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Um passeio pelo passado do Inhotim

Redação Inhotim

A rota amarela é a mais antiga do mapa do Inhotim, onde funcionava a sede da fazenda que deu origem ao Parque. Atualmente, o espaço onde era a antiga fazenda foi adaptado e hoje é usado para realização de eventos, com salas e escritórios. Ao redor, a árvore Tamboril – um dos 30 destaques botânicos do Instituto – se confunde com a história do próprio Inhotim. Acredita-se que o exemplar tenha sido plantado entre as décadas de 1930 e 1940, quando a região ainda era uma vila, representando assim um dos mais antigos do acervo. Caminhar pela rota amarela é uma chance de ter contato com o passado do Instituto.

Preparamos uma lista de curiosidades que podem servir de inspiração para o seu próprio roteiro e para que você conheça um pouco melhor o Inhotim e toda sua trajetória.

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1 – Rivane Neuenschwander – A casa branca que abriga a obra “Continente/Nuvem” é a mais antiga construção da fazenda, com cerca de 140 anos de existência. O lugar se tornou ainda mais especial por ter sido, durante um bom tempo, usado como espaço principal do Educativo do Inhotim. Lá, os encontros semanais aconteciam com os grupos de jovens integrantes do projeto. A obra da artista mineira é um exercício poético de ver desenhos nas nuvens, olhando para o teto da casa. A dica é visitar o espaço de manhã e depois voltar no fim da tarde para admirar as diferentes formas que aparecem em sintonia com o vento. Do lado de dentro, não deixe de reparar nas janelas emoldurando o bonito jardim plantado fora da galeria.

2 – Galeria Mata – Foi a primeira construída no Inhotim. O espaço já abrigou várias exposições temporárias que deixaram marcas no espaço. A obra “Viewing Machine”, de Olafur Eliasson, e “Palindromo Incesto“, trabalho de Tunga que foi um dos primeiros a integrar a coleção do Instituto, “Seção Diagonal”, de Marcius Galan, e “Falha”, de Renata Lucas, já ficaram neste pavilhão. Atualmente, a galeria abriga a exposição temporária “Por aqui tudo é novo”, que coloca em evidência produções de artistas mais jovens da Coleção Inhotim, como Pablo Accineli, Erika Verzutti e Sara Ramo, ao mesmo tempo que reapresenta trabalhos como a instalação “Método para Arranque e Deslocamento“, de José Damasceno, anteriormente exposta na mesma galeria, em 2007.

Vale a pena chegar perto e observar os detalhes das esculturas de John Ahearn e Rigoberto Torres, inspiradas em pessoas reais. Foto: William Gomes.
Vale a pena chegar perto e observar os detalhes das esculturas de John Ahearn e Rigoberto Torres, inspiradas em pessoas reais. Foto: William Gomes.

3- Abre a porta e Rodoviária de Brumadinho – Os artistas Rigoberto Torres e John Ahearn passaram cerca de três anos em residência no Inhotim, época em que desenvolveram uma série de trabalhos na comunidade de Brumadinho. As obras em exposição são painéis que conectam o Instituto ao contexto em que ele está inserido. Em “Abre a porta”, uma tradicional celebração é retratada: a procissão dos grupos locais de Congada e do Moçambique. O outro painel surgiu após a experiência dos artistas instalarem na rodoviária da cidade um ateliê como forma de entender e absorver a dinâmica do local. Com o tempo, perceberam que se tratava de um centro de convivência onde até mesmo apresentações de dança aconteciam. Após inspirarem-se em pessoas reais para elaborar as esculturas, surgiu a obra “Rodoviária de Brumadinho”. Todas as esculturas foram inspiradas em pessoas reais.

Quer saber quais outras obras e destaques botânicos te esperam na rota amarela? Baixe o mapa e visite o Parque sem pressa!

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Retrospectiva Laboratório Inhotim 2015

Lilia Dantas

O Laboratório Inhotim, realizado pelo instituto desde 2007, atende anualmente 30 jovens moradores de Brumadinho e seus distritos rurais, matriculados na rede pública de ensino local. O projeto busca a formação continuada desses jovens para o desenvolvimento de um olhar crítico com relação à sociedade, criativo diante dos desafios e tolerante diante da diversidade.

A cada ano o Laboratório faz um recorte no universo da arte contemporânea para conhecê-lo melhor. Recortar, para nós, é desenhar um ponto de partida. Neste ano, o recorte escolhido foi o corpo como forma de expressão, e a rua, o corpo coletivo, como espaço de atuação. Tudo isso investigando o museu como referência principal. Ao final dessas experiências, encerramos nossa jornada refletindo sobre o futuro e suas impermanências.

No início do ano, dançamos. Conduzidos pela coreógrafa mexicana Alma Quintana, nossos jovens de 13 a 16 anos aceitaram o convite para conhecer melhor as possibilidades de expressão contidas nos seus próprios corpos. A vergonha e a insegurança deram lugar a movimentos novos e surpreendentes para cada um deles. Para além de dançar, todos estavam começando a entender a que tipo de experiências o Laboratório os levaria.

Em seguida, iniciamos nossa pesquisa sobre a rua, conceito que se tornou cada vez mais importante no decorrer dos meses. Em Brumadinho, descobrimos lugares abandonados e esculpidos pelo tempo, conhecemos um enorme forno feito de barro que fica no quintal da casa do Geovani, participante do projeto, e provamos os maravilhosos biscoitos de polvilho feitos pela sua avó. Vimos beleza nos muros das casas que, na sua maioria, fazem um pequeno recuo para abrigar, do lado de fora, os padrões de energia elétrica. “Sair do padrão”, então, passou a significar intervir nesses espaços e entender o que mais eles poderiam abrigar. Aprendemos que intervir no espaço público requer responsabilidade. Foi preciso negociar com os vizinhos e envolver os passantes na história que queríamos contar.

Nossa relação com a rua foi intensificada quando decidimos realizar, pelo segundo ano consecutivo, o Festival de Rua. Dessa vez, ele aconteceu no distrito de Aranha e foi chamado de Festival Korocupá, palavra nova que a gente inventou para misturar Cor+Ocupação. Visitamos a praça local, observamos seus detalhes, medimos suas dimensões, e a partir dessa coleta preparamos tudo para que aquela praça fosse tomada pelos nossos jovens, pelos moradores da região e por visitantes de outras partes do município. Artistas locais se apresentaram, oficinas foram realizadas para crianças e adultos e, no final do dia, uma grande explosão de cores no estilo Happy Holi cobriu toda a praça!

Depois de tanto trabalho, era hora de voltar a olhar e refletir sobre nós mesmos. Para isso, mergulhamos mais fundo no acervo de arte contemporânea do Inhotim em busca de referências e inspiração para que cada participante pudesse desenvolver a sua própria ideia para um trabalho de arte. Esse foi, talvez, o processo mais difícil para todo o grupo. Nem sempre é fácil mergulhar em nossas próprias inquietações para gerar algo a ser visto, exposto. O tema dos trabalhos foi, por escolha do grupo, o futuro. Nossa exposição, por fim, se chamou “Tomara: Proposições Para Um Futuro Qualquer” e trouxe pinturas, desenhos, vídeos, fotografias e instalações feitas pelos jovens.

E, por falar em futuro, em 2016 o Laboratório Inhotim atenderá sua décima turma e ampliará seu universo de investigações. A partir de agora, além de pesquisar a arte contemporânea e suas manifestações, passaremos também a explorar questões importantes acerca do meio ambiente, usando para isso o acervo botânico do Inhotim. Para nós educadores, isso significa uma oportunidade de expandir e complexificar nosso olhar sobre o Inhotim e de experimentar novas maneiras para transpor todo esse estímulo para nossos processos educativos.

Acompanhe ao longo do ano outras postagens que revelarão a memória do projeto educativo mais antigo do Instituto. Comemoraremos juntos dez anos de projeto, cerca de 300 jovens atendidos e muitas boas histórias pra contar.

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Cinco passos para vir curtir o carnaval no Inhotim

Redação Inhotim

O Carnaval está chegando e o Inhotim tem uma notícia boa para você: o Parque vai estar aberto durante todo o feriado, de 6 a 10 de fevereiro.  É uma ótima chance para conhecer o Instituto por inteiro e apreciar o acervo artístico cercado pelo Jardim Botânico Inhotim. Confira o passo a passo para planejar sua viagem.

1 – Como chegar: o Inhotim está a cerca de 60 km de BH. O acesso ao Parque pode ser feito de carro, pelo ônibus da Saritur ou pelas vans que saem de BH, em frente à loja Inhotim Box, na Savassi.
2- Ingressos:  ospreços, no sábado e no domingo, são R$ 40 a inteira. Na segunda e na terça valem R$ 25. Já na quarta, a entrada será gratuita. Se quiser ganhar ainda mais tempo para aproveitar os dias de folga, compre osingressos online e evite filas.
3- Onde se hospedar: para quem vem de longe, o Inhotim oferece algumas opções de hospedagem na capital mineira e em Brumadinho. A Oturi – Operadora de Turismo e Eventos do Inhotim – pode montar sua viagem incluindo também transporte e alimentação. Ligue para (31) 3571-9796 ou envie um e-mail para reservas@oturi.com.br.
4- Programação: nos dias de recesso, você pode participar das visitas temáticas que percorrem o eixo amarelo do mapa abordando temas de arte e botânica.  Neste mês, o roteiro inclui espaços como a Galeria True Rouge, do artista Tunga, e importantes espécies do Jardim Botânico do Instituto, como a árvore do Tamboril. Aproveite que você vai estar perto de um dos símbolos do Parque e participe também da Estação Folia, onde educadores do Instituto estarão ensinando quem quiser fazer seus próprios adereços de carnaval: máscaras, pinturas e estandartes.

carnaval face

5- Dicas: ao final do seu roteiro,  dedique alguns minutos para ir até a Loja Inhotim, localizada na recepção do Instituto, e conheça os produtos inspirados nos acervos do Parque. Aproveite para ver os novos lançamentos,  como a Bolsa Magic Square, estampadas com as cores e formas do artista Helio Oiticica. Vale lembrar quem for visitar o Parque mais de um dia durante o feriado prolongado que o preço de duas entradas já faz compensar o apoio ao programa Amigos do Inhotim. Confira os benefícios de acordo com cada categoria. 

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Como é a sua relação com BH?

Redação Inhotim

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No Dia Pessoas Pelo Clima, o Inhotim e a IBM atuam como porta-vozes de uma causa: as pessoas, individualmente, podem adotar comportamentos que contribuem para minimizar o impacto negativo da atividade humana nos recursos naturais do planeta. Com esse propósito, a Praça Floriano Peixoto foi escolhida para receber diversas atividades educativas, além de servir como ponto de partida e chegada para um passeio ciclístico pela cidade.

Toda programação idealizada para o Dia Pessoas Pelo Clima tem como objetivo sensibilizar o público sobre seu modo de vida e sua relação com a cidade, pois a mobilidade urbana é mais do que simplesmente o transporte urbano, ou seja, mais do que o conjunto de serviços e meio de deslocamento de pessoas e bens. É o resultado da interação entre os deslocamentos de pessoas e bens com a cidade, estimulando reflexões sobre consumo, mobilidade urbana e sustentabilidade.

Confira a programação completa:

Tenda principal (Anfiteatro da praça)

Bate-papo: segurança e visibilidade da ciclista no trânsito com a Bike Anjo. Horário: 8h30 às 9h.

Oficina de expressão corporal mediada por Gabriela Gasparotto, educadora do Instituto Inhotim, Bacharela e Licenciada em Dança pela Universidade Federal de Viçosa. Horário: 9h às 9h30.

Bate-papo: o uso da bicicleta como mudança de hábito em prol do meio ambiente com Carlos Mourthe. Biólogo, Mestre em Ecologia e Doutorando em Ciência e Cultura na História pela UFMG, Pesquisador de Pensamento Sistêmico e Sustentabilidade. Horário: 11h às 12h.

Estação | Consumo consciente, jogos e brincadeiras

Estação mediada pela equipe do Educativo Inhotim com intuito de resgatar jogos e brincadeiras que fizeram parte do cotidiano de várias gerações do passado. Tragam seus filhos. Horário: 9h às 13h:
09:00hs – Contação de Histórias
10:00hs – Acerte o Furo
11:00hs – Vai e Vem
12:00hs – Bilboquê
OBS: 25 vagas para cada horário, inscrições por ordem de chegada.

Ações Bike Anjo

Mini-oficina ciclomecânica com a Bike Anjo Horário: 8h às 13h.
Edição especial com a Bike Anjo: oportunidade para você que quer aprender a andar de bicicleta. Horário: 8h às 13h.
Passeio ciclístico nas redondezas da Praça Floriano Peixoto. Horário: 9h30 às 11h.

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Laboratório Inhotim rumo à Porto Alegre

Redação Inhotim

Ismael Monticelli (Porto Alegre, RS, 1987) Limanora da série Mundo Fulgurante (2014) Crédito: Del Re; viva Foto
Ismael Monticelli (Porto Alegre, RS, 1987)
Limanora da série Mundo Fulgurante (2014)
Crédito: Del Re; viva Foto

Ansiosos por mais uma aventura, os jovens do Laboratório Inhotim estão de malas prontas para um destino certo: Porto Alegre. Como parte das atividades do programa de formação mais antigo do Instituto, nove integrantes seguem rumo à 10ª Bienal Mercosul para viver de perto a mostra de arte contemporânea que vai reunir cerca de 700 obras de 402 artistas de países latinos. “A viagem representa para eles uma oportunidade de entender o funcionamento de outra instituição, outro processo curatorial, outro espaço expositivo, colaborando para a construção de um entendimento mais completo sobre o mercado da arte, o papel dos artistas e desse universo”, explica Lilia Dantas, supervisora de arte e educação do Instituto.

O Laboratório Inhotim  é um programa de formação por meio da arte voltado para alunos de 12 a 16 anos da rede pública de Brumadinho. O objetivo do projeto é desenvolver um olhar crítico e reflexivo não apenas para o universo artístico, mas para o dia a dia de cada um, fazendo dos jovens, agentes ativos em suas comunidades.  Todo ano, o grupo viaja a diferentes centros artísticos como parte das atividades desenvolvidas no Instituto, já tendo passado por Nova York, Buenos Aires e São Paulo.

Durante todo o ano, jovens desenvolvem trabalhos e participam de oficinas no Inhotim.
Durante todo o ano, jovens desenvolvem trabalhos e participam de oficinas no Inhotim.

Os viajantes são jovens que já estão no segundo ano do projeto e que viveram um período de intensas experimentações dentro do Parque. Em 2015, eles foram inseridos no universo de pesquisa em arte contemporânea e, em função da Bienal, foram estimulados a escolher artistas latinos com obras expostas no Inhotim para desenvolver esse trabalho. Nesta lista, temos Jorge Macchi, Tunga, Luiz Zerbini, Victor Grippo, Claudia Andujar, Carlos Garaicoa e muitos outros.

O roteiro da viagem inclui a visita dos espaços da Bienal no Centro Histórico de Porto Alegre, na Usina do Gasômetro e no Instituto Ling, além da visita mediada oferecida pelo educativo da Fundação Iberê Camargo.

Os próximos dias prometem ser inesquecíveis para esse grupo cheio de curiosidade. De sexta a domingo, postaremos um diário com o passo a passo dessa viagem. Fique de olho e nos acompanhe!