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Adriana Varejão e História

Redação Inhotim

“Minha narrativa é um tecido de histórias. Histórias do corpo, da arquitetura, do Brasil, da tatuagem, da cerâmica, dos azulejos antigos, portugueses, ou dos modernos vulgares, dos mapas dos livros, da pintura.

 

E mais: um botequim na Lapa, um canto em Macau, uma piscina em Budapeste, ruínas em Chacahua, um muro em Lisboa, um claustro em Salvador, um hammam subterrâneo no 18º bairro de Paris, um delicado vaso Song, uma frase num livro, um mercado em Taxco, uma pele tatuada, um anjo negro em Minas, um caco em Barcelona, um nanquim em Guilim, um açougue em Copacabana, um crisântemo em Cachoeira, uma notícia no jornal, um espelho em Tlacolula, um banheiro de rodoviária, um pássaro chinês em Sabará, o som do violão, um azulejo em Queluz, um charque em Caruarú, uma frase do passado, um quadro em Nova Iorque, ex-votos em Maceió, um vermelho em Madrid, um sento em Kyoto, e mais, e mais, e mais…”

 

Adriana Varejão, sobre sua relação com a palavra história.

 

Em 2008, o Inhotim inaugurou um de seus pavilhões mais emblemáticos, marco da profunda relação entre arte, arquitetura e paisagismo presente no Instituto. A Galeria Adriana Varejão abriga seis obras da artista, trabalhos que expressam sua diversidade de interesses e variedade de fontes de sua pesquisa. No dia 24 de maio, Adriana Varejão vem a Belo Horizonte a convite do Inhotim para participar do Seminário Espaço, Trabalho e História. Clique aqui para ver a programação completa do evento.

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Palmeiras: ciclo de palestras

Redação Inhotim

Com uma das maiores coleções de palmeira do mundo, o Inhotim realiza, no próximo sábado, 17 de maio, um ciclo de palestras com foto nessa família botânica. Entre os temas de discussão, estão o uso dessas plantas no paisagismo, principais cuidados, reprodução e utilidades. Confira a programação completa:

 

Ciclo de Palestras – O Universo Botânico da Família Arecaceae

Local: Espaço Igrejinha – Instituto Inhotim

Entrada gratuita para visitantes

 

1ª rodada – de 10h às 13h

 

Palmeiras brasileiras novas e pouco comuns

Palestrante: Harri Lorenzi. Engenheiro agrônomo e pesquisador, é fundador e atual diretor do Instituto Plantarum, em Nova Odessa/SP. Foi pesquisador convidado da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e já publicou dezenas de trabalhos científicos e livros sobre botânica.

 

O uso das palmeiras no paisagismo

Palestrante: Pedro Nehring. Paisagista do Inhotim, faz parte da história dos jardins que hoje compõem o instituto desde quando o local era uma propriedade particular. Realizou projetos em diversas cidades do Brasil, como Brasília e Rio de Janeiro.

 

Por que estudar as palmeiras?

Palestrante: Patrícia Oliveira. É graduada em Ciências Biológicas pelo Instituto Izabela Hendrix, e possui mestrado e doutorado em biologia vegetal pela Universidade Federal de Minas Gerais. No Inhotim há 2 anos, hoje faz parte da equipe de pesquisa, desenvolvimento e inovação em jardim botânico e meio ambiente.

 

2ª rodada – de 14h30 às 17h

 

Estudos anatômicos em estruturas reprodutivas de Arecaceae

Palestrante: Sarah Barbosa Reis. Formada em ciências biológicas na Universidade Estadual de Montes Claros. Mestre em anatomia vegetal pelo departamento de botânica da Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é doutoranda na mesma linha de pesquisa, também na UFMG.

 

A saúde das palmeiras

Palestrante: Lívia Dias Lana. Engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal de Viçosa. É especializada em paisagismo pelo Instituto de Arte e Projeto, em Belo Horizonte. É responsável pelo setor de sanitarismo do Inhotim e pela manutenção e revitalização do parque.

 

O multiuso das palmeiras no cotidiano

Palestrante: Luiz Eduardo Silva. Graduado em engenharia florestal pela Universidade Federal de Lavras. Integra a equipe de mapeamento e inventário de plantas do Instituto e é responsável pela identificação botânica.

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Marilá Dardot e Trabalho

Redação Inhotim

“Durante a Bolsa Pampulha, morávamos juntos na Rua Apodi, 69 eu, Sara Ramo, Matheus Rocha Pitta e, eventualmente, Rodrigo Matheus. Era julho ou agosto de 2003, e finalmente coincidíamos eu e Cinthia Marcelle em Belo Horizonte na época dos ipês. Era nossa chance de fazermos Irmãs, um trabalho há muito pensado por nós duas, que aguardava essa ocasião. Naqueles dias, Matheus estava viajando. Era domingo, e nos sentamos eu, Sara e Rodrigo para fazer as flores que seriam usadas para colorir o chão dos ipês com cores trocadas. Rodrigo queria testar uma câmera de segurança para seu trabalho, por isso a posicionamos em frente ao sofá. No meio do processo, começamos a refletir sobre a natureza de nosso trabalho, e me lembrei de uns papéis com antigos escritos didáticos que tinha comprado na feira do troca-troca do Rio, quando eu trabalhava para Rosângela Rennó. SOMOS ÚTEIS. ÚTEIS. NÓS TRABALHAMOS. PRECISAMOS PARA VIVER. Assim nasceu Selvagens Nocivos e o seu primeiro trabalho, o vídeo A cada dia

 

Marilá Dardot, sobre sua relação com a palavra trabalho.

 

 

Mineira de Belo Horizonte, a artista é uma das participantes do Seminário Espaço Trabalho e História, que acontece nos dia 23 e 24 de maio, no Museu Histórico Abílio Barreto. O evento e é gratuito e faz parte das atividades de 2014 do Inhotim Escola. Confira a programação completa do evento aqui.

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Marcius Galan e Espaço

Redação Inhotim

“No meu trabalho, o espaço é um assunto recorrente e é tratado de maneiras muito distintas. Proponho exercícios que vão desde instalações onde a percepção do espectador é testada, às vezes desconstruindo a ideia de precisão nas representações do espaço (mapas, plantas arquitetônicas, etc..) e até em relações banais com os espaços de preenchimentos burocráticos do dia a dia. São escalas diferentes de atuação, mas tratados com a mesma intensidade.”

 

Marcius Galan, sobre sua relação com a palavra espaço.

 

 

O artista, que possui duas obras em exibição no Inhotim, é um dos participantes do Seminário Espaço Trabalho e História. O evento acontece nos dia 23 e 24 de maio, no Museu Histórico Abílio Barreto e é gratuito. Veja a programação completa aqui.

 

Conheça um pouco mais sobre Marcius Galan e seu trabalho nos vídeos a seguir:

 

 

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Seminário Espaço, Trabalho e História

Redação Inhotim

Discutir questões contemporâneas e suas conexões com o universo do Inhotim. Essa é a proposta do Seminário Espaço, Trabalho e História, que o Inhotim Escola realiza nos dias 23 e 24 de maio, em Belo Horizonte. Durante o evento, três mesas redondas reúnem artistas, pensadores e três importantes nomes do acervo do Instituto: Adriana Varejão, Marilá Dardot e Marcius Galan.

 

“Nossa ideia é promover um espaço criativo de debate sobre algumas questões que parecem centrais para a arte contemporânea, o foco de trabalho do Inhotim, mas também para o nosso tempo, de um modo geral. O seminário não tem enfoque acadêmico ou estritamente teórico, queremos com ele trazer abordagens subjetivas, sensíveis, mas também críticas, que partam do campo de trabalho e de atuação de cada um”, explica a curadora Júlia Rebouças, responsável pelo programa.

 

As mesas serão compostas por três convidados cada, sendo um teórico, um artista da coleção do Instituto e um artista de outra disciplina e mediadas pelos curadores Júlia Rebouças e Rodrigo Moura, diretor de arte e programas culturais do Inhotim. O evento dá continuidade ao seminário Natureza, Tempo e Poesia, realizado no lançamento do Inhotim Escola em 2013. Confira a programação completa:

 

Mesa Espaço

23 de maio, às 19h30

Mediação: Júlia Rebouças

Convidados:

Marcius Galan formou-se em Educação Artística pela FAAP e manteve residências na Cité des Arts, em Paris, e no Art Institute de Chicago. Venceu o prêmio Pipa, em 2012, que o levou ao Programa de Residências Gasworks. Possui duas obras em exposição no Inhotim: Seção Diagonal (2008) e Imóvel/Instável (2011), que criam diálogos sobre a escultura, a ilusão e a percepção do espaço.

Seção Diagonal
“Seção Diagonal” (2008), de Marcius Galan, em exibição na Galeria Mata. Foto: Pedro Motta

Fernando de Mello Franco é professor e doutor em arquitetura pela USP. Foi membro do grupo curador das bienais de arquitetura de Roterdã e Veneza e é Secretário de Desenvolvimento Urbano do Município de São Paulo. Na mesa, ele fala sobre a cidade como espaço urbano e seus desafios.

 

Grace Passô é atriz, diretora e dramaturga. Foi uma das fundadoras do mineiro Grupo Espanca!, em 2004. Atualmente dirige o espetáculo “O Contrato”, encenado pelas atrizes Yara de Novaes e Débora Falabella, do Grupo 3. No Seminário, Grace fala sobre o corpo no espaço e seu lugar na cena.

 

Mesa Trabalho

24 de maio, às 10h30

Mediação: Rodrigo Moura

Convidados:

Marilá Dardot é mineira de Belo Horizonte. Formada em Comunicação Social na UFMG, é mestre em Linguagens Visuais pela Escola de Belas Artes da UFRJ. A Origem da Obra de Arte (2002), em caráter permanente no Inhotim, propõe uma reflexão acerca da construção das obras de arte. No Inhotim Escola, a artista aborda essas e outras questões que evolvem seu trabalho, como as técnicas e ferramentas usadas para criá-lo.

"A Origem da Obra de Arte" (2002), de Marilá Dardot. Foto: Pedro Motta
“A Origem da Obra de Arte” (2002), de Marilá Dardot. Foto: Pedro Motta

Peter Pál Pelbart é filósofo, ensaísta e professor. Nasceu em Budapeste, nas Hungria, mas vive na cidade de São Paulo, onde coordena a Companhia Teatral Ueinzz, formada por pacientes psiquiátricos do hospital-dia A Casa. Estudioso da obra de Gilles Deleuze, ele ajuda a discutir o papel do trabalho na sociedade.

 

Francisco Alvim é poeta e diplomata. Começou a escrever ainda na adolescência, por influência de sua irmã, a poetisa Maria Ângela Alvim. Lançou seu primeiro livro, Sol dos Cegos, em 1968. Após um período em Paris atuando na Unesco, Alvim retornou ao Brasil e passou a integrar o  grupo literário Frenesi, atuante na poesia marginal dos anos 1970. No evento, ele fala do trabalho de escritor e do ofício da escrita.

 

Mesa História

24 de maio, às 14h30

Mediação: Júlia Rebouças

Convidados:

Adriana Varejão é carioca e elegeu a pintura como principal suporte de sua produção. Realizou sua primeira exposição em 1988, na Galeria Thomas Cohn, no Rio de Janeiro. Nos trabalhos reunidos no Inhotim, é possível acompanhar a diversidade de interesses de sua obra e a variedade de fontes de sua pesquisa. Por meio de pinturas, esculturas e instalações, a artista vem discutindo a história brasileira, sobretudo a formação de seu povo.

"Celacanto Provoca Maremoto" (2004-2008), de Adriana Varejão. Foto: Ricardo Mallaco
“Celacanto Provoca Maremoto” (2004-2008), de Adriana Varejão. Foto: Ricardo Mallaco

Norma Côrtes é historiadora formada pela PUC Rio, com pós-doutorado em História da Cultura na USP. É professora da UFRJ, no campo da História Social e da Cultura, que investiga, entre outros, a forma como são compreendidos os fenômenos históricos. Na mesa, ela ajuda a fazer um contraponto entre as narrativas hegemônicas e marginalizadas dos acontecimentos do passado.

 

Eduardo Moreira nasceu no Rio de Janeiro, mas mudou-se para Belo Horizonte aos 13 anos. É dramaturgo e fundador do Grupo Galpão, e participou de todas as montagens da trupe como ator. No cinema, atuou em produções nacionais, como O Ano que meus Pais saíram de férias (2006) e Batismo de Sangue (2007). No Inhotim Escola, ele fala da história como “estória” e suas narrativas fictícias.

Programe-se

Inhotim Escola apresenta o Seminário Espaço, Trabalho e História

Data e hora: 23 de maio, mesa às 19h30; 24 de maio, mesas às 10h30 e 14h30

Local: Auditório do Museu Histórico Abílio Barreto – Avenida Prudente de Morais, 202, bairro Cidade Jardim

Entrada: gratuita, por ordem de chegada. A capacidade do teatro é de 100 pessoas.

 

Atualização: Devido ao mau tempo na cidade do Rio de Janeiro nesta manhã, a artista Adriana Varejão e a historiadora Norma Côrtes não conseguiram embarcar para Belo Horizonte. Assim, a mesa prevista para esta tarde no Seminário Espaço, Trabalho e História, do Inhotim Escola, foi cancelada. Uma nova data será divulgada no site e nas mídias sociais do Inhotim em breve.