Mundo novo: Inhotim no centro de BH
Carros, buzinas, fumaça, calor e gente, muita gente. De repente me vi andando em um ritmo que não era meu. O ritmo de uma cidade que pulsa e não para. Quando percebi a ansiedade do mundo que estava à minha volta, entrei em uma lanchonete e comprei uma água. Ao abrir a garrafa, uma dúvida surgia: Será que o Centro de Arte ainda está longe? Não, não estava. A poucos passos dali me deparei com a placa Do Objeto para o Mundo. É aqui, pensei. Bati na porta algumas vezes e a cada toque a minha curiosidade aumentava. Afinal, não é todo dia que você pode ver uma obra de arte antes de todo mundo. Pode até parecer bobagem, mas me senti descobrindo algo inédito. A porta se abriu e alguns homens trabalhavam na montagem da obra. As luzes estavam acessas com escadas e fios pelos cantos. Pedi ao pessoal que parasse o trabalho por alguns minutos para que eu pudesse ver a obra da forma que ela foi pensada: com as luzes apagadas, deitada em um colchão, olhando para cima, assistindo a uma projeção em uma tela de cinema instalada no teto. Nesse momento, pensei: será que nunca assisti a um filme assim? Um cinema no teto? Não, nunca. O filme já estava rodando deste o momento que eu havia entrado na sala, mas só quando o ambiente foi montado é que pude contemplar um maravilhoso mundo de cores, sentidos e formas, amarrados a uma música hipnótica que não me deixava mover. Era como se eu estivesse dentro de um novo mundo. E com certeza muito, mas muito distante do centro da cidade.
A obra Homo sapiens sapiens, 2005, da artista Pipilotti Rist fica em cartaz no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, em Belo Horizonte, até 8 de março. A obra faz parte da exposição “Do Objeto para o Mundo Coleção Inhotim“.
Aqui, contei um pouquinho da minha experiência com a obra. E você, já viveu algo parecido? Deixe seu comentário abaixo.