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Minimalista aposta em simplicidade e inovação para o Inhotim Noite Aberta

Redação Inhotim

O nome do projeto solo do mineiro Thales Silva, 32 anos, já diz muito sobre a música em que ele acredita: Minimalista. “Os discos que eu mais gosto são os que têm menos elementos. São aqueles em que a instrumentação não ultrapassa o essencial, deixando a canção prevalecer. Tentei passar isso para um conceito geral da minha banda”, explica. No dia 30 de setembro, Minimalista é uma das atrações do Inhotim Noite Aberta, que vai contar com a participação de Lucas Santtana. O evento também terá a presença de Thaís Gulin convidando Flávio Renegado, além de abrir quatro galerias para visitação e contar com um espaço gastronômico especial realizado pela Amadoria Gastrô no Largo das Orquídeas. “Tocar no Inhotim é estar rodeado de outras formas criativas e de outras expressões”, diz Thales a uma semana do show.

As músicas calmas de “Banzo”, último CD de Minimalista, lançado em março deste ano, traduzem a sensação de “mergulho para dentro” que o músico propõe. “Comecei a compor as músicas que entraram nele durante uma viagem a Caraíva (Bahia). O silêncio e a calma do lugar me permitiram levar essa solidão, esse vazio, para a minha música”, conta. Para o show no Inhotim, Thales garante um repertório variado, misturando “Banzo” a outras criações mais antigas, como canções de A Fase Rosa, sua outra banda. “Eu vou levar músicas que têm uma comunicação forte com a percussão brasileira, com a música negra. Um show fluido”, garante.

Thales conta que a ideia em trazer Lucas Santtana para somar ao show veio da oportunidade em juntar duas pessoas com diversas afinidades. “Lucas é uma referência pra mim, por se comunicar muito bem com o público, por trabalhar a música brasileira com um olhar também nostálgico, mas tentando fazer ela seguir, se renovar, se fortalecer. Isso é importante demais: reinventar a música nacional, seja por meio dos timbres ou da própria composição”, explica.

Formado em turismo, Thales não conseguiu escapar da vocação que já era sinalizada desde os tempos de menino. “Cresci ouvindo discos dos anos 1970 na casa dos meus pais. Domingo de manhã já acordava com o som alto. Era Pink Floyd, Beatles, Chico, Gil e tudo mais”. Mais tarde, um primo começou a tocar violão e o emprestava para “fazer um barulho”. Com o tempo, o tal primo trouxe mais rock para a vida de Thales, que já adolescente se instigou a fazer aulas de violão e guitarra. Daí em diante, o compromisso foi só crescendo e, hoje, ele já soma quatro CDs – dois pelo projeto Minimalista e dois pela Fase Rosa. “Todos os meus trabalhos foram lançados de forma independente. Trabalhar dessa forma é assumir um papel um pouco mais austero, porque tudo depende da gente pra acontecer, mas também existe o lado bom de nos colocar diretamente em contato com o nosso público. Com o financiamento coletivo, por exemplo, as pessoas se envolveram no meu projeto, e isso dá outro tom ao lançamento e ao caminho que o CD vai percorrer a partir dali”, acredita.

Para Thales, voltar em Brumadinho, cidade onde o Inhotim está localizado, tem ainda um significado especial, por ser o lugar escolhido para finalizar o Banzo. “Foi onde tirei as fotos do CD e concluí o disco, justamente por me trazer essa sensação de cidade de interior, onde é possível encontrar a simplicidade, a tranquilidade e o vazio que nos faz pensar um pouquinho mais nas nossas questões.”

Programação
17h30: show de Minimalista (BH), com participação especial de Lucas Santtana (BA)
19h: show de Thaís Gulin (PR), com participação especial do Flávio Renegado (MG)
16h às 21h30: espaço gastronômico realizado pela Amadoria no Largo das Orquídeas
17h30 às 21h30: visita noturna às galerias Praça, Cildo Meireles, Rivane Neuenschwander e Fonte, com mediação do Educativo Inhotim.

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Roteiro inspira visita em galerias e espaços botânicos para noite no Inhotim

Redação Inhotim

O Inhotim Noite Aberta acontece no sábado, dia 30 de setembro, e vai reunir shows, espaço gastronômico e visita mediada a galerias e jardins do Instituto. Tudo isso à luz das estrelas, já que o Inhotim estará aberto até as 21h30. Dentre as atrações musicais, estão Thaís Gulin, com participação especial de Flávio Renegado, e Minimalista, que convida Lucas Santtana para somar no som. Entre uma apresentação e outra, você pode aproveitar para visitar as quatro galerias que estarão abertas exclusivamente para este dia. Dentro delas, das 17h30 às 21h30, mediadores da equipe educativa do Inhotim estarão disponíveis para explicar melhor sobre as obras, sempre abertos a debates e reflexões. Preparamos um roteiro para inspirar sua visita durante a noite no Inhotim:

Galeria Praça (G3)
Dois murais com diversas esculturas formam os painéis de John Ahearn & Rigoberto Torres, “Abre a Porta” e “Rodoviária de Brumadinho” (A7). Essas obras foram criadas a partir da imersão dos dois artistas na cidade que abriga o Inhotim e da convivência com seus moradores, que foram retratados nas esculturas. Já ao entrar na galeria, o visitante se depara com a mistura de cores dos quadros do artista Luiz Zerbini. Que elementos do mundo contemporâneo foram utilizados pelo artista para compor sua pintura? Vale a pena passar um tempo observando os detalhes e tentando desvendar cada um.

Rivane Neuenschwander (G13)
A casa onde “Continente/Nuvem” está abrigada já sofreu diferentes transformações ao longo do tempo e é uma das construções remanescentes da antiga fazenda que existia no local antes de o Inhotim ser aberto ao público. Ao entrar, o olhar deslocado aponta para o “céu” e ativa a imaginação para a constituição de formas e reconstituição de memórias afetivas. Quais lembranças e sensações este espaço te traz? É só deitar no chão e deixar sentir.

Galeria Cildo Meireles (G5)
Algumas das dicotomias do sujeito contemporâneo estão presentes nas obras de Cildo Meireles no Inhotim, seja em uma sala impregnada pela cor vermelha, seja na obra em que os objetos usados criam barreiras no espaço que ocupa. Como essas dicotomias extrapolam a arte e se fazem presentes em outras esferas? Como trabalhá-las? Quais elementos compõem os trabalhos do artista? Essas reflexões guiam essa parte da visita mediada.

Galeria Fonte (G4) –
A exposição “Do Objeto para o Mundo” traz ao público do Inhotim uma seleção de trabalhos de artistas brasileiros e internacionais de diversas gerações. Por meio dessa diversidade, a mostra investiga momentos de formação da arte contemporânea, revela o movimento de aproximação do objeto artístico e o dia a dia do espectador e incentiva que essa união entre arte e vida seja cotidiana. Imerso nesse recorte, o vistante tem a chance de se questionar sobre quais objetos estão dentro e fora da galeria de arte, além do que os diferencia e aproxima.

Largo das Orquídeas (J7)
O Largo contempla aproximadamente 17 mil orquídeas de qualidade diferenciada, distribuídas em 48 palmeiras nativas e exóticas. No inverno, as flores brotam e o aroma é sentido de longe. No Inhotim Noite Aberta, o espaço será ocupado pela Amadoria Gastrô e trará experiências gastronômicas inesquecíveis.

Tamboril (B1) – 
Já parou para pensar na quantidade de espécies que são abrigadas por uma só árvore? No tronco, é possível ver duas espécies de cactos, 3 espécies de bromélias e 4 espécies de orquídeas. O período de floração do Tamboril é na primavera, mas suas flores são muito pequenas e às vezes não é possível vê-las, pelo tamanho da árvore. Dependendo de sua condição ambiental, ela pode viver até 200 anos.

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