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Diário de viagem

Alice Dias

Escrevo este relato, ainda muito envolvida pelo turbilhão de emoções que vivemos nos últimos dias. Dias, esses, que foram marcados por muitas “primeiras vezes” para a maioria dos oito adolescentes participantes do Laboratório Inhotim. Primeira viagem para fora de Minas Gerais, primeira vez em um avião, primeira vez em um metrô, primeira vez em outro país. Ou seja: muito acontecendo em pouco tempo.

 

Um dos objetivos da viagem para Nova York é a pesquisa de festivais que ocupem a cidade e envolvam a comunidade, já que, no final do ano, o Laboratório vai produzir um festival em Brumadinho, onde está o Inhotim, e de onde vêm esses adolescentes. Por isso, a parceria com o New Museum foi tão importante. Eles promovem anualmente uma festa de rua, que chega a sua oitava edição, e fomos convidados a participar como voluntários na organização e realização do evento.

 

Logo no dia de nossa chegada, fomos ao museu para conhecer a equipe do educativo e os jovens participantes de um programa de verão, que também trabalhariam na festa. Eles nos apresentaram as propostas das oficinas que seriam oferecidas ao público. Criamos nossos próprios uniformes a partir de camisetas, visitamos parte do museu e conhecemos a praça onde o evento aconteceria.

Nosso grupo e os voluntários que fizeram a Block Party ser um sucesso. Foto: Alice Dias
Nosso grupo e os voluntários que fizeram a Block Party ser um sucesso. Foto: Shannon Phipps

No dia seguinte, o lugar estava transformado. Oito tendas com mesas, um palco e vários voluntários muito prestativos e animados! Cada um dos jovens do Lab ficou em uma tenda, que correspondia a uma das oficinas oferecidas, juntamente com um jovem do New Museum e outros voluntários. O primeiro desafio enfrentado por eles foi a barreira da língua. O que, no momento inicial, era incômodo e estranho se dissolveu, aos poucos, durante as trocas do dia. Um sorriso, um olhar, um gesto, uma música, ou até a descoberta de uma paixão comum pela Demi Lovato – a jovem atriz e cantora norte-americana – foram meios de conexão que diminuíram as distâncias e diferenças. E, claro, a proximidade deles com a tecnologia também ajudou. De repente estavam todos usando seus smartphones com tradução simultânea para mediar a comunicação. No final das contas, ser jovem em Brumadinho ou em Nova York não é tão diferente assim!

Michele, uma das jovens do programa de verão do New Museum, usando o celular para minimizar as barreiras da língua. Foto: Alice Dias
Michele, uma das jovens do programa de verão do New Museum, usando o celular para minimizar as barreiras da língua. Foto: Alice Dias

Para saber mais sobre nossa viagem, clique aqui. O Laboratório Inhotim conta com o patrocínio do Banco Itaú.

Travel log

Alice Dias

As I write this testimonial, I´m still very moved by the flood of emotions we´ve experienced in the past few days. These days were filled with many “first times” for most of the eight teenagers taking part in Laboratório Inhotim. Their first trip outside the state of Minas Gerais, first plane trip, first ride on the subway, first time in a foreign country. That is:a lot happening in a very short time.

 

One of the purposes of the trip to New York is to learn about festivals that occupy the city and involve the community, since, in the end of the year, Laboratório will produce a festival in Brumadinho, where Inhotim is located, and where these teenagers come from. That is why the partnership with the New Museum was so important. Every year, they promote a street festival. In this year’s 8th edition of this festival, we were invited to take part as volunteers in organizing the event.

 

The day we arrived, we went to the museum to meet the education team and the youngsters participating in a summer program, who would also work in the festival. They showed us the proposals for workshops that would be offered to the public. We created our own uniforms from T-shirts, visited part of the museum as well as the plaza where the event would take place.

Nosso grupo e os voluntários que fizeram a Block Party ser um sucesso. Foto: Alice Dias
Our group and the volunteers who made the Block Party a success. Photo: Shannon Phipps

In the following day, the place was transformed. Eight tents with tables, a stage and several helpful and cheerful volunteers were there!Each one of the teenagers from Laboratório stayed in one tent, together with a teenager from the New Museum and other volunteers. Each tent represented one of the workshops offered.The first challenge they faced was the language barrier. That, which at first was uncomfortable and awkward, slowly disappeared during the exchange of experiences that took place during the day.A smile, a look, a gesture, a song, or even they discovery of a mutual passion for Demi Lovato – young North-American actress and singer – were ways they used to connect with one another, shortening distances and differences. And, certainly, their familiarity with to technology also helped.All of a sudden, they all pulled out their smartphones with simultaneous translation to mediate communication. In the end, being a teenager in Brumadinho or in New York is not all that different!

Michele, uma das jovens do programa de verão do New Museum, usando o celular para minimizar as barreiras da língua. Foto: Alice Dias
Michele, one of the youngsters of the New Museum’s summer program, using the cell to minimize language barriers. Photo: Alice Dias

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