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Mundo novo: Inhotim no centro de BH

Marina Drummond

Carros, buzinas, fumaça, calor e gente, muita gente. De repente me vi andando em um ritmo que não era meu. O ritmo de uma cidade que pulsa e não para. Quando percebi a ansiedade do mundo que estava à minha volta, entrei em uma lanchonete e comprei uma água. Ao abrir a garrafa, uma dúvida surgia: “Será que o Centro de Arte ainda está longe?” Não, não estava. A poucos passos dali me deparei com a placa “Do Objeto para o Mundo”. “É aqui”, pensei. Bati na porta algumas vezes e a cada toque a minha curiosidade aumentava. Afinal, não é todo dia que você pode ver uma obra de arte antes de todo mundo. Pode até parecer bobagem, mas me senti descobrindo algo inédito. A porta se abriu e alguns homens trabalhavam na montagem da obra. As luzes estavam acessas com escadas e fios pelos cantos. Pedi ao pessoal que parasse o trabalho por alguns minutos para que eu pudesse ver a obra da forma que ela foi pensada: com as luzes apagadas, deitada em um colchão, olhando para cima, assistindo a uma projeção em uma tela de cinema instalada no teto. Nesse momento, pensei: será que nunca assisti a um filme assim? Um cinema no teto? Não, nunca. O filme já estava rodando deste o momento que eu havia entrado na sala, mas só quando o ambiente foi montado é que pude contemplar um maravilhoso mundo de cores, sentidos e formas, amarrados a uma música hipnótica que não me deixava mover. Era como se eu estivesse dentro de um novo mundo. E com certeza muito, mas muito distante do centro da cidade.
A obra Homo sapiens sapiens, 2005, da artista Pipilotti Rist fica em cartaz no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, em Belo Horizonte, até 8 de março. A obra faz parte da exposição “Do Objeto para o Mundo – Coleção Inhotim“.

Obra "Homo sapiens sapiens" (2005), da artista Pipilotti Rist. Foto: Daniela Paoliello
Obra “Homo sapiens sapiens” (2005), da artista Pipilotti Rist. Foto: Daniela Paoliello

Aqui, contei um pouquinho da minha experiência com a obra. E você, já viveu algo parecido? Deixe seu comentário abaixo.

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Inhotim faz exposição gratuita em BH

Redação Inhotim

A partir de 12 de dezembro, o Palácio das Artes e o Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, em Belo Horizonte, recebem a exposição “Do Objeto para o Mundo – Coleção Inhotim”. Com entrada gratuita, a mostra itinerante marca a primeira vez em que parte do acervo do Instituto Inhotim deixa sua sede, em Brumadinho (MG). As mais de 50 obras apresentadas datam dos anos de 1950 até os dias de hoje e propõem um recorte do acervo que examina a formação do campo da arte contemporânea a partir da coleção e do programa da instituição, inaugurada ao público em 2006. Aberta a visitação até 8 de março, a exposição tem correalização da Fundação Clóvis Salgado e, em abril de 2015, segue para o Itaú Cultural, na capital paulista.

 

A exposição toma como ponto de partida um momento histórico em que a arte deixa de se resumir a objetos para existir de maneira mais aberta para o mundo. Nesse contexto, elementos do cotidiano, do espaço real, da política e do corpo são incorporados e o espectador se transforma em participante. Segundo o diretor de arte e programas culturais do Inhotim e curador da exposição, Rodrigo Moura, essa é uma oportunidade de conhecer melhor a coleção do Instituto, uma vez que a maioria dos trabalhos nunca foi exibida no parque. “São obras que deixam perceber possíveis caminhos na história da arte dos últimos 50 anos, que permitiram ao Inhotim ser o que é”, explica.

 

A presidente da Fundação Clóvis Salgado, Fernanda Machado, chama a atenção para a importância da circulação do acervo de Inhotim. “Ficamos muito felizes em receber, pela primeira vez, esse rico acervo de Inhotim. Entendemos se tratar de um projeto audacioso, que pretende contemplar o público com uma grande variedade de obras de arte. Acreditamos que essa parceria nos permite ampliar as diretrizes da Fundação Clóvis Salgado e estender o acesso à cultura a um maior número de pessoas”.

 

Percurso em quatro Núcleos
Na Grande Galeria do Palácio das Artes, obras históricas dialogam com trabalhos mais recentes. Organizado em quatro núcleos, o percurso parte do neoconcretismo de Hélio Oiticica, Lygia Clark e Lygia Pape; passa pela geometria conceitual de Channa Horwitz, Cildo Meireles e David Lamelas e pelo vanguardismo do grupo Gutai, surgido no pós-guerra do Japão, chegando ao acionismo e à presença do corpo na arte, como no trabalho de Chris Burden. Essas obras são apresentadas em diálogo com artistas de outras gerações, como Gabriel Sierra, Jac Leirner, Cinthia Marcelle, entre outros.

 

Já as galerias no piso inferior abrigam instalações de maior escala de Ernesto Neto, Jorge Macchi,Mauro Restiffe, Melanie Smith, Rivane Neuenschwander e Thomas Hirschhorn. No Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, prédio histórico no centro da cidade, a videoinstalação Homo sapiens sapiens (2005) de Pipilotti Rist, será exibida pela primeira vez no Brasil. Filmada no Inhotim antes da abertura do parque à visitação livre, a obra explora os jardins do Instituto e cria um ambiente de imersão para que o visitante mergulhe nas imagens projetadas no teto.
 
Do Corpo à Terra
O título da exposição também faz referência à manifestação do Do Corpo à Terra, que aconteceu durante a inauguração do Palácio das Artes, em abril de 1970. Organizado pelo crítico Frederico Morais, é considerado ainda hoje um marco das investigações sobre arte ambiental e experimentalismo de vanguarda no Brasil. Duas produções realizadas na ocasião integram a mostra: Ação no Parque Municipal, 1970, de Décio Noviello, e Situação T/T, 1 – Belo Horizonte, 1970, de Artur Barrio.
 

CONVERSAS DE ABERTURA
Os primeiros dias da exposição terão programação especial, com conversas entre artistas e curadores.

 

12 de dezembro (sexta-feira), às 19h30 – Palácio das Artes – Sala Juvenal Dias
Os artistas David Lamelas e Jorge Macchi responderão perguntas elaboradas pelos curadores Rodrigo Moura e Inês Grosso.
Lotação máxima: 170 pessoas. Entrada gratuita, por ordem de chegada.
Tradução simultânea espanhol-português.

13 de dezembro (sábado), às 14h30 – Palácio das Artes – Sala Juvenal Dias
Cildo Meireles, Décio Noviello e Frederico Morais participam de conversa com mediação da curadora Júlia Rebouças.
Lotação máxima: 170 pessoas. Entrada gratuita, por ordem de chegada.
EXPOSIÇÃO
DO OBJETO PARA O MUNDO – COLEÇÃO INHOTIM
Onde: Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte/ MG) e Centro de Arte Contemporânea e Fotografia (Av. Afonso Pena, 737, Centro, Belo Horizonte/MG).
Quando: de 12 de dezembro de 2014 a 8 de março de 2015. Terça a sábado, das 9h30 às 21h. Domingo, das 16h às 21h.

Programa de visitas:
– Durante a semana, o Programa Educativo em Artes Visuais da FCS atende ao público espontâneo e agendado. Para grupos a partir de seis pessoas, é necessário fazer o agendamento por telefone: (31) 3236-7471 ou por e-mail: agendamento.educativo@fcs.mg.gov.br.
– Aos sábados, domingos e feriados, os educadores propõem um percurso temático, que reflete sobre as obras e os artistas apresentados. Saídas: Sábados, às 10h30 e 18h30. Domingos, às 16h30.

 

A exposição “Do Objeto para o Mundo – Coleção Inhotim” é realizada pelo Ministério da Cultura, tem apresentação do Inhotim e Itaú e correalização da Fundação Clóvis Salgado.

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Dança e inclusão no Inhotim

Redação Inhotim

Há 18 anos, a terapeuta ocupacional e bailarina Luciane Madureira teve a ideia de criar um grupo de dança que estimulasse pessoas com ou sem deficiência a se expressar pela arte. Assim surgiu a Crepúsculo Cia. de Dança. As coreografias são criadas a partir das possibilidades de cada bailarino, transformando o que poderia ser uma barreira em experimentação.

 

Neste fim de semana, 22 e 23/11, o Inhotim recebe o grupo com o espetáculo Conatus – a essência do ser. As apresentações acontecem às 15h, no Teatro do Centro de Educação e Cultura Burle Marx, próximo à recepção do parque. No palco, os nove dançarinos mostram ao público que a diversidade pode ser algo desafiador e capaz de promover encontros. Sentimentos como alegria, tristeza, raiva e medo estimulam o espectador a refletir sobre pensamentos e atitudes e convidam à mudança.

 

Confira o clip da apresentação e programe já sua visita!

 

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Conheça os novos artistas do Inhotim

Redação Inhotim

Há oito anos, o Inhotim abriu as portas para o público e, desde então, não parou de se transformar. Novos jardins são criados e caminhos são construídos para levar os visitantes a pavilhões que se multiplicam. Além da inauguração de espaços e obras de arte ao ar livre, as exposições das quatro galerias temporárias também são renovadas periodicamente.

 

Em 2014, foi a vez da Galeria Lago ter suas obras substituídas: desde setembro, o espaço abriga trabalhos dos artistas Geta Bratescu (Romênia), Dominik Lang (República Tcheca) e David Medalla (Filipinas). Uma antiga casa da propriedade foi reformada para abrigar, permanentemente, um ciclo de pinturas criado especialmente pelo norte-americano Carroll Dunham para o Inhotim.

 

Assista ao vídeo e conheça mais sobre a inauguração de 2014 do Inhotim.

 

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5 obras para esfriar a cabeça

Redação Inhotim

A arte contemporânea tem o poder de virar e revirar a sua cabeça. Desperta lembranças muitas vezes esquecidas e traz a tona um turbilhão de sentimentos, às vezes até antagônicos.

 

Além de fazer tudo isso, as obras desta lista são ótimas para ajudar você a relaxar enquanto visita o parque.

Piscina, Jorge Macchi

A primeira da lista, como não poderia deixar de ser, é a mais óbvia e concorrida nos dias de sol. Uma piscina! Isso mesmo, a partir de um desenho do artista argentino, a obra foi construída e aberta à visitação, ou melhor, à natação.

 

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Continente/Nuvem, Rivane Neuenschwander

Uma obra para apreciar deitado. Depois de caminhar bastante só isso já seria suficiente. O chão é geladinho e vale brincar de descobrir formas assim como fazemos com as nuvens.

 

 

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A Origem da Obra de Arte, Marilá Dardot

Com uma vista inspiradora, a obra fica espalhada pelo jardim e convida os visitantes a plantar palavras. Isso mesmo, você coloca um avental, escolhe as letras, as sementes e aprende a plantar. Dar uma volta pelo gramado também é muito relaxante e com certeza você dará boas risadas com as ideias de quem passou por ali.

 

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Folly, Valeska Soares

Quem já visitou o Inhotim sabe o quanto faz calor no parque e o ar condicionado das galerias refresca o cérebro instantaneamente. Adicione agora, pessoas dançando no escuro ao som de uma música que poderia fazer parte da trilha sonora das suas comédias românticas favoritas. Com certeza, você vai sair da obra Folly bem mais leve do que entrou.

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Galeria Cosmococa

A Cosmococa é também conhecida como a galeria que mais faz sucesso com as crianças. Lá você pode brincar com balões, pular em colchões, deitar na rede, escutar um Jimi Hendrix e pular em uma piscina bem gelada.

 

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Reparou que a nossa lista começou e terminou em piscina? Agora é planejar a sua visita e mergulhar de cabeça na arte contemporânea.

 

Já visitou o Inhotim e quer compartilhar com a gente a sua lista com as melhores obras para esfriar a cabeça? Deixe seu comentário aqui.