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Novo Vandário no Inhotim

Redação Inhotim

No próximo sábado, 22 de março, o Jardim Botânico Inhotim inaugura mais um espaço temático. O novo Vandário irá reunir cerca de 350 orquídeas do grupo das vandáceas, originárias do Sudeste Asiático e da Austrália, e será o único do Brasil aberto ao público. O evento será a oportunidade ideal para ver cerca de 50% dessas plantas floridas ao mesmo tempo.

 

A criação de um ambiente dedicado a essas orquídeas tão raras faz parte de um projeto de conservação do Instituto que pretende colaborar com a manutenção dessas espécies em situação vulnerável. Quem for conhecer o Vandário no dia da abertura terá a chance de conversar com a especialista em orquídeas Delfina de Araújo e descobrir curiosidades sobre essas plantas. O Blog do Inhotim bateu um papo com a estudiosa, que deu algumas dicas de cultivo dessa espécie. Confira!

 

– A floração das vandáceas dura, em média 40 dias. Uma boa dica para estender esse período, é manter a planta longe de lâmpadas. O calor que elas emitem causa ressecamento e murcha as flores;

 

– Sol e calor excessivos também são prejudiciais pois provocam a perda de água da planta. Por isso, mantenha as flores em local fresco;

 

– As vandáceas devem ser regadas todos os dias, sempre na parte da manhã. Use, de preferência, um borrifador e molhe-as até que as raízes fiquem verdes e percam o aspecto perolado;

 

– Após a perda das flores, regue a planta diariamente e aplique adubos específicos para essa espécie. Elas devem ser mantidas em um lugar iluminado, mas longe do sol direto.

 

Para saber mais sobre o novo Vandário, clique aqui.

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Novidades no Inhotim Escola 2014

Redação Inhotim

O segundo ano do Inhotim Escola promete movimentar a agenda de Belo Horizonte. Exposições de arte, mostras de filmes, palestras, cursos, saraus, oficinas e uma novidade: em 2014 a temática sobre o meio ambiente entra em cena com o Consumo Consciente na Praça. O projeto, que já começa em abril, vai promover a discussão sobre os hábitos de consumo da sociedade atual para construir um estilo de vida mais sustentável.

 

Entre as ações previstas para o ano está o Dia do Carbono Zero, que pretende promover a redução da emissão de gases efeito estufa. Além disso, os amantes das duas rodas vão poder participar do Pedal Verde, um circuito de bicicleta pela região centro sul de Belo Horizonte para colocar em pauta a questão da mobilidade urbana na capital mineira.

 

O Sarau realizado pelo Inhotim Escola em 2013 reuniu diversas pessoas na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte.
O Sarau realizado pelo Inhotim Escola em 2013 reuniu diversas pessoas na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Foto: Ricardo Mallaco

 

Já no universo das artes, também em abril o público tem a oportunidade de conversar com o curador do Inhotim Jochen Volz sobre a relação entre arte e arquitetura na construção de pavilhões de arte. Jochen já organizou diversas exposições pelo Brasil e o mundo, incluindo a mostra internacional da 53a Bienal de Veneza. Desde 2012, ele também é curador-chefe da Serpentine Gallery, em Londres. Entre outras atividades, a programação do Inhotim Escola inclui o seminário Visão Yanomami, que tem como tema o trabalho da fotógrafa Claudia Andujar. Suíça radicada no Brasil desde a década de 1950, além de registrar a vida do povo Yanomami, Andujar se tornou uma grande ativista da causa indígena no País.

 

Os antigos prédios que fazem parte do Circuito Cultural da Praça da Liberdade continuam abrigando parte das atividades. Mas, neste ano, o Inhotim Escola amplia suas ações para diferentes locais da capital mineira e outras cidades, deixando de ter uma sede fixa em Belo Horizonte. Até hoje, os eventos realizados pelo projeto já contaram com mais de dois mil participantes.

 

Ficou interessado? Descubra mais sobre o Inhotim Escola aqui.

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Jardim de Pedras

Redação Inhotim

Em meio aos exuberantes jardins do Inhotim, uma novidade tem chamado atenção dos visitantes. O Jardim de Pedras, próximo ao Viveiro Educador, foi inspirado nas paisagens desérticas do México e reúne plantas que, apesar de terem pouca água disponível, são ricas em beleza.

 

A ideia de criar um jardim tão diferente tem explicação. Lívia Lana, engenheira agrônoma do Inhotim, é quem responde: “Já possuíamos várias espécies, algumas, inclusive, raras. Criamos, então, um ambiente especial, em que é possível entender o contexto em que elas vivem”, revela.

 

Foto: Rossana Magri
Foto: Rossana Magri

 

Os exemplares que compõem o Jardim de Pedras são originários de desertos e também de regiões áridas do Brasil. Entre eles estão Cactáceas, Crassuláceas e Euforbiáceas. Apesar do nome complicado, são muito empregados no paisagismo e têm manutenção relativamente simples. O grande trabalho foi transformar o solo do local para receber as mudas, utilizando principalmente areia e pedras.

 

Em sua próxima visita, não deixe de conhecer esse jardim tão exótico. Para saber mais sobre o acervo botânico do Inhotim, clique aqui.

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De onde vem o Carnaval?

Redação Inhotim

Nem todo mundo sabe, mas o Carnaval é muito mais antigo que os trios de Dodô e Osmar em Salvador, na Bahia. Essa festa popular tem suas origens em celebrações como a Saturnália, quando Roma Antiga parava para festejar o deus Saturno. Segundo a mitologia, foi ele quem ensinou a prática da agricultura aos homens e, nesses dias de festa em que aconteciam em dezembro, os amigos se presenteavam com flores e alimentos típicos da estação.

 

Pegando carona nessa história, quem visitar o Inhotim durante o Carnaval será presenteado com sementes de palmeira licuri (Syagrus) e butiá (Butia) como forma de agradecer à natureza e ao público por fazerem do parque um lugar tão único e transformador. Essas espécies não foram escolhidas por acaso. Além de marcarem presença nos jardins do Inhotim, elas estão retratadas em diversas obras do artista Luiz Zerbini, expostas na mostra amor lugar comum, instalada na galeria Praça desde outubro de 2013.

 

Pintura e jardim: detalhe da obra "Lago Quadrado" (2010), de Luiz Zerbini, e a mesma planta no acervo botânico do parque.
Pintura e jardim: detalhe da obra “Lago Quadrado” (2010), de Luiz Zerbini, e a mesma planta no acervo botânico do parque. Fotos: Rossana Magri

 

Em referência à obra Olê ô picolê (2007), de Marepe (leia sobre o artista aqui), exposta na galeria Lago, os educadores farão intervenções junto aos carrinhos de picolé que circularão pelo parque. Os visitantes irão receber recortes de textos sobre o artista ou escritos por ele, num convite para conhecer seu trabalho.

 

Já os foliões-mirins poderão confeccionar máscaras de carnaval com materiais que seriam descartados. As ações acontecem pelo parque, de sábado (1/3) a terça-feira (4/3), de 10h às 12h e de 14h às 16h. Para saber mais clique aqui.

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Natureza que renasce

Redação Inhotim

Resíduo florestal. É esse nome requintado que ironicamente define a matéria-prima predileta do designer Hugo França. Desde o final da década de 1980, ele transforma madeira descartada pela movelaria tradicional ou condenada naturalmente em bancos, cadeiras, mesas, aparadores, prateleiras e adornos, batizados de esculturas mobiliárias. Das mais de 1.000 já produzidas até hoje, 98 estão no Inhotim, detentor da maior coleção de trabalhos do designer.

 

É impossível caminhar pelo parque e não notar essas incríveis estruturas de apelo sustentável. Rústicas, mas muito aconchegantes, convidam visitantes a uma pausa, seja para descansar, contemplar a natureza ou refletir sobre alguma das 170 obras de arte em exposição. Parceiro antigo, Hugo França instalou seu primeiro trabalho no jardim ainda na década de 1990, antes mesmo da criação do Instituto, em 2006. Colocou sob a sombra do Tamboril, árvore centenária que hoje é um dos símbolos do parque, um imenso banco, substituído recentemente por um maior, também do designer.

 

A história de Hugo França com a madeira começa há quase três décadas. Ansioso por um novo estilo de vida, mudou-se para Trancoso/BA, onde viveu por 15 anos. Lá descobriu o pequi-vinagreiro, árvore comum na Mata Atlântica baiana, mas pouco útil na marcenaria usual por ser muito irregular. Começou, então, a aproveitar raízes desenterradas, troncos ocos, galhos e o que mais encontrasse para criar peças únicas, que valorizam as texturas e formas naturais dessas plantas a princípio rejeitadas.

 

Banco Hugo FrançaRústicos, mas muito aconchegantes, os bancos convidam os visitantes a uma pausa l Foto: Rossana Magri

 

 

 Os primeiros cortes são feitos onde a madeira é encontrada – e não é à toa. Alguns blocos chegam a pesar acima de uma tonelada e precisam ser divididos para serem transportados. Ainda na mata, já começam a se transformar em bancos e mesas e são finalizados em uma das oficinas de Hugo França. De lá, suas esculturas seguem para o mundo.

 

Além de figurar entre coleções particulares, como a do Inhotim, seu trabalho já foi apresentado em uma extensa lista de instituições, como o MAD Museum, em Nova York; o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo; a Art Rio, no Rio de Janeiro e atualmente o Fairchild Tropical Botanic Garden, jardim botânico localizado em Miami, nos Estados Unidos. Até maio de 2014, quem passar por lá  poderá conhecer 25 esculturas mobiliárias do artista, que com seu olhar sensível é capaz de fazer renascer a natureza.

 

Recentemente, a Crane TV fez um vídeo sobre o trabalho de Hugo França. Confira: