bem pequena. Otávio, um garotinho esperto de seis anos que participou da visita, admirava com indagação o movimento da água e ao mesmo tempo não entendia muito bem. Ele quis tocar e quando colocou a mão, abriu um sorriso que ia de canto a canto, sentindo a textura e admirando a impermeabilidade das folhas.

Seguimos a visita pelo caminho de pedras, onde as árvores formavam uma copa em direção ao Jardim Veredas, e lá vimos as famosas Vitórias-Régias, recém-chegadas ao Jardim. Entre quem participava do passeio, o palpite era de que se tratava de uma planta frágil e delicada. Estávamos enganados! Quando Juliano levantou a sua borda, vimos uma planta grossa e cheia de compartimentos de ar. Mais um aprendizado: a Vitória-Régia é uma espécie muito forte e chega a suportar até 40 kg – mais que o peso do pequeno Otávio.

O dia já estava indo embora quando enfim chegamos ao Viveiro Educador, onde fica a Estufa Equatorial do Inhotim. Entramos em uma sala pequena antes da estufa e de imediato já sentimos o clima bem diferente, era úmido e ao mesmo tempo bastante quente. Um quadro nos chamou atenção, lembrava uma pintura com muitas texturas, de tons marrons claros e escuros. Foi aí que descobrimos se tratar de sementes misturadas ao iogurte natural, processo feito para secar as sementes que seguem para o plantio. Entramos na estufa e foi como se estivéssemos em uma selva. O lugar era especialmente feito para forjar o clima da mata atlântica (da Amazônia), propício para o desenvolvimento de várias espécies. Vimos de perto vários tipos de raízes – algumas pareciam cabelo, de tão finas, outras eram cheias de cor. A natureza é mesmo muito diversa!

A visita passou num piscar de olhos. Fomos embora com a sensação de que há muito ainda para conhecer nos Jardins do Inhotim, um lugar em Minas Gerais que guarda um pouco de natureza vindo de várias partes do mundo.

 

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Amigos do Inhotim
O programa Amigos do Inhotim amplia as conexões do público com o Parque, promovendo a troca de conhecimentos e tornando a experiência no Inhotim ainda mais rica. O programa também dá direito a cortesias de entrada, descontos e outros benefícios. Além disso, o valor da adesão pode ser integralmente deduzido do Imposto de Renda. Confira aqui mais informações.

Pelos Jardins do Inhotim
As próximas visitas mediadas pelo Juliano Borin para qualquer visitante custam R$ 40 e acontecem nos dias 10 de junho, 15 de julho, 12 de agosto, 16 de setembro, 14 de outubro, 11 de novembro e 9 de dezembro a partir das 14h. As datas estão sujeitas à alteração.

 

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Dia Mundial do Livro inspira programação educativa no Inhotim

Redação Inhotim

O Dia Mundial do Livro, celebrado em 23 de abril, é motivo para se lembrar o quanto a literatura está presente no Inhotim, seja nas obras de arte, como “Desert Park” (2010),  seja em espaços como a Biblioteca Inhotim, onde mais de seis mil livros estão disponíveis para consultas e empréstimo. Para refletir sobre a importância da leitura na vida de qualquer pessoa, a nossa equipe educativa pensou uma série de atividades tendo os livros como principal temática.

Compre seu ingresso para visitar o Inhotim e aproveite a programação gratuita! 

Feira de Trocas Literárias
Crianças e adultos são convidados a trocar livros e poesias com o intuito de incentivar a leitura,
além de poder confeccionar divertidos marcadores de livros a partir de desenhos e colagens.
Quando: 24 a 27 de abril (segunda a sexta-feira)
Publico: crianças a partir de 05 anos acompanhadas por um responsável e adultos
Horário: 10h às 12h e 14h às 16h
Local: Centro de Educação e Cultura Burle Marx

Árvore dos Saberes
Visitantes e colaboradores do Inhotim são convidados para um momento de interação e prática
literária aos pés da jabuticabeira. Um momento de troca de saberes e compartilhamento de
contos e poesias por meio da escrita e da oralidade!
Quando: 25 de abril (quarta-feira)
Público: público livre e participantes do Projeto Encontro Marcado
Horário: 14h às 16h
Local: Anfiteatro (aos pés da jabuticabeira)

Biblioteca Inhotim 
A Biblioteca Inhotim tem um acervo especializado em artes visuais, arte contemporânea, botânica, educação e meio ambiente. É um espaço destinado a guarda, promoção e acesso à informação, que visa o estímulo da pesquisa, do ensino e da aprendizagem de seus usuários. Aberta ao público, a Biblioteca oferece acesso ao acervo para consulta local, disponibiliza espaço para leitura, a pesquisa aos diversos materiais e pesquisas na internet através de seus terminais de consulta.Centro de Referências é um ambiente organizado que dá destaque aos livros sobre assuntos
que estão sendo abordados nas temáticas e programações do museu. Atuando como
ferramenta de auxílio e de expansão do conhecimento, a Biblioteca também funciona como
espaço para reuniões, diálogos, discussões, mostras e exposições.
Quando: de terça a sábado e feriados
Horário: 9h30 às 16h30 (de terça à sexta-feira) e 9h30 às 17h30 (aos sábados e feriados)
Onde: Biblioteca Inhotim (Centro de Educação e Cultura Burle Marx)

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Semana da Leitura: resgatamos oito curiosidades sobre a Biblioteca Inhotim

Redação Inhotim

Ler é uma forma de conhecer o mundo. A leitura aguça a curiosidade, expande o conhecimento, exercita a atenção e a imaginação, aproxima as pessoas de outras realidades e inspira novas vontades. Na Biblioteca Inhotim, localizada no Centro de Educação e Cultura Burle Marx, milhares de livros estão disponíveis para leitura e consultas de visitantes, funcionários e funcionárias e jovens integrantes dos projetos educativos do Instituto. Quem entrar receberá o acolhimento necessário para se aventurar entre as estantes, descobrindo e se surpreendendo com os conteúdos sobre arte e meio ambiente que as prateleiras guardam. Para celebrar a Semana da Leitura e fazer com que você se sinta ainda mais à vontade por aqui, entendendo a importância desse lugar, listamos algumas curiosidades sobre a Biblioteca Inhotim:

1- A Biblioteca Inhotim atualmente é um espaço de guarda e conservação de um acervo especializado em Arte Contemporânea, Botânica, Educação e áreas correlatas. O ambiente funciona como espaço de trabalho para o educativo e para pesquisa e lazer para demais funcionários, funcionárias, visitantes e integrantes dos programas educativos do Instituto. No espaço, já ocorreram filmagens, entrevistas, conversas, formações e até exposições.

2- A primeira Biblioteca do Inhotim ficava localizada onde atualmente está a Galeria Mata. Em 2009, o espaço foi transferido para seu local atual, com a construção do Centro de Educação e Cultura Burle Marx.

3- O prédio do Centro de Educação e Cultura Burle Marx, onde a Biblioteca Inhotim está atualmente, é uma arquitetura contemporânea brasileira, projeto do escritório Arquitetos Associados, e já ganhou importantes prêmios como o Prêmio das Américas Mies Crown Hall (MCHAP), do Instituto de Tecnologia de Illinois, nos Estados Unidos, e o “Edifícios Institucionais”, do 3º prêmio O Melhor da Arquitetura, da revista Arquitetura & Construção. Também foi indicado ao 9º Prêmio Jovens Arquitetos 2009, do IAB SP e também à 12ª premiação de arquitetura IAB MG, em 2010.

4-  A Biblioteca recebeu uma grande coleção de livros sobre paisagismo e temas correlatos da designer Cookie Richers. Curiosamente ela era esposa do famoso dono do estúdio de dublagens de filmes brasileiros de mesmo nome Herbert Richers.

5- O primeiro livro a ser cadastrado no sistema da Biblioteca foi “Teorias da arte”, de Anne Cauquelin.

6- Entre os exemplares mais raros que existem no acervo literário do Inhotim, estão dois livros da artista Claudia Andujar. Em “Mitopoemas Yanomami”,  a fotógrafa e ativista conseguiu, com a ajuda do missionário Carlos Zacquini, gravar e traduzir as descrições de desenhos feitos pela tribo amazônica retratando seus costumes. O livro é uma compilação de imagem e texto que apresenta a mitologia e a visualidade dos Yanomami. Já no livro “Amazônia”, Andujar segue uma narrativa que vai do macro ao micro, começando com as imagens aéreas até chegar em detalhes de cenários e dos corpos dos indígenas. Os dois exemplares saíram da Biblioteca do Inhotim e foram colocados na própria Galeria da artista.

7- Os 10 livros mais emprestados da Biblioteca Inhotim até hoje foram “Através: Inhotim”, de Adriano Pedrosa e Rodrigo Moura; “Barrocos de Lírios”, de Tunga; “Encontros“, de Cildo Meireles; “Freud”, da coleção Os Pensadores; “CC, Programa in Progress”, de Hélio Oiticica e Neville d’Almeida; “Guia de plantas tropicais: plantas ornamentais, plantas úteis, frutos exóticos”, de Andreas Bartels; “Primavera silenciosa”, de Rachel Carson, e “Pedagogia da autonomia:  saberes necessários à prática educativa”, de Paulo Freire.

8- Atualmente, a Biblioteca abriga um total de 6.447 títulos.

Quer conhecer de perto? Visite a Biblioteca no Centro de Educação e Cultura Burle Marx e gaste o tempo que precisar entre os livros do acervo! O espaço funciona de terça a sábado, e os horários são das 9h30 às 16h30 de terça a sexta-feira, e das 9h30 às 17h30 aos sábados e feriados.

*Este conteúdo foi escrito com a colaboração de Joice Silva, Bibliotecária do Inhotim.

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Justiça Espacial e Parangoleis são temas de ação poética no Inhotim

Redação Inhotim

No dia 28 de março, o Inhotim recebeu o professor Andreas Philippopoulos-Mihalopoulos, da Universidade de Westminster (Reino Unido), e a professora Maria Fernanda Salcedo Repolês, da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, onde realizaram um workshop para discutir o direito espacial.

Durante o encontro, foi explorado o novo conceito e manifesto do “parangolei-lawscape”, inspirado pelas teorias da justiça espacial e pelos Parangolés de Hélio Oiticica. Nas ações propostas, o movimento dos corpos foi usado como forma de ocupar os espaços e explorar as chamadas “Parangoleis”, empoderando os corpos a pensar, se movimentar e trabalhar com o direito e o espaço de forma emancipada, artística, espetacular, intensamente pessoal e engajada publicamente.  Participaram das atividades propostas ao longo do dia, pesquisadores e pesquisadoras, funcionários do Instituto, jovens que participam de programas educativos do Inhotim, além de visitantes interessados.

O grupo também foi convidado por Andreas e Maria Fernanda a praticar a fotopoesia (picpoetry), um método de capturar o ambiente por meio de fotos com breves poesias e postagens instantâneas nas redes sociais do Inhotim.

O diálogo entre arte e botânica do Instituto Inhotim, proporciona ao público em geral um lugar convidativo à fruição estética, à produção de conhecimento e ao desenvolvimento humano em todas as suas dimensões. Suscita ainda, o interesse de diversos pesquisadores, de diferentes áreas do conhecimento.

Segundo o professor Andreas, “a Justiça Espacial” é uma ferramenta de resistência e, ao mesmo tempo, de criatividade”, e o Instituto Inhotim vê a importância e orgulha-se em proporcionar a partir de um ambiente naturalmente transdisciplinar, a construção de conhecimento entre os diferentes saberes.

Se quiser conehcer mais sobre o trabalho do pesquisador, acesse Lost in lawscape e Pic poet.