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Nota oficial – Rompimento da Barragem Mina do Feijão (25/01/2019)

Redação Inhotim

Como parte da comunidade de Brumadinho, o Instituto Inhotim lamenta profundamente o desastre ocorrido na Mina Feijão, em Brumadinho (MG), no início da tarde de hoje, 25/01, e se solidariza com todos os atingidos. Estamos em contato com a Prefeitura do município e com a Defesa Civil e nos colocamos à disposição para dar o suporte necessário.

As autoridades locais instalaram na Faculdade ASA de Brumadinho, na MG-040 – km 49, o ponto de apoio para a população, onde está centralizando informações e doações. Quem quiser fazer doações deve entrar em contato com a Defesa Civil de Brumadinho pelo telefone: (31) 3571-6067. O Inhotim vai utilizar seus canais de comunicação para ampliar a divulgação das informações que forem sendo disponibilizadas pelos órgãos competentes.

Seguindo recomendação da Polícia Civil, mais cedo o Instituto realizou o esvaziamento da área de visitação do Museu. Todos os funcionários e visitantes deixaram o local em segurança.

Informamos também que, até o momento, a área do Inhotim não foi atingida, não havendo vítimas nem prejuízo às obras, jardins e outras instalações do Museu.

O Inhotim não abrirá sábado nem domingo (26 e 27/01/2019). Aguardamos mais informações para definir a data de reabertura.

ATUALIZAÇÃO (26/1 – 10H30):

A Prefeitura de Brumadinho informou que estão recolhendo doações de água na Quadra de Esportes Municipal, na Rua Itaguá – 1000. Este é o único item essencial no momento.

As equipes de resgate estão concentradas na Faculdade Asa. O espaço não está recebendo doações neste sábado. Elas estão sendo recolhidas na Quadra de Esportes – Rua Itaguá, 1000.

Quem quiser se voluntariar para ajudar as pessoas atingidas deve ir até a Estação Conhecimento, na entrada de Brumadinho, ao lado do Restaurante Fazendinha. Os cadastros e direcionamentos estão sendo feitos neste local.

 


 

Press Statement

As part of the Brumadinho community, the Inhotim Institute deeply regrets the disaster that occurred at Feijão Mine, in the city of Brumadinho, Minas Gerais, early this afternoon, January 25, and expresses its solidarity with all those affected. We are in contact with the City Hall and the Civil Defense and we are available to provide the necessary support.

Local authorities installed the support point for the population at Faculdade ASA de Brumadinho, MG-040 – km 49, where they are centralizing information and donations. Whoever wants to donate should contact the Civil Defense of Brumadinho by phone: (31) 3571-6067. Inhotim will use its communication channels to broaden the dissemination of the information that is being made available by the competent bodies.

Following the recommendation of the Civil Police, the Institute carried out the emptying of the Museum’s visitation area. All staff and visitors left the place safely.

We also inform that, as of now, Inhotim’s area has not been affected, with no victims or damage to the artworks, gardens, and other facilities of the Museum.

Inhotim will not open this Saturday and Sunday (January 26 and 27, 2019). We will wait for more information to decide on the date of reopening.

 

 

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Movimentos que se transformam em sons

Redação Inhotim

Depois de conhecer o pesquisador suíço Frédéric Bevilacqua em uma residência em Portugal, a coreógrafa e também pesquisadora Thembi Rosa se sentiu instigada pela mistura da tecnologia com dança que ele propõe em seus trabalhos. Fréderic é diretor do Centro de Interação do Movimento de Música Sonora do IRCAM em Paris, e criou a plataforma CoMo, que trabalha a interação entre movimento e som por meio de um aplicativo de celular que responde com diferentes sons aos diferentes movimentos. No começo do mês de dezembro, os dois vieram ao Inhotim, junto das  as artistas Margô Assis e Dorothé Depeauw, para uma oficina de improvisação e dança, misturando a tecnologia de Fréderic aos exercícios de concentração e dança de Thembi. O encontro foi uma oportunidade de provocar nas pessoas uma percepção sobre o próprio corpo, fortalecendo a importância dessa reflexão.

A oficina “Interasomover _ coMo bamboo R-IoT” começou com os exercícios trazidos por Thembi de sua performance “Parquear”, trabalho já realizado no Inhotim em 2015. Nesse momento, o grupo foi convidado a elaborar uma coreografia espontânea usando bambus em itinerários que conectam pontos entre as pessoas, fazendo a leveza, a delicadeza, o lirismo, o tempo, o ritmo e o silêncio se encontrarem de diversas formas. Logo depois, Frèderic apresentou a plataforma CoMo aos participantes, explicando que ela foi criada com o objetivo de provocar a consciência da relação dos gestos com os sons, e a forma como elas possam ser exploradas. Depois disso, era hora de brincar com os sons e os movimentos, acionando os arquivos sonoros da plataforma CoMo com gestos, exercícios e danças improvisadas. Com um aparelho grudado ao corpo conectado ao aplicativo, era possível brincar com os sons. O braço mexia e se ouvia um barulho de chuva. As pernas levantavam e vinha o som de um relógio. Se o pé balançava, era o som de um rio… Quando todos os sons se juntavam, a dança virava uma orquestra.

Para Thembi, para a fruição de qualquer obra de arte é importante que as pessoas tenham uma percepção de seu próprio corpo. “Eu acredito que a dança pode atuar muito nesse refinamento da nossa percepção. A interação do som com o movimento permite abrir essa escuta, com a presença do corpo ativando nossos sentidos, ajudando a gente a se relacionar com os mais diversos tipos de arte. Dançar é também se entender.”

A oficina foi uma oportunidade de fazer do Inhotim, mais uma vez, um espaço para múltiplo formatos artísticos, para além das artes plásticas, se firmando como um ponto de encontro entre eles. Aqui, é possível exercer a liberdade de sentidos e descobrir as diversas provocações trazidas pelas experiências artísticas, sejam elas dentro da galeria ou fora.

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Inhotim implementa programa de integridade e adere a movimentos de ética

Redação Inhotim

No dia 13, Museu realiza o seminário Inhotim Compliance Summit para debater as melhores práticas de governança corporativa e transparência. É a primeira entre as principais instituições culturais do Brasil a adotar um programa de integridade

Atento às melhores práticas do mercado, o Instituto Inhotim reestruturou seu sistema de governança corporativa e iniciou a implementação de um programa de integridade, reafirmando seu compromisso com a transparência e a ética. É a primeira entre as principais instituições culturais e museológicas do Brasil a adotar um programa como esse e a segunda entidade de Minas Gerais a aderir ao Movimento Empresarial pela Integridade e Transparência. Para debater o tema, o Inhotim promove no dia 13 de dezembro o seminário Inhotim Compliance Summit (mais informações abaixo).

A renovação dos processos de governança corporativa do Inhotim é realizada em parceria com a empresa SmartGov. Desde o início do ano, o Instituto vem adotando uma série de medidas como a criação de um Código de Ética e Conduta, Canal de Denúncias e o estabelecimento de instrumentos jurídicos anticorrupção. Além disso, o Museu aderiu ao Movimento Empresarial pela Integridade e Transparência, ao Pacto Empresarial pela Integridade e contra a Corrupção e ao Movimento Unidos contra a Corrupção.

A implementação do programa de integridade envolveu também a contratação de um Compliance Officer, o advogado Daniel Lança. Para ele, programas de integridade e compliance estão entre algumas das melhores práticas de governança corporativa que vêm sendo adotadas nas principais empresas do Brasil e do mundo.

“Ferramentas como códigos de conduta e canais de denúncia representam a profissionalização de um setor responsável por difundir a cultura da ética no ambiente de trabalho e prevenir fraudes e corrupção, entre outros desvios éticos. A implementação dessas práticas no Inhotim significa um grande passo para a modernização da Instituição. Com o programa de integridade, o Instituto mostra ao mundo que é vanguarda e pioneiro dentro do universo da cultura”, destaca Lança.

Outra medida adotada pelo Inhotim foi disponibilizar em seu site documentos, informações contábeis, relatórios e dados sobre as atividades da Instituição com o objetivo de torná-los ainda mais acessíveis ao público. Segundo o diretor-executivo do Inhotim, Antonio Grassi, o Museu demonstra com essas iniciativas o compromisso da Instituição com a ética corporativa e também com a garantia de padrões de gestão de excelência e processos eficientes.

“Ao longo de seus 12 anos de existência, o Instituto Inhotim sempre buscou ser referência de boas práticas entre as instituições culturais, consagrando-se como um importante interlocutor na sociedade em questões da contemporaneidade que envolem arte, cultura, educação e conservação da biodiversidade. Agora, somos também pioneiros em práticas de compliance e governança no setor da cultura. Todos esses esforços buscam aprimorar ainda mais os processos do Inhotim, garantindo a sustentabilidade da Instituição e a construção de relações de confiança com os seus diversos públicos”, pontua Grassi.

O Inhotim é qualificado pelo governo como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Todas as contas da Instituição são públicas e passam por criteriosa prestação junto ao Ministério da Cultura, além de serem submetidas a um rigoroso processo de auditoria realizado pela empresa britânica Ernst & Young, ambos em periodicidade anual. Desde que a Ernst & Young foi contratada para fazer a auditoria do Inhotim, em 2012, todas contas do Instituto são aprovadas sem ressalvas.

Seminário compliance

O Inhotim Compliance Summit acontece no dia 13 de dezembro e vai discutir as melhores práticas de governança, transparência e ética corporativa. O evento reúne algumas das maiores referências no assunto do país, como o fundador do Instituto Ethos, Ricardo Young, e o diretor-executivo da Transparência Internacional, Bruno Brandão.

As inscrições podem ser feitas neste link: inhot.im/compliance. Confira abaixo a programação completa:

Inhotim Compliance Summit

Data: 13/12, quinta-feira
Horário: de 10h às 17h (credenciamento: de 9h30 às 10h)
Local: Instituto Inhotim, Brumadinho/MG

Abertura:
– Germano Vieira, Secretário de Estado de Meio Ambiente de Minas Gerais
– Antonio Grassi, Diretor Executivo do Instituto Inhotim

Palestras Magnas:
– Bruno Brandão, Diretor-Executivo da Transparência Internacional
– Ricardo Young, Diretor do Instituto Ethos

Painéis:
* Gestão e Governança em Equipamentos Culturais
* Experiências de Programas de Integridade em grandes Corporações

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Jovens do Laboratório Inhotim fazem performance inspirada em Hélio Oiticica

Redação Inhotim

Nesta quarta-feira (7/11), os jovens e as jovens que integram o projeto educativo Laboratório Inhotim irão realizar uma ativação poético-performática, nos lagos do Inhotim. Nove barcos de papel em grande formato serão lançados na água do lago próximo ao Restaurante Oiticica, transportando de uma margem a outra mensagens escritas em pequenos pedaços de papel. A ação parte de uma pesquisa e de uma reflexão realizada pelos jovens ao longo do ano sobre o conceito de ateliê, partindo de uma frase de Helio Oitcica que afirmava que “Museu é o Mundo”.

Nesse ano de 2018 os jovens e as jovens que integram o projeto educativo Laboratório Inhotim se debruçaram sobre o significado de “ateliê” e sobre as diversas possibilidades, investigações e desdobramentos que cabem nesta palavra. Nesse movimento, o ateliê foi, no início, tratado como ateliê espaço físico, depois se transformou em papel, em caderno, em caminho, em comida, em corpo, em pele, em espaço “vazio” para gritar, em um antigo forno para queima de carvão, em visita á capital mineira e outros museus, em palavra falada, escrita e cantada, em roupas nunca usadas.

Durante esse exercício houve uma ruptura para o conceito de museu, bem como sobre a relação do expectador e a experiência com a obra de arte, a exemplo da enfática frase de Hélio Oiticica. A ativação será uma oportunidade de explorar o museu de uma forma diferente, com a participação dos integrantes do projeto, de funcionários, funcionárias e visitantes que serão convidados a refletir sobre as diversas possibilidades de se expandir o conceite de ateliê. Assim, fazendo uso da nossa, boa e velha licença poética, queremos através das cores que flutuarão em forma de barco de papel, lançados no lago/ateliê, dizer em alta voz: “Ateliê é o mundo”.

A performance acontece nesta quarta-feira (7/11), às 14h em frente ao Restaurante Oiticica. Participe!

*O projeto Jovens Agentes tem o patrocínio da Vale e da Aliança Geração de Energia por meio de Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

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Carinho e cuidado nos jardins do Inhotim

Redação Inhotim

comum encontrar flores pelo Inhotim durante todo o ano, não só na primavera. São diferentes formas, cores e cheiros que enriquecem a experiência no Instituto. No entanto, a estação marca o início de outro ciclo: o trabalho das equipes de propagação de espécies botânicas. Funcionárias e funcionários ficam parte do dia no Ateliê do Viveiro Educador. Em outra, percorrem o Inhotim em busca de sementes e de plantas que podem ser multiplicadas.

Dona Gracinha, funcionária do Inhotim desde 2009, corta os galhos de crossandra. Com cuidado e carinho, ela pega os galhos e os junta na mão. Retira as folhas e os reduz em pequenos pedaços para serem plantados em vasinhos na estufa. “Todos os dias eu coloco as mãos na terra. As plantas que ficam em volta de mim são minhas amigas. A gente conversa, a gente se entende! Trato elas com o maior carinho. Deve ser por isso que há nove anos eu não preciso mais tomar remédio. É saúde”, afirma.

Além do corte dos galhos, a equipe também percorre os jardins em busca de sementes. O jardineiro Frank Ferreira fica de olho no chão e na copa das árvores para coletá-las. Também adota estratégias para obter maior quantidade. “Deixamos sombrites em alguns locais para incrementar a coleta. Em outros, há pequenos vasos onde as sementes já caem. Isso facilita nosso trabalho”.

Quem também tem os olhos bem treinados é o Walter da Silva. O jardineiro parece mergulhar em meio às grandes folhas de antúrios, em busca de sementes. As dessa espécie são envoltas por bolinhas vermelhas, que as protegem. “Temos que fazer esse trabalho respeitando a natureza. Afinal, alguns bichinhos comem as sementes”.

Todo o material coletado vai para a estufa. As sementes germinam em pequenos vasos e se desenvolvem no local. Dependendo da espécie, a planta é encaminhada para o sombrite, onde se adapta às condições climáticas ou vai direto para os jardins. Atualmente, o Inhotim tem cerca de 4.500 espécies botânicas para enriquecer a sua experiência e o conhecimento sobre plantas nativas e exóticas. Aproveite nossas visitas mediadas gratuitas que acontecem todos os dias ou a visita com o engenheiro agrônomo Juliano Borin que ocorre aos segundos sábados do mês.