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Inhotim e Museu Muquifu se juntam para celebrar Semana Nacional dos Museus

Redação Inhotim

O tema “Memória e Identidade” foi o escolhido para conduzir as atividades da Semana Nacional dos Museus, ação comandada pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) que acontece entre os dias 14 e 20 de maio. O assunto será abordado por uma rede de instituições culturais do país inteiro, incentivando a conexão entre elas e fortalecendo assuntos importantes dentro do contexto educativo desses lugares. Pensando em formas de levar isso até nossos visitantes, a equipe educativa do Inhotim se uniu ao Museus dos Quilombos e Favelas Urbanos (Muquifu), localizado na Zona Sul de Belo Horizonte, para pensar em atividades que incentivassem a troca de saberes entre eles.

“Quando recebemos o tema, decidimos entrar em contato com o Muquifu pra fazer uma conexão que vai além da tecnologia, que fosse uma troca de conhecimento e de pessoas presentes. O Muquifu conta histórias dos quilombos e das favelas de Belo Horizonte, e isso converge com o Inhotim, que também tem uma troca intensa com a comunidade ao redor, com os quilombos e com Brumadinho. Entender como essas relações podem ser fortalecidas é essencial”, explica Lidiane Arantes, supervisora de educação do Inhotim.

As atividades no Inhotim foram organizadas pela equipe do Educativo, que convida os visitantes a resgatarem as suas recordações a partir de experiências com os acervos artístico, botânico e histórico-cultural do Inhotim e por meio de objetos, textos e outras ferramentas educativas. Dentro da programação estão as ativações da Biblioteca Inhotim e das obras Abre a Porta (2006) e Rodoviária de Brumadinho (2005), além de visitas temáticas nas quais serão abordados os temas memória e identidade. No Muquifu, localizado Belo Horizonte, também será realizada uma oficina para produção de máscaras – um elemento presente em diversas manifestações culturais brasileiras –, técnicas de confecção, modelagem e pintura. A atividade pretende estimular a reflexão do participante sobre identidade, memória e histórias compartilhadas.

Confira a programação para a Semana de Museus no Inhotim e no Muquifu:

– Roda de Conversa: Chás Quilombolas – Uso e suas Tradições
O Educativo Inhotim e o Muquifu propõem uma ação de conectividade entre quilombos rurais e urbanos. Práticas e usos de plantas medicinais nos processos de cura e tratamento de enfermidades que são transmitidos de geração em geração, por meio da tradição oral, serão compartilhados em uma roda de conversa com representantes detentores dos saberes tradicionais das comunidades de Marinhos e do Muquifu. A roda de conversa será regada a chá quilombolas e contará com a participação do curador do Muquifu, Padre Mauro Silva, e mediação dos educadores do Inhotim.

Quando: 16 de maio (quarta-feira)
Publico: livre
Horário: 14h às 16h
Local: Espaço Igrejinha

– Ativação dos Painéis da Galeria Praça: Tradições Culturais e Narrativas de Identidade em Diálogo
O Inhotim agrega experiências às importantes tradições culturais da região que o cerca. Foi assim quando os painéis da Galeria Praça, dos artistas John Ahearn e Rigoberto Torres, foram elaborados e instalados a partir da imersão deles em Brumadinho e do envolvimento das pessoas da comunidade na construção e representação escultórica de narrativas da história local. Nesse processo, a identidade de cada um dosparticipantes se fez matéria da arte e passou a compor a história do próprio Instituto. A ativação das obras Abre a Porta (2006) e Rodoviária de Brumadinho (2005) propõe um diálogo que aproxima o passado do presente através da rememoração das histórias guardadas nesses trabalhos e do colecionamento de novas histórias. O convite é que os visitantes compartilhem parte de suas identidades, fazendo delas história do Inhotim também! A oralidade será a ferramenta fundamental dessa partilha e a experimentação das plataformas de vídeo e fotografia irão conectar os participantes.

Quando: Terça e quinta
Público: livre
Horário: 14h às 16h
Local: Galeria Praça – G3 no mapa

– Ativação da Biblioteca Inhotim: Oficina de Representação Identitária em Máscaras
A Biblioteca Inhotim oferece ao público a possibilidade de uma experiência similar à que os artistas John Ahearn e Rigoberto Torres proporcionaram às pessoas que estão representadas nos painéis da Galeria Praça. A partir de ataduras de gesso, ocorrerá uma oficina de construção e representação identitária que terá como resultado a feitura de uma máscara de cada um dos participantes. Todos os visitantes de Inhotim são convidados a participar e levar para casa uma representação de si mesmo. Durante o processo, conversaremos sobre temas como tradições culturais, patrimônios material e imaterial, identidade e memória. Você já pensou sobre como as culturas se formam e se transformam? Participe!

Quando: 12 de maio (sábado)
Publico: livre
Horário: 14h às 16h
Local: Biblioteca Inhotim (Centro de Educação e Cultura Burle Marx)

– Documentário Hiperconexão – Inhotim e Muquifu
O Educativo Inhotim, em parceria com o Muquifu, apresenta um documentário no qual os visitantes do Inhotim poderão acessar os acervos, histórias e memórias do Muquifu. Com intuito de aproximar as instituições museológicas, comunidades do entorno e visitantes o documentário será exibido na Estação Educativa a fim de promover conexões de saberes para além dos aparatos tecnológicos.

Quando: 15 a 19 de maio (de terça a sábado)
Horário: 10h às 16h (de terça à sexta-feira) e 10h às 17h (no sábado)
Onde: Estação Educativa para Visitantes (Centro de Educação e Cultura Burle Marx)

– Oficina Moldando Memórias
A atividade será realizada no Muquifu, onde o público será convidado a produzir máscaras, um elemento presente em diversas manifestações culturais brasileiras. A oficina estimula a reflexão sobre a identidade única de cada participante, suas memórias e histórias compartilhadas. Além de despertar a imaginação e colocá-la em prática, os participantes aprenderão técnicas de confecção, modelagem e pintura.

Quando: 18 de maio (sexta-feira)
Horário: 14h às 16h30
Público: livre
Local: Muquifu – Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos. Rua Santo Antônio do Monte, 708,
Estrela, Belo Horizonte

– Visita Temática – Memória e Identidade
A Visita Temática “Memória e Identidade”, em conexão com a 16ª Semana dos Museus cujo tema é “Museus hiperconectados: novas abordagens, novos públicos”, propõe aos visitantes um resgate de recordações adormecidas que poderão ser ativadas a partir de experiências com os acervos artístico, botânico e histórico-cultural do Inhotim e através de objetos, textos e outras ferramentas educativas. A visita convida os participantes a compartilharem suas lembranças e a descobrirem curiosidades sobre a memória do Inhotim.

Quando: Quarta, sábado e domingo
Horário: 10h30
Duração: 90min
Local: saída da Recepção
Público: livre
Observação: 25 vagas, inscrição no local a partir das 10h

Compre seu ingresso online e evite filas! 

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Em março, uma entrada vale por duas no Inhotim

Redação Inhotim

Quer trazer aquela pessoa querida para visitar ou revisitar o Inhotim com você? De 1º de março a 1º de abril, uma entrada valerá por duas por aqui. Aproveite a oportunidade para planejar uma viagem com as suas melhores companhias. O Inhotim segue funcionando de terça a sexta das 9h30 às 16h30 e nos finais de semana e feriados de 9h30 às 17h30.

A inteira custa R$ 44 e quem for fazer a compra online deverá incluir no carrinho de compras apenas metade dos ingressos que iria comprar a princípio. Na bilheteria do Inhotim, ao apresentar o voucher da compra de 1 ingresso, você receberá duas entradas válidas para o dia. Confira a programação do mês de março para se programar. Informamos que a entrada na quarta-feira continua sendo gratuita.

Febre amarela
Observando a recorrência de febre amarela em Minas Gerais, está sendo solicitado ao visitante que apresente o comprovante de vacina contra a doença. Só terão acesso às dependências do Instituto aqueles que comprovarem que foram vacinados há, no mínimo, 10 dias. Caso você tenha certeza de que já se vacinou, mas tenha esquecido o cartão, poderá entrar após a assinatura de um termo de responsabilidade garantindo que já se imunizou.

Como chegar
O Inhotim está localizado em Brumadinho (MG), a cerca de 60 km de Belo Horizonte. Para calcular a melhor rota para a sua viagem, é só clicar aqui. Se você estiver em Belo Horizonte, o tempo médio de viagem até o Inhotim de carro é 1h30 e o estacionamento no Parque é gratuito. Agora, se você chegou de avião, pode alugar um carro ou pegar um táxi. Calcule 2h do Aeroporto de Confins até o Parque ou 1h30 partindo do Aeroporto da Pampulha. Outra boa notícia é que o Inhotim possui serviço gratuito de guarda-volumes para bolsas e malas.

Você também pode ir de ônibus ou transfer para o Inhotim. A empresa Saritur tem uma linha que sai da Rodoviária de Belo Horizonte, localizada no centro da cidade, de terça-feira a domingo. Para conhecer os horários e valores do ônibus clique aqui. E a Belvitur, agência oficial de turismo e eventos do Inhotim, oferece transfer saindo de Belo Horizonte, da região da Savassi. Garanta seu transporte aqui.

Onde ficar
Pronto, agora que você já sabe como chegar, precisa decidir se ficará hospedado em Brumadinho ou em Belo Horizonte. O Inhotim possui uma área de visitação de 140 hectares, o que significa que não dá pra conhecer todo o Parque em apenas um dia. Claro que se você estiver em Belo Horizonte e tiver um dia livre, irá aproveitar a visita. Mas para você que está planejando uma viagem que tem o Inhotim como destino principal, o ideal é separar três dias para visitação. Assim, dá para caminhar, refletir e curtir a natureza sem pressa. Para conhecer as opções de hospedagens clique aqui.

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Inhotim na vanguarda da conservação ambiental

Redação Inhotim

Representantes da sociedade civil, setor público, academia e instituições globais se reuniram no Instituto Inhotim entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro para debater os desafios da preservação ambiental. O Seminário Internacional Mudança Climática e Biodiversidade: Ideias e Atitudes que Fazem Diferença apresentou ao público ações inspiradoras que contribuem para o desenvolvimento sustentável. Foi o primeiro evento internacional sobre o tema realizado pela Instituição.

Um dos palestrantes do seminário, o diretor do Jardim Botânico do Inhotim, Lucas Sigefredo, abordou as ações ambientais do Instituto e conclamou o público a refletir sobre a mudança global do clima e agir localmente. Durante sua fala, Lucas pontuou as principais funções do Inhotim enquanto Jardim Botânico, um lugar que é centro de concentração e disseminação do conhecimento. “Temos uma importância fundamental no cuidado com a biodiversidade e com os recursos naturais, além da reestruturação e reorganização do espaço de forma sustentável. Esse tipo de encontro é uma oportunidade de discutir sobre temas da mais alta relevância e convidar as pessoas para uma atitude individual, coletiva ou institucional para conservar a biodiversidade, disse.

Botânico consultor do Kew Garden e Eden Project, o britânico Sir Ghillean Prance mostrou a importância das grandes coleções de plantas dos jardins botânicos para auxiliar e promover ações que combatam a mudança climática.“É responsabilidade dos jardins botânicos trabalharem esse tema, senão, não haverá plantas para o futuro”, advertiu Prance, chamando atenção para a combinação entre arte e natureza no Instituto. “O Inhotim é incrível e estou muito feliz por estar aqui, conhecendo este lugar! É interessante como vocês articulam Jardim Botânico e o acervo artístico, conseguindo transmitir uma mensagem de conservação do meio ambiente. Manter um jardim bonito como esse é fruto de um esforço muito grande dos trabalhadores”.

Moderando o painel “Interface entre ciência, tecnologia e tomada de decisão pública e privada para o combate à mudança climática”, o assessor sênior do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Haroldo Machado Filho, também participou do evento. O especialista explicou que as transformações do clima estão diretamente associadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. “Colocar a questão da mudança do clima mais próxima do cidadão comum e dos impactos no processo de desenvolvimento, em relação à mudança do clima, biodiversidade, edução pobreza, saúde, educação, é garantir que os 17 ODS, que são integrados e indivisíveis, sejam implementados”, afirmou.

Já Adriano Oliveira, diretor do Departamento de Monitoramento, Apoio e Fomento de Ações em Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, observou que é importante tomar inciativas como o seminário para compartilhar o que está sendo feito pelas diversas instituições. Segundo ele, o ministério tem o desafio de recuperar 12 milhões de hectares por meio de reflorestamento e restauração de vegetação nativa.“O Inhotim é um grande exemplo para as políticas públicas e ações similares que têm que ser realizadas pelo Brasil”, disse Oliveira. 

O diretor destacou o projeto do Inhotim financiado pelo Fundo Clima, que prevê a criação de uma área protótipo para sequestro de carbono em terrenos degradados pela mineração a partir de plantas nativas: “Temos que tomar iniciativas, a exemplo deste seminário, como uma forma de divulgar projetos”. O Fundoclima é um projeto de extrema importância para o Ministério. Como tem centralidade na recuperação de área degradada por meio de reflorestamento, torna-se um exemplo importante de como o Brasil pode agir, diante dos compromissos assinados no acordo de Paris, por meio da Contribuição Nacionalmente Determinada (CND)”, acrescentou Oliveira.

O seminário também recebeu a presença da diretora executiva da Forest Stewardship Council (FSC), que falou sobre os problemas e soluções palpáveis para se conseguir combater o uso ilegal das madeiras nas florestas brasileiras. “O selo FSC garante que todo o processo de produção foi feito pensando em preservar a vida das florestas. O cidadão comum pode contribuir adquirindo produtos certificados, investindo na certificações de suas operações, promovendo a certificação FSC e divulgando seu conceito”

Os três dias de seminário foram proporcionaram momentos de troca de conhecimento, expandindo as possibilidades e alternativas para novas ideias de conservação. Desde sua abertura ao público, em 2006, o Inhotim tem contribuído para a conservação da biodiversidade, sendo reconhecida em 2010 como Jardim Botânico, tornando-se um agente de sensibilização e educação sobre as temáticas de mudança climática, sustentabilidade, proteção e conservação da flora e fauna locais. O Instituto possui, ainda, cerca de 4.500 espécies botânicas e uma Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN), com 249 hectares.

Por meio de suas práticas de combate à mudança do clima, o Inhotim está em consonância com a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Os trabalhos ambientais e de pesquisa desenvolvidos no Instituto são frutos de parcerias com instituições de renome internacional, incluindo o PNUD.

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Um festival no campo

Lilia Dantas

Muitos não sabem, mas existe em Brumadinho um assentamento de reforma agrária que é referência para outros da região. O Assentamento Pastorinhas, onde vivem e trabalham 20 famílias, além de fornecer alimentos de qualidade para escolas e outras instituições da região, tem sido um importante colaborador de algumas ações de educação do Inhotim. Por diversas vezes suas lideranças participaram de palestras e conversas sobre agricultura familiar, agroecologia e alimentação promovidas pelo Inhotim, além de nos receberem em visitas por lá.

Em 2017, entretanto, essa relação ganhou novos contornos. Pela primeira vez, jovens assentadas fazem parte das turmas dos projetos Laboratório Inhotim e Jovens Agentes Ambientais. A presença delas intensificou e deu forma a um desejo antigo: levar o Festival de Rua que realizamos anualmente desde 2014 para o campo e construí-lo com e para uma comunidade específica.

A história de luta do lugar e de seus moradores, bem como sua expertise e carinho com a terra, inspirou o desenvolvimento de ambos os projetos ao longo do ano. No Laboratório, investigamos a baixa tecnologia como estratégia para a solução de problemas. Pelo caminho, nos deparamos com a medicina natural alternativa e experimentamos chás e xaropes feitos com ervas medicinais para a cura dos males do corpo e da alma. Com os Jovens Agentes Ambientais, conhecemos a dimensão do impacto causado no planeta pelo consumo e descarte indiscriminado de bens, elaboramos e divulgamos uma campanha pela diminuição do uso de plástico e compreendemos a complexidade da situação fundiária do país.

Como resultado dessas trajetórias nasceu o Festival Terrará, cujo nome brinca com a palavra terra transformando-a em verbo conjugado no futuro. O evento acontecerá na área comum do assentamento, um espaço que abriga uma capela ecumênica e um pequeno galpão aberto a toda a comunidade. Na programação, uma mistura de propostas vindas dos nossos jovens e dos agricultores assentados. O plantio de ervas medicinais, por exemplo, nasceu como um desejo dos moradores e se transformou em uma oficina durante a qual o visitante poderá aprender sobre o tema com meninos e meninas de 13 a 15 anos que, por meses, se dedicaram a pesquisas, testes e experimentações para realizá-la.

Dessa forma, as ações de educação do Inhotim reafirmam sua vocação para criar interseções e leituras transversais entre arte, meio ambiente e o território local. Agradecemos ao Assentamento Pastorinhas pela parceria e inspiração e convidamos a todos para participar do Festival Terrará.

Confira a programação completa e participe!

Programação gratuita
. Trilha ecológica
. Oficina de plantio de ervas medicinais
. Oficina de produtos naturais
. Queima de cerâmica
. Feira de orgânicos

Palco aberto
. 15h30 Show com Sanráh

O Assentamento Pastorinhas está localizado entre os distritos de Monte Cristo e Tejuco, Brumadinho – MG.

Transporte
Ônibus gratuito com saída da rodoviária de Brumadinho às 9:30h, sujeito à lotação. Retorno às 17h.

Informações: (31) 3571–9741

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Inhotim é espaço de pesquisa e debate para Jovens Agentes Ambientais

Redação Inhotim

“O que mais me encanta aqui é a diversidade. Durante nossos encontros, sempre percebo o quanto é importante sermos 25 jovens com tantas diferenças, desde a forma como fomos criados até o lugar onde moramos e a orientação sexual. Isso faz com que nossos debates sejam completos, faz com que a gente construa uma consciência que passa por realidades diversas.”

Quando questionada sobre o que mais gosta nos encontros dos Jovens Agentes Ambientais (JAA), Kelen logo responde: as diferenças. Integrante do projeto desde o começo do ano, a estudante de 15 anos já participou de um grupo de coral e da Escola de Cordas do Instituto. Assim que foi avisada na escola sobre as inscrições para o JAA, se inscreveu sem pensar duas vezes. “Aqui é minha segunda casa”, conta.
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O programa, que conta atualmente com o patrocínio da IBM e da Aliança Energia, é desenvolvido pelo Instituto Inhotim desde 2008 e tem como objetivo a formação de jovens matriculados na rede pública de ensino do município de Brumadinho para a inclusão socioambiental. Durante todo o ano, são pensadas atividades que estimulam discussões sobre sustentabilidade, consumo consciente e qualidade de vida na contemporaneidade, e que despertam um olhar crítico para a busca de mobilização social em prol do meio ambiente. As temáticas são sempre abordadas de forma a serem aplicadas na própria comunidade onde os integrantes moram.

A cada ano, 25 jovens entre 14 e 17 anos são selecionados para compor a turma e receber uma formação intensiva na área de meio ambiente e responsabilidade social. O processo de seleção não é pautado por análise de desempenho escolar ou conhecimento prévio. Durante as dinâmicas de seleção, busca-se identificar jovens que demonstrem sua inquietude diante dos desafios contemporâneos como questões de gênero e sexualidade, representatividade política no Brasil e democracia, ou sobre o papel do jovem na sociedade. Os encontros entre jovens e educadores acontecem duas vezes por semana durante todo o ano letivo, nas dependências do Instituto Inhotim.

Ana Clara Silva tem 16 anos e foi uma das selecionadas para compor o grupo deste ano. Para ela, a chance de entender os ciclos do ambiente é o que mais a instigou a participar do projeto. “Uma relação ambiental difere muito do que as pessoas pensam que é óbvio. Por exemplo, uma pessoa tem a noção que o meio ambiente é só a floresta. Mas o lugar em que você vive já é um ambiente, o seu ciclo, o que você faz, é o seu ambiente. Aqui aprendemos isso e aprendemos as formas de melhorar esses lugares”, explica. 20170517_JAA_ William Gomes-1017

Através de discussões temáticas, pesquisas no Jardim Botânico Inhotim e ações de diagnóstico e intervenção realizadas em diferentes comunidades, o programa desperta o envolvimento e desenvolve as habilidades necessárias para que esses jovens trabalhem individual e coletivamente, tendo o Inhotim como ponto de partida para pesquisas, reflexões e experimentações. A metodologia do programa se baseia, ainda, na relação com o município de Brumadinho, principal espaço de atuação e objeto de investigação no contexto do projeto.

Neste ano, é a vez dos 25 jovens mergulharem em temas como agricultura familiar, alimentação e consumo consciente. No final do ano, é a vez de mostrarem os resultados dos dias de pesquisa, debate e imersão durante o Festival de Rua que realizam junto aos jovens do Laboratório Inhotim. Desta vez, realizado em uma comunidade rural de Brumadinho.

O Projeto Jovens Agentes Ambientais de 2017 teve o patrocínio da IBM e da Aliança Geração de energia por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

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