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Dicas para visitar o Inhotim

Redação Inhotim

Como faço para chegar aí? Consigo conhecer o parque todo em um dia? Onde posso me hospedar? Quanto custa a entrada? Tem estacionamento?  Vou direto do aeroporto, onde posso guardar a minha mala? Posso fazer uma visita guiada?

 

Se conhecer o Inhotim faz parte da sua lista de desejos, em algum momento você irá se deparar com algumas dessas perguntas. Aproveite as dicas e comece planejar a sua visita.

 

 

O primeiro passo é saber como chegar.

 

O Inhotim está localizado em Brumadinho (MG), a cerca de 60km de Belo Horizonte. Para calcular a melhor rota para a sua viagem, é só clicar aqui. Se você estiver em Belo Horizonte, o tempo médio de viagem até o Inhotim de carro é 1h30 e o estacionamento no parque é gratuito. Agora, se você chegou de avião, pode alugar um carro ou pegar um táxi. Calcule 2h do Aeroporto de Confins até o parque ou 1h30 partindo do Aeroporto da Pampulha. Uma boa notícia é que o Inhotim possui serviço gratuito de guarda-volumes para bolsas e malas. Você também pode ir de ônibus. A empresa Saritur tem uma linha que sai da Rodoviária de Belo Horizonte, localizada no centro da cidade, de terça-feira a domingo. Para conhecer os horários e valores do ônibus clique aqui.

 

 

Onde ficar

 

Pronto, agora que você já sabe como chegar, precisa decidir se ficará hospedado em Brumadinho ou em Belo Horizonte. O Inhotim possui uma área de visitação de 140 hectares, o que significa que você não vai conseguir conhecer todo o parque em apenas um dia. Claro que se você estiver em Belo Horizonte e tiver um dia livre, irá aproveitar a visita. Mas para você que está planejando uma viagem que tem o Inhotim como destino, o ideal são três dias de visitação. Assim, dá para caminhar, refletir e curtir a natureza sem pressa. Para conhecer as opções de hospedagens clique aqui.

 

 

E agora?

 

 

Passagens aéreas compradas, hotel reservado, chegou a hora de planejar a sua visita ao parque. Como o Inhotim é um lugar diferente de tudo o que você já viu, existem algumas dicas que podem facilitar a sua visita. Além de um Centro de Arte Contemporânea, o Inhotim é um Jardim Botânico.  Entre palmeiras, flores, lagos e imensos bancos de madeira estão galerias de arte. Sim, arte em meio à natureza. Por isso, caminhar faz parte da visita. Para ganhar tempo, a dica é comprar o ingresso antecipado. E caso seja necessário, você também pode comprar o transporte interno realizado com carrinhos elétricos. Clique aqui para comprar o seu ingresso.

 

Outra ótima dica é navegar pelo parque antes de conhecer pessoalmente. O mapa interativo ajuda a decidir rotas, conhecer as galerias a até se aprofundar nas obras de arte. Falando em se aprofundar, aqui você conhece as visitas mediadas que acontecem no parque. Os pontos de alimentação estão estrategicamente localizados. Conheça cada um deles. Antes de pegar a estrada, vale dar uma lida nas regras de visitação para que tudo corra dentro do planejado.

 

Se você chegou até aqui, está muito perto de realizar o seu desejo. O Inhotim é um lugar inesquecível. Aproveite!

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Meu dia no Inhotim

Redação Inhotim

Quando eu fiquei sabendo que vinha no Inhotim já fiquei animado. Nem sabia direito o que era não, mas o Vitor falou que era super legal e tinha muito espaço para brincar. O Vitor já veio aqui uma vez.  Eu e o Artur nunca. Bom, logo que a gente chegou no estacionamento e veio andando para entrar no parque, eu já fiquei animado com aquele caminho gigante, coberto de árvores. Quando o moço colocou o adesivo de visitante na nossa blusa, ficamos sabendo que tinha umas brincadeiras especiais para as crianças durante o dia. Quando chegamos lá, disseram que teria um caça ao tesouro. Então eles dividiram as crianças. Os meninos pequenininhos foram pra um lado para fazer outras brincadeiras, e nós, maiores, reunimos para começar o caça ao tesouro.

 

Eram dois times, cada um tinha que achar todas as pistas pra descobrir qual era a surpresa que tinha no final. Os monitores iam ajudando a gente a resolver as charadas.  Começamos a correr para achar as pistas bem rápido. Foram cinco pistas. Elas tinham bilhetes que falavam como achar o tal tesouro. Cada uma dizia pra gente ir pro norte, nordeste, noroeste…todos os caminhos. Das cinco eu achei três sozinho. Fui bem esperto. Estavam no meio do mato, amarradas nas plantas. Era só ir passando a mão e olhar bem que você achava. Algumas pistas deram muito cansaço, porque a gente tinha que correr e procurar muito. Depois que descobrimos tudo, viemos buscar o tesouro, que eram sementes da árvore Tamboril, essa grandona aqui atrás.

 

Depois de tudo isso, fomos visitar o parque todo. Não sabia direito o que eu ia encontrar. Quando eu cheguei, imaginei que ia ver arte, animais, várias árvores que eu nunca conheci. O Artur queria mesmo é conhecer o Saci e a história dele. Disseram pra ele que aqui ele ia ver aqui. Ah, o Vitor disse também que tinha uma árvore aqui que anda a cada mês que passa. Eu não acredito muito. Se ela saísse andando eu ia assustar muito. Mas uma coisa que a gente fez foi andar. Andamos, andamos, andamos…minha perna até doeu no final.

 

Meu dia no Inhotim - Colônia de férias Artur (6), Vitor (10) e Eduardo (10) aproveitaram o dia de visita no Inhotim Foto: Rossana Magri

 

 

De tudo o que eu gostei mais foi da Cosmococa. A gente entrou lá e tinha cinco salas: uma de balão, uma de espuma, outra de piscina, uma com algumas redes e uma que passa uns filmes. A gente até nadou na piscina. Eu e o Artur nadamos de bermuda. Como o Vitor já veio aqui e sabia que tinha piscina, ele nadou de sunga. Além disso, a gente andou por um tanto de lugar legal e vimos um bocado de flor diferente, tipo cactos e calda de peixe.  Passamos em uma sala que o chão é cheio de caco de vidro, fomos a outra sala toda escura, vimos a bola de choque também. Fiquei morrendo de medo da água cair em mim e eu tomar um choque!

 

Mas eu achei uma coisa muito estranha: a água das lagoas é verde! Como que eles fazem pra deixar a água daquele jeito? Outra coisa: naquela sala azul, de azulejos, que a parede foi pintada de órgãos humanos por dentro, como eles fizeram aquilo? E a piscina rasa que fica na entrada desse prédio, pode entrar ou é proibido? Outra coisa diferente que eu vi foi uma escultura de um homem emendado no outro. Achei meio louco e até tiramos fotos tentando imitar eles.

 

No final, até vimos a casa do Saci, mas não conseguimos ver ele como o Artur queria. A gente não tinha os materiais que precisavam para fazer ele aparecer, e as monitoras não estavam na hora para ajudar. Mas eu achei o Inhotim muito bonito. As artes, o ambiente, tudo foi feito com muito cuidado, né?  No começo eu estranhei, porque eu nunca tinha visto um lugar grande assim. Mas agora que eu sei como é, e quero voltar.  Eu ainda não consegui ver tudo, como por exemplo, uma sala que é toda vermelha. Gostei muito!

 

 

Depoimento de Eduardo Soares , 10 anos, sobre o seu dia de visita no Inhotim

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Boas lembranças

Redação Inhotim

Quem adora passear por lojinhas de museus não pode deixar de visitar dois espaços muito especiais do Inhotim, repletos de lembranças da visita no parque. Inaugurada em 2007, a loja design do Instituto tem um mix variado de produtos, entre livros, DVDs, peças decorativas, brinquedos sustentáveis, acessórios e a linha institucional do Inhotim, que acaba de sair do forno. Ainda não conhece? São livros de anotações, lápis, canecas, camisetas, ecobags, bolsas, entre outros, com preços para todos os bolsos. Para deixar os itens ainda mais charmosos, a marca do Inhotim foi transformada em uma estampa tipográfica, que aparece nas cores azul cobalto, vermelha, verde e preta.

 

Já o espaço dedicado à botânica disponibiliza para venda espécies do acervo de plantas do Instituto, ferramentas para jardinagem, objetos de decoração, além de utensílios em cerâmica. O mais legal é que quem curte plantas pode levar para casa as variedades cultivadas dentro do parque já plantadas em vasos cerâmicos feitos pelas mãos de moradores de Brumadinho e região, que iniciaram nesse ofício por meio de um projeto do Instituto voltado à comunidade. Vale lembrar que a venda de produtos é uma das formas de sustentabilidade da instituição, já que é fonte de renda para que possa se manter e continuar recebendo visitantes de todo o mundo.

 

Lojas do Inhotim vendem acessórios exclusivosLojas do Inhotim oferecem produtos que carregam o DNA do Instituto Foto: Ricardo Mallaco

 

 

A perfeita sintonia entre a essência do parque e as lojas Inhotim lhes garantiu um lugar na lista do site Blouin Artinfo, que elegeu as mais bacanas do mundo no segmento.

 

 

Para saber

Lojas Inhotim – design e botânica

Onde fica? Rua B, 20 – Brumadinho/MG

Quando funciona? De terça a sexta-feira, de 09h30 às 16h30. Sábados, domingos e feriados, de 09h30 às 18h30

Como pagar? Dinheiro, cheque e todos os cartões de crédito e débito

Alguma dúvida? Ligue para (31) 3571-9848

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Jardim de borboletas

Redação Inhotim

Elas estão sempre por lá. Passeiam tranquilas pelo Inhotim, descansando entre plantas e obras de arte. Dos mais diversos formatos e cores, as borboletas que habitam o Parque não estão ali por acaso: elas são sinal de que, no Instituto, a natureza e o homem convivem em harmonia.

As borboletas são bioindicadores naturais de qualidade ambiental, por serem sensíveis a pequenas mudanças do ecossistema. Por isso é tão raro vê-las em centros urbanos. Aqui no Inhotim, até hoje já foram identificadas 166 espécies diferentes vivendo no jardim botânico, deixando os caminhos ainda mais coloridos.

Considerado Jardim Botânico desde 2010, além de manter variadas coleções de plantas, o Inhotim desenvolve pesquisas botânicas em seu meio ambiente, uma delas tem como foco sua comunidade de borboletas. Pesquisadores do Setor de Gestão Ambiental do Instituto, em parceria com o Centro Universitário UNA, de Belo Horizonte, vêm realizando esse levantamento desde maio de 2012, no intuito de mapear as espécies frugívoras (que se alimentam de frutos em decomposição, sais minerais e fezes) e nectarívoras (que consomem néctar das flores e pólen) da área de visitação do Inhotim.

Além de contemplar o voo das borboletas pelo Parque, você também pode ir à Estação Educativa para Visitantes e conhecer a coleção didática de borboletas, todas capturadas no próprio Inhotim.

Viva a biodiversidade!

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No coração do Inhotim

Redação Inhotim

Não é necessário caminhar muitos metros dentro do Inhotim para dar de cara com uma das maiores e mais belas árvores do parque: o Tamboril. Ponto de encontro popular entre os visitantes, a espécie está localizada na área central do Instituto, convidando quem passa por perto a tirar uma foto, descansar sob a sua sombra ou mesmo admirá-la por alguns minutos.

 

A história do Tamboril, ou Enterolobium contortisiliquum, se confunde com a história do próprio Inhotim. Acredita-se que o exemplar tenha entre 80 e 100 anos de vida, representado, assim, um dos mais antigos do acervo. Plantada no mesmo local desde a época em que a região era apenas uma vila, a árvore dá nome a um dos restaurantes do parque além de estampar peças de cerâmica produzidas no local.

 

O Tamboril é uma espécie abundante e decídua, ou seja, que perde sua folhagem de tempos em tempos. Alcança, em média, de 20 a 35 metros de altura e possui de 80 a 160 centímetros de diâmetro de tronco. É uma árvore de rápido crescimento inicial e muito apropriada para áreas de reflorestamento. Seus frutos são recurvados e semilenhosos, em formato de rim ou de orelha, o que lhe rendeu diversos nomes populares ao longo dos anos, dentre eles “orelha de macaco”. Cada um desses frutos pode conter de duas a doze sementes brilhantes e de cor marrom.

 

Apesar de grande e espessa, a madeira do Tamboril é leve, macia e pouco resistente. Dessa forma, é comumente utilizada para a fabricação de canoas, brinquedos, compensados e caixotaria em geral.

 

Como é uma árvore encontrada próxima de rios, antigamente as lavadeiras utilizavam as sementes e cascas do Tamboril para lavar suas roupas, já que nelas são encontradas propriedades saponinas. Hoje em dia, várias instituições pesquisam mais a fundo a Enterolobium contortisiliquum. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por exemplo, descobriu uma proteína extraída da semente da espécie que demonstrou em ensaios uma potente ação antitumoral, anti-inflamatória, anticoagulante e antitrombótica.

 

Nome popular: Tamboril ou “Orelha de Macaco”

Nome Científico: Enterolobium contortisiliquum

Família: Fabaceae

Ocorrência: Florestas pluviais e semidecíduas do norte ao sul do Brasil