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10ª Semana do Meio Ambiente

Redação Inhotim

Você já ouviu falar em pegada ecológica? Crédito de carbono? Inovação ambiental? Essas e outras expressões têm aparecido frequentemente quando o assunto é a preservação do planeta. Pesquisadores do mundo todo estão colocando a cabeça para pensar em formas de reduzir o impacto do homem na Terra e como transformá-las em práticas comuns a qualquer cidadão. Na próxima semana, essa discussão desembarca no Inhotim, com a 10ª. Semana do Meio Ambiente (SMA), que este ano tem o tema Pessoas pelo Clima.

 

De 1º a 8 de junho o Inhotim recebe uma intensa programação com workshops de inovação, seminários com convidados especiais, oficinas de educação ambiental, visitas temáticas mediadas, games e uma mostra botânica. As atividades propõem uma reflexão sobre a preservação ambiental e apresenta iniciativas rumo à sustentabilidade.

 

O Blog do Inhotim conversou com o Diretor de Jardim Botânico e Meio Ambiente do Instituto, Joaquim de Araújo sobre a SMA. Confira a seguir!

 

Blog do Inhotim – Essa já é a 10º edição da SMA, e a 8ª no Inhotim. Como você analisa essa trajetória?

Joaquim de Araújo – A Semana do Meio Ambiente tem o papel de sincronizar temáticas globais, nacionais e regionais no Inhotim e, a partir dessas discussões, estabelecer atitudes. Ao longo dos anos, encontramos importantes soluções para questões ambientais e afirmamos o valor do Jardim Botânico Inhotim para a conservação da diversidade biológica. A SMA se transformou em um fórum para que a temática ambiental fosse realmente considerada à altura.

 

BI – Pessoas pelo Clima é o tema deste ano. Em que tipo de iniciativas você acredita que as pessoas possam se engajar para tentar desacelerar as mudanças climáticas?

JA – Nossa intenção é trazer esse tema para o cotidiano, de forma que as pessoas possam refletir sobre seu modo de vida. A mudança climática e o aumento de temperatura estão intimamente ligados à forma como a sociedade contemporânea leva seu dia a dia. Queremos chamar a atenção das pessoas físicas, e não somente das empresas, sobre seus padrões e hábitos de consumo. Para revertermos esse cenário, é fundamental o uso consciente dos recursos naturais. Não temos uma receita, mas é preciso perceber que consumir com bom senso tem a ver com o bem estar de toda a sociedade.

 

BI – O que o Inhotim tem feito para reduzir seu impacto no meio ambiente?

JA – Primeiramente, sabemos de nossa responsabilidade quanto à conservação da flora e da diversidade biológica e temos, cada vez mais, um posicionamento efetivo dentro dessa temática. Como jardim botânico, trabalhamos estabelecendo diversas metas, inclusive de pesquisas, assumindo compromissos no cenário brasileiro. Já com relação à gestão do próprio parque, estamos estabelecendo um Sistema de Gestão Ambiental, que pretende mapear e criar um formato de funcionamento mais eficiente. As ações incluem o controle e monitoramento de resíduos sólidos do Inhotim; redução de gastos com energia elétrica; melhor manejo e uso da água potável; entre outros. São formas práticas de garantir a excelência do Instituto em sua relação com o ambiente em que está inserido.

 

Ficou com vontade de participar dessa discussão? Então clique aqui para ver a programação completa da 10ª Semana do Meio Ambiente.

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Convite à mediação

Equipe de mediadores

A palavra mediação já foi objeto de um esforço enorme de definição e é empregada por diferentes setores da sociedade, de diversas formas. Pode estar relacionada à resolução de conflitos, à interpretação de obras de arte ou, ainda, ser usada para facilitar algum processo.

 

Desde o início de suas atividades, o Educativo do Inhotim desenvolve estratégias que promovem discussões sobre os acervos do Instituto. Esse trabalho se dá por meio da mediação, uma prática que se apoia no diálogo, na autonomia, e, principalmente, na experiência do público.

 

A mediação se revela um instrumento poderoso para a construção de conhecimento. Ela colabora para o reconhecimento do visitante e do mediador como participantes ativos nas principais discussões que permeiam a contemporaneidade. No Inhotim, ela tem o objetivo de criar um espaço seguro para dialogar, questionar e descobrir. São encontros que vão além da primeira impressão e buscam aquilo que nos provoca a pensar, a encontrar a fagulha que nos faz reagir.

 

O que nos desperta o olhar crítico e nos impele a (re)construiur? Entendemos que a construção de conhecimento se dá por meio da exposição a novas imagens, a outros impasses. Essa alquimia tem como resultado um tensionamento poderoso dos nossos limites de pensamento, limites que buscamos expandir.

 

Participar de uma visita mediada no Inhotim é se deslocar para um espaço desconhecido e fazer dele terreno fértil  para arriscar, falar sem medo, improvisar e perceber como nos sentimos nesse contexto.

 

Sinta-se convidado a olhar de perto, a perguntar e a alcançar lugares, memórias e encontros que não estão no mapa!

 

 

Texto de Lília Dantas, supervisora de Arte e Educação do Inhotim

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Inhotim por Fernanda Takai

Fernanda Takai

O nosso Inhotim

 

Ah, deixa chamar de nosso, porque dá um orgulho danado ter um lugar como aquele tão ao nosso alcance…
Perdi as contas de quantas vezes estive lá e tenho certeza de que não vi tudo.
Sabe… Ali tudo se transforma mesmo!
A paisagem conta com as bênçãos naturais das estações e das mãos verdes dos jardineiros.
Os pavilhões e obras também. Cada pessoa que lança seu olhar ou apruma os ouvidos percebe uma história.
A arte é viva e respira como a gente.
Por isso há que se voltar sempre!
Eu já me ofereci de motorista e guia várias vezes aos amigos.
Passar um dia no Inhotim é remoçar. Faz bem.
E as comidas? E os pássaros?
Cada detalhe vai te encantar. É sempre mais do que você ouviu falar e poderia esperar.
E se não ouviu nada a respeito, mas ama arte e natureza, precisa colocar na agenda!
Vá e não tenha pressa. Fique por perto pelo menos uns dois dias.
Quem sabe a gente se encontra por uma daquelas trilhas?

Foto: Rossana Magri
Foto: Rossana Magri
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Minimostra de Música Contemporânea

Redação Inhotim

No próximo domingo, 25 de maio, violões, flautas, percussões e esculturas musicais tomam conta do Inhotim para compor a Minimostra de Música Contemporânea. A partir das 15h, os grupos mineiros Corda Nova, Flutuar Orquestra de Flauta, Grupo de Percussão da UFMG e Quarteto Cretinos e Plásticas se apresentam pelos jardins do Instituto, em um cenário que mistura arte e natureza de forma única. Para convidar você a experimentar tudo isso, o Blog do Inhotim pediu que cada grupo contasse o que faz de sua música contemporânea. Confira!

 

Fernando Rocha, do Grupo de Percussão da UFMG – “A percussão talvez seja o instrumento mais emblemático da Música Contemporânea. Isso porque engloba uma gama de sons e instrumentos, os mais variados possíveis, incorporando ainda objetos do dia a dia e outros, inventados pelos próprios músicos, que geram um material sonoro quase que infinito para o compositor de música contemporânea. Mas o percussionista contemporâneo também não se restringe ao som. A sua predisposição à experimentação permite que sua música incorpore materiais de outras áreas, como do teatro, da literatura, do circo, da dança, da tecnologia. Dessa forma, talvez o que seja mais contemporâneo no trabalho do Grupo de Percussão da UFMG seja sua falta de preconceitos e seu interesse constante na ampliação da linguagem musical.”

 

Stanley Levi, do Corda Nova – “O Corda Nova já se criou filho de seu tempo. Com a contemporaneidade em seu DNA, o grupo primou pelo trabalho com compositores vivos, e até aqui levou aos palcos exclusivamente obras encomendadas especialmente para seus espetáculos. Não é apenas a tinta fresca das notas no papel que define a sintonia do grupo com sua época: seus integrantes estão imersos e sintonizados com a produção musical e com o pensamento atuais, seja através de propostas artísticas radicais seja por sua formação acadêmica e humana. Isso vai desde sua inserção ativa na vida cultural comunitária de sua terra até o convívio com comunidades pouco integradas ao mundo ocidental. Tudo isso tem se refletido na produção do grupo, culminando em criações que, muitas vezes, extrapolam o mundo estritamente sonoro em direção ao plástico, ao cênico e à conceitos e poéticas que são um retrato possível, uma faceta, do Brasil contemporâneo.”

 

Alberto Sampaio, da Fluturar Orquestra de Flauta – “A liberdade norteia o trabalho e a orientação estética da Flutuar Orquestra de Flautas, grupo que não se deixa prender a nenhuma corrente artística que lhe possa cercear a espontaneidade de expressão. Isso é o que lhe confere a contemporaneidade e a originalidade artística: a ousadia da experimentação e da criação. Tudo na Flutuar é liberdade: a escolha de repertório, a estruturação dos arranjos, a atuação em palco, o despojamento de seus integrantes e, principalmente, a alegria de se tocar em conjunto.”

 

Marco Scarassatti, do Quarteto Cretinos e Plásticas – “Mais que estar identificado com os modos de produção de uma época, ser contemporâneo é descolar-se dela e deslocar-se sobre ela, a fim de interrogá-la nos seus modos de agir, tocar, pensar e, no caso, fazer a música. Nós, dos Cretinos e Plásticas, investigamos, exploramos e interrogamos o fazer musical e artístico no próprio tempo em que fazemos nossa música. Da elaboração e confecção do instrumentário, até a construção poética de um espaço sonoro por meio da improvisação, passando pela aproximação a outras artes expressas no objeto-instrumento, tomado também por sua plasticidade, o que fazemos é explorar e nos descolar pelos modos de se fazer e pensar a música atualmente.”

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Adriana Varejão e História

Redação Inhotim

“Minha narrativa é um tecido de histórias. Histórias do corpo, da arquitetura, do Brasil, da tatuagem, da cerâmica, dos azulejos antigos, portugueses, ou dos modernos vulgares, dos mapas dos livros, da pintura.

 

E mais: um botequim na Lapa, um canto em Macau, uma piscina em Budapeste, ruínas em Chacahua, um muro em Lisboa, um claustro em Salvador, um hammam subterrâneo no 18º bairro de Paris, um delicado vaso Song, uma frase num livro, um mercado em Taxco, uma pele tatuada, um anjo negro em Minas, um caco em Barcelona, um nanquim em Guilim, um açougue em Copacabana, um crisântemo em Cachoeira, uma notícia no jornal, um espelho em Tlacolula, um banheiro de rodoviária, um pássaro chinês em Sabará, o som do violão, um azulejo em Queluz, um charque em Caruarú, uma frase do passado, um quadro em Nova Iorque, ex-votos em Maceió, um vermelho em Madrid, um sento em Kyoto, e mais, e mais, e mais…”

 

Adriana Varejão, sobre sua relação com a palavra história.

 

Em 2008, o Inhotim inaugurou um de seus pavilhões mais emblemáticos, marco da profunda relação entre arte, arquitetura e paisagismo presente no Instituto. A Galeria Adriana Varejão abriga seis obras da artista, trabalhos que expressam sua diversidade de interesses e variedade de fontes de sua pesquisa. No dia 24 de maio, Adriana Varejão vem a Belo Horizonte a convite do Inhotim para participar do Seminário Espaço, Trabalho e História. Clique aqui para ver a programação completa do evento.