Pular para o conteúdo
Leitura 5 min

Encontro Marcado celebra Dia da Agricultura Familiar em Assentamento de Brumadinho

Redação Inhotim

Você já marcou de se encontrar com alguém esta semana? No Inhotim são realizados encontros semanais entre funcionários através do projeto Encontro Marcado. Esse é um programa desenvolvido pelo Educativo Inhotim e, desde 2009, acontece como um espaço de socialização entre os colegas, cooperando para o exercício do respeito, diálogo, colaboração e abertura para o outro. Iniciado por bibliotecárias que trabalhavam no Inhotim em 2009, durante seus 11 anos de execução o projeto tem como um de seus objetivos proporcionar a imersão dos colaboradores das várias áreas do Instituto nos acervos botânico e artístico. A partir de práticas educativas amplia-se o acesso aos bens culturais e ambientais, valorizando a diversidade.

Hoje, o Instituto Inhotim conta com cerca de 30 equipes internas e uma média de 450 funcionários que trabalham diariamente em parceria e colaboração para que todos os jardins e galerias estejam abertos para visitação. A realização de encontros semanais colabora diretamente para o desenvolvimento das atribuições específicas de cada área operacional, bem como para as noções de motivação e pertencimento dos colegas em relação ao espaço em que trabalham. A participação se dá de maneira voluntária, de acordo com os temas propostos e pelas demandas particulares de cada uma das equipes, colaborando também para a autonomia desses sujeitos.

Neste ano, a equipe responsável pelo projeto está propondo aos participantes expandir essas experiências educativas a partir de Encontros Especiais, onde são experimentadas novas formas de imersão nos acervos do Instituto e na exploração de territórios e/ou comunidades da cidade de Brumadinho. No mês de maio os funcionários puderam convidar seus familiares para uma visita ao Inhotim em uma tarde de domingo, valorizando os saberes dos colaboradores participantes através do compartilhamento de suas percepções sobre o Instituto.

Em julho, em celebração ao Dia Internacional da Agricultura Familiar, 25/07, os funcionários foram convidados para uma visita ao Assentamento Pastorinhas, uma comunidade que estabeleceu um processo de ocupação e conquista de uma porção de terra localizada no Tejuco, em Brumadinho. O sistema de cultivo do assentamento é o agroecológico, que não faz uso de defensivos e fertilizantes químicos, sendo mais natural e sustentável.

A visita aconteceu na tarde da última terça feira (23), e contou com a participação de 33 colegas das áreas de manutenção civil, operação, atendimento e educativo. Lá foi possível conhecer um pouco mais sobre a história dessa comunidade, assim como sanar algumas dúvidas relacionadas ao cultivo e à instalação das famílias que ali residem e trabalham há 18 anos. O Assentamento Pastorinhas é referência em organização comunitária, cultivo de leguminosas e hortaliças, assim como em seus projetos internos que promovem a sustentabilidade ambiental da comunidade.

Hoje vivem no assentamento 25 famílias e cerca de 80 pessoas.  Quem nos acompanhou nessa tarde foi a Valéria Carneiro, uma das líderes desta comunidade. Nos reunimos para uma roda de conversa que teve sequência com um passeio em meio aos canteiros onde foram apresentados os métodos e processos de cultivo utilizados pelos assentados. Não conseguimos ver toda a estrutura, o que acabou gerando um gostinho de quero mais em todos os que estavam ali.

De acordo com o Aurélio, “especial significa algo particular que evoca coisas boas. Na presença dos colegas, posso afirmar que este Encontro foi de fato Especial, porque por meio dele conhecemos um pouco mais sobre uma das várias comunidades que fazem da cidade de Brumadinho um destino de imersão em cultura e diversidade”.

Um agradecimento também especial às famílias do Assentamento Pastorinhas que nos receberam com muito afeto e aos colegas que toparam essa experiência conosco. Já estamos ansiosos pelo destino do nosso próximo Encontro Especial

*Esse texto foi escrito pela mediadora de projetos educativos  Ana Vitória Martins.

 

 

Leitura 7 min

Loja Design Inhotim ganha versão online

Redação Inhotim

Expandir as fronteiras de Brumadinho, e de Minas, para o mundo. Essa é uma das missões do e-commerce da Loja Design Inhotim, que acaba de ser lançado. Agora, o público pode levar um pedacinho da “experiência Inhotim” para casa e presentear os amigos, mesmo a distância.
A loja física do Inhotim, que fica em frente à recepção do Instituto, é quase uma parada obrigatória para os visitantes, que ficam encantados com o cuidado e a singularidade de cada peça. Com um conceito bem diferente das tradicionais lojas de souvenirs, a Loja Design Inhotim preza para que cada produto carregue em si a essência do Instituto.

“Visitar o Instituto Inhotim é uma experiência multissensorial. Ao longo dos percursos, arte e botânica se fundem por meio de imagens, sons e aromas, despertando sensações e emoções. Queremos estender essas experiências para quem já visitou o Inhotim e tangibilizá-las para quem ainda não o conhece, despertando esse desejo por meio de produtos com o DNA do Instituto”, afirma Cristiana Paz, gestora da Loja Design Inhotim.

A loja física e o e-commerce são uma autêntica vitrine do design brasileiro. Trata-se de uma seleção de criações exclusivas desenvolvidas pelo estúdio Hardy Design, ou por meio de parcerias com marcas e designers brasileiros. As coleções que levam a marca Inhotim são versáteis, estimulam a sensibilidade, ajudam a relembrar momentos inesquecíveis vividos no Museu e Jardim Botânico e proporcionam novas experiências.

Assim como a brasilidade, a preservação ambiental é um valor para a Loja Design Inhotim. Está presente na escolha dos materiais, e na priorização de processos produtivos com impacto mínimo sobre o meio ambiente.

Além disso, a loja busca parcerias com produtores e cooperativas locais, tornando o processo algo muito maior que um simples ato de compra e venda. “É também a chance de contribuir efetivamente para a valorização da arte e da cultura, uma vez que parte da arrecadação é destinada à sustentabilidade do Instituto Inhotim, incluindo manutenção de obras, conservação de jardins e galerias e novos projetos”, salienta Cristiana.

Criações
A Loja Inhotim é Brasil. É espaço para prestigiar todo o sistema de criação e produção a partir das experiências geradas no Inhotim. São itens de decoração, utilidades domésticas, vestuário e cuidados pessoais para quem gosta de arte contemporânea, de viajar, de interagir com a natureza, e não abre mão de exclusividade.

Conheça as principais coleções:

Linha Arquitetura
Reconhecida nacional e internacionalmente pela vanguarda, beleza e integração com a natureza, a arquitetura do Inhotim é um de seus elementos mais característicos e premiados. São galerias que abrigam obras em exposição permanente ou temporária, além de obras expostas ao ar livre. A Linha Arquitetura Inhotim parte de um desenho esquemático de cada galeria e oferece produtos de uso diário, como cadernos, lápis, marcadores de página, camisetas, ecobags e ímãs de geladeira. O objetivo é expandir a experiência e ser um ponto de partida acessível para conversas sobre arte, botânica e arquitetura.

Linha Botânica
Tropicalidade, exclusividade, exuberância. A Linha Botânica homenageia algumas das espécies mais representativas dos jardins do Inhotim, como palmeiras, costelas-de-adão e helicônias. As estampas exclusivas inspiradas na exuberância natural das flores e folhas levam a delicadeza das paisagens naturais para o dia a dia. Em 2015, a linha foi premiada pelo International Design and Communication Awards (IDCA), reconhecimento internacional dedicado à comunicação e ao design para museus. No mesmo ano, a Linha foi destaque na Shortlist da 11ª Bienal de Design Gráfico.

Linha Infantil
A Linha Infantil apresenta a fauna e a flora presentes no Inhotim de um jeito divertido e pedagógico, incentivando os pequenos a aprenderem brincando. Na coleção Habitantes do Parque, as crianças descobrem quais são as principais espécies de peixes que vivem nos lagos de Inhotim, como o surubim, a carpa, o tambaqui e a traíra. Pata-de-elefante? Orelha-de-macaco? A coleção Que Planta é Essa? apresenta espécies típicas do Jardim Botânico, explicando de forma lúdica a origem de seus nomes populares. Bonés, camisetas e até tatuagens removíveis estão entre as criações.

Linha Aromas
Caminhar pelos jardins do Inhotim é um convite a experimentar novas sensações. A Linha Aromas leva um pouco do frescor da natureza para o dia a dia. É produzida artesanalmente, em parceria com o Estúdio Mandarina (São Paulo), e faz uso de matérias-primas sustentáveis e essências tipicamente brasileiras, com o capim-limão.

Linha Institucional
A marca Inhotim materializada, por meio de estampa tipográfica. Paleta fresca e vibrante que se funde às cores das obras e do ambiente. Itens criados para satisfazer o desejo de um consumidor que quer muito mais do que um souvenir para levar para a casa. Roupas, ecobags, bolsas em lona e papelaria estão entre os destaques.

Linha Trópicos
Nossa coleção de peças em porcelana tem estampas exclusivas inspiradas na tropicalidade, na exuberância das formas e nas cores vibrantes dos jardins do Inhotim. São produtos delicados, pensados para a sua casa, como canecas, xícaras, pratos, bowls e tigelas, fabricados pela Germer Porcelanas, empresa que utiliza matérias-primas de alta qualidade.

Linha Ipanema para Inhotim
Totalmente recicláveis, as sandálias Ipanema ganharam duas estampas originais desenvolvidas pelo estúdio Hardy Design, que expressam a exuberância botânica do Parque. A edição exclusiva do modelo de sandália Errejota, assinada por Oskar Metsavaht, é inspirada nas múltiplas relações entre arte e natureza que o Inhotim proporciona, por meio de duas espécies icônicas do Jardim Botânico: a palmeira-azul e o inhame-roxo.

Leitura 6 min

Saiba dez curiosidades sobre o Jardim Botânico Inhotim

Redação Inhotim

Você sabia que existe um Laboratório de Botânica no Inhotim? Sabe para que servem nossos sombrites, os epifitários e as estufas? Já ouviu falar sobre nossa área experimental de restauração de vegetação que tem histórico de degradação? Nessa Semana do Meio Ambiente, listamos algumas curiosidades sobre nosso Jardim Botânico para que você conheça mais esse lado tão importante do Instituto:

1. As estufas são espécies de “berçários”, onde cuidamos de plantas fracas, germinamos sementes, propagamos plantas das espécies mais delicadas e guardamos as plantas matrizes das espécies mais raras. Em uma em especial, temos o clima equatorial da Amazônia e nela estão as plantas que adoram alta temperatura e muita umidade.

2. Nos Sombrites simulamos ambientes sombreados para deixar as espécies que ficam embaixo das árvores se sentindo em casa.

3. O epifitário: é uma estrutura que também simula o ambiente sombreado logo abaixo da copa das árvores. Esse espaço guarda plantas que o público em geral considera como parasitas, mas que na verdade apenas usam outras plantas como suporte, sendo chamadas de plantas epífitas. A irrigação é feita por nebulização e os principais grupos de plantas são das orquídeas, bromélias e cactos. Você sabia que existem muitos cactos que vivem em cima das árvores na Mata Atlântica? No epifitário temos vários cactos como esses!

4. O Laboratório de Botânica possui equipamentos que são utilizados para propagar as mais variadas espécies e também para conhecer um pouquinho mais sobre elas através de trabalhos científicos. Entre eles, destaca-se uma câmara climática para crescimento de plantas, que é capaz de controlar o CO2, a umidade e a temperatura, e assim pode ser utilizada para observar as respostas das plantas às mudanças climáticas, ao analisar, por exemplo, seu crescimento e desenvolvimento em um ambiente enriquecido com CO2 e em temperaturas mais altas que as atuais. Ao obter essa resposta poderíamos então prever o que aconteceria com essas espécies nesses cenários e assim buscar soluções para a sua conservação.

5. O JBI possui uma área experimental chamada Área de Protótipo , que restaura vegetação que tem histórico de degradação de sua condição original, como retirada e rebaixamento do solo; invasão de espécies vegetais exóticas, como a braquiária; solo compactado; acúmulo de água em locais isolados e impacto visual. Para restauração da área foram utilizadas sementes coletadas na RPPN Inhotim e mudas de espécies nativas produzidas no laboratório de botânica e Viveiro Inhotim. Foram utilizadas 103.400 sementes para semeadura direta, 1.860 mudas para plantio de mudas e Topsoil retirado da Mina Córrego do Feijão. De acordo com estudo de estimativa de remoção de CO2 realizado em 2016 a RPPN Inhotim estoca aproximadamente 67.704,683 tCO2-e, e a área teste em aproximadamente 20 anos terá capacidade de estocar 179,83 tCO2 -e.

6. O Instituto Inhotim possui uma grande variedade de fauna silvestres que convivem em harmonia com as atividades da instituição. É comum, durante a visitação, encontrar caxinguelês (Sciurus aestuans), tucanos (Ramphastos toco albogularis), jacus (Penelope purpurasces), seriemas (Cariama cristata) e mais de 160 espécies de borboletas, entre outros animais da fauna silvestre local.

7. O JBI atua na gestão de resíduos sólidos do Inhotim e destina materiais recicláveis oriundos de suas atividades para a ASCAVAP – Associação dos Catadores do Vale do Paraopeba. Além de materiais recicláveis, o óleo de cozinha utilizado nos pontos de alimentação é doado para o projeto “Reciclando Sonhos Transformando óleo de cozinha usado em sabão” através da parceria firmada entre o Instituto Inhotim e a ASCAVAP.

8. A RPPN Inhotim (Reserva Particular do Patrimônio Natural) com seus 250 hectares possui uma grande diversidade de espécies vegetais nativas da Mata Atlântica e do Cerrado. São cerca de 411 espécies, distribuídas entre árvores, arbustos, herbáceas e lianas. Dentre tais espécies destacam-se: Guatteria sellowiana, Diospyros inconstans, Dalbergia nigra e Melanoxylon braúna. Tais espécies merecem destaque em virtude de sua distribuição geográfica restrita e/ou status de ameaça de extinção.

9. O Instituto Inhotim trata, a partir de sua Estação de Tratamento de Efluentes – ETE , aproximadamente 100% de todo esgoto gerado pelas atividades desenvolvidas na instituição. Através desta iniciativa, o Instituto Inhotim garante que os lançamentos de efluentes no Rio Paraopeba estejam dentro dos parâmetros exigidos pela legislação. Desta forma o Instituto Inhotim não prejudica a vida aquática e contribui para a manutenção do meio ambiente saudável e equilibrado.

10. O Jardim Botânico Inhotim possui um impressionante acervo de aproximadamente 5.000 espécies, tipos e variedades de plantas. A construção e a manutenção desse acervo depende do trabalho de uma equipe de 86 profissionais: jardineiros, biólogo, engenheiro, analistas, encarregados e gestores.

Leitura 5 min

Dia Mundial do Meio Ambiente no Inhotim: de sementes a florestas

Redação Inhotim

O ano era 1972 e, a cidade, Estocolmo. Em uma Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a agenda ambiental conquistou sua data comemorativa mais importante, o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado 5 de junho. Mais do que uma simples celebração, o dia foi criado para ser uma plataforma que encoraje indivíduos e instituições a refletirem sobre a saúde do meio que integram e a agirem em favor da construção de sociedades mais sustentáveis.

A recomposição da biodiversidade local é uma das metas do processo de restauração de ecossistemas, e uma das principais formas de alcançá-la, considerando as espécies nativas e a diversidade genética, é por meio do trabalho com sementes. A restauração de ecossistemas é uma discussão contemporânea e que passa pelo sequestro de carbono e pela valorização dos serviços ambientais prestados pelas plantas e por polinizadores. Sua importância foi atestada no último mês de março, quando a ONU declarou que a próxima década (2021 – 2030) será considerada a Década da Restauração de Ecossistemas. De acordo com a Organização, investir na restauração é parte do caminho para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, principalmente aqueles ligados à mudança do clima, à proteção da água e à conservação da biodiversidade.

‘Sensibilizar’ e ‘participar’ devem ser palavras de ordem nas grandes instituições com forte atuação na área ambiental, como o Instituto Inhotim. No encontro simbiótico de jardins e obras de arte, formam-se espaços poderosos de experimentação que estimulam outras perspectivas. Celebrar o Dia do Meio Ambiente nesses locais é uma grande oportunidade de estimular novas percepções sobre o equilíbrio dinâmico que existe no meio ambiente e a nossa importância como agentes capazes de moldá-lo. No Instituto, a data é celebrada com uma semana inteira de programações especiais.

Neste ano, sob o tema “De sementes a florestas”, a 15ª Semana do Meio Ambiente mostra as vocações do Jardim Botânico na realização de trabalhos que envolvem conservação da biodiversidade, tecnologias com sementes e restauração de florestas. Por aqui, essas vocações se revelam de diferentes formas. Pela transformação de uma área com histórico de degradação por mineração e fazendas em jardins que reúnem aproximadamente 5 mil espécies, tipos e variedades de plantas. Pela manutenção de indivíduos de espécies de plantas nativas, raras e ameaçadas. Pela criação de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), unidade de conservação que protege várias espécies locais de plantas, animais, fungos e outros organismos. Pelo investimento em pesquisa científica, como a que permitiu a criação de um laboratório de botânica e um banco de sementes que geram conhecimentos sobre recuperação de áreas degradadas. Esse conjunto de operações demonstra como o Instituto pode ser um agente importante na recuperação de Brumadinho, após a tragédia de Córrego do Feijão, em janeiro.

O assunto ‘sementes e florestas’ também se alinha ao tema proposto pela ONU em 2019, que é a poluição do ar. Um dos serviços ecológicos prestados pelas florestas é justamente o sequestro de carbono. Por causa dessa capacidade de remover carbono do ar, investir na restauração de florestas é uma forma inteligente de obter um ar mais limpo e mitigar os efeitos da mudança do clima.

*Esse texto foi escrito por Sabrina Carmo, coordenadora do Jardim Botânico Inhotim

Leitura 3 min

Carinho e cuidado nos jardins do Inhotim

Redação Inhotim

comum encontrar flores pelo Inhotim durante todo o ano, não só na primavera. São diferentes formas, cores e cheiros que enriquecem a experiência no Instituto. No entanto, a estação marca o início de outro ciclo: o trabalho das equipes de propagação de espécies botânicas. Funcionárias e funcionários ficam parte do dia no Ateliê do Viveiro Educador. Em outra, percorrem o Inhotim em busca de sementes e de plantas que podem ser multiplicadas.

Dona Gracinha, funcionária do Inhotim desde 2009, corta os galhos de crossandra. Com cuidado e carinho, ela pega os galhos e os junta na mão. Retira as folhas e os reduz em pequenos pedaços para serem plantados em vasinhos na estufa. “Todos os dias eu coloco as mãos na terra. As plantas que ficam em volta de mim são minhas amigas. A gente conversa, a gente se entende! Trato elas com o maior carinho. Deve ser por isso que há nove anos eu não preciso mais tomar remédio. É saúde”, afirma.

Além do corte dos galhos, a equipe também percorre os jardins em busca de sementes. O jardineiro Frank Ferreira fica de olho no chão e na copa das árvores para coletá-las. Também adota estratégias para obter maior quantidade. “Deixamos sombrites em alguns locais para incrementar a coleta. Em outros, há pequenos vasos onde as sementes já caem. Isso facilita nosso trabalho”.

Quem também tem os olhos bem treinados é o Walter da Silva. O jardineiro parece mergulhar em meio às grandes folhas de antúrios, em busca de sementes. As dessa espécie são envoltas por bolinhas vermelhas, que as protegem. “Temos que fazer esse trabalho respeitando a natureza. Afinal, alguns bichinhos comem as sementes”.

Todo o material coletado vai para a estufa. As sementes germinam em pequenos vasos e se desenvolvem no local. Dependendo da espécie, a planta é encaminhada para o sombrite, onde se adapta às condições climáticas ou vai direto para os jardins. Atualmente, o Inhotim tem cerca de 4.500 espécies botânicas para enriquecer a sua experiência e o conhecimento sobre plantas nativas e exóticas. Aproveite nossas visitas mediadas gratuitas que acontecem todos os dias ou a visita com o engenheiro agrônomo Juliano Borin que ocorre aos segundos sábados do mês.