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O espaço em cheque

Redação Inhotim

 Concreto, ferro, vidro e madeira. Estes são alguns dos materiais que o artista Marcius Galan utiliza nos seus trabalhos, verdadeiros desafios à percepção. Nascido em Indianápolis, nos EUA, mas criado em São Paulo, Galan cursou a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), referência em artes plásticas no cenário nacional. Suas influências artísticas são inúmeras mas, entre os nomes, vale a pena destacar os brasileiros Waltercio Caldas, Cildo Meireles e o americano Gordon Matta-Clark.

 

Refletindo sobre conceitos de movimento, precisão e equilíbrio, Marcius acredita que ilusão e realidade caminham lado a lado. “Muitos dos meus trabalhos podem ser encarados também como experiências matemáticas. É fascinante o fato de uma linha, por exemplo, ter um início e um fim aparentes, mas, ao mesmo tempo, conter infinitos pontos, transgredindo essa noção de espaço. Isso é uma prova de que buscamos medidas e padrões de coisas que, no fundo, não podem ser definidas”, afirma.

 

No Inhotim, o artista conta com duas obras em exposição. A primeira delas, Seção Diagonal (2008), se encontra na Galeria Mata desde 2010. Descoberta e encantamento são alguns dos sentimentos do espectador ao se deparar com a presença de algo que, na verdade, não existe. Por fim, como parte das novas inaugurações de 2013, o artista instalou sua segunda obra: Imóvel/Instável (2011).  Exposto na Galeria Praça, o trabalho joga com noções de mobilidade estática, evocando uma ideia de falso movimento. “O espaço tem um limite variável e relativo. O que parece desequilibrado pode estar em perfeito equilíbrio se analisado no todo”, comenta Galan.

 

Marcius Galan conta um pouco sobre sua nova obra no Inhotim: Imóvel/Instável. Confira o vídeo: