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Amigos do Inhotim

Redação Inhotim

Se você fosse apoiar uma causa, qual seria? Conservação do meio ambiente? Investir em educação? Ou geração de renda para comunidades carentes? Você iria preferir estimular a cultura de uma região ou investir em jovens artistas?

 

Imagine como seria incentivar todas essas iniciativas transformadoras de uma única vez.

 

Para quem faz parte do Amigos do Inhotim, isso é possível. O programa, criado em 2011, recebe doações que contribuem com a sustentabilidade do parque e apoiam mais de 30 projetos socioeducativos. Quem participa ainda pode deduzir do Imposto de Renda o valor da contribuição e passa a ter benefícios que variam para cada categoria, como entrada gratuita no parque, desconto em lojas e serviços e eventos exclusivos.

 

Gostou da ideia? Então você vai gostar ainda mais de saber da importância de cada doação. O Inhotim é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), ou seja, é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que trabalha com bens imateriais fundamentais para toda a comunidade, como cultura, educação e desenvolvimento humano. São cerca de 110 hectares, repletos de obras de arte e galerias em um imenso jardim botânico, onde 1.000 funcionários trabalham para garantir a todo visitante uma experiência inesquecível.

 

É claro que tudo isso tem um custo. Assim, a manutenção do Inhotim é garantida por meio de leis de incentivo à cultura, termos de parceria, patrocínio direto, venda de ingressos e de produtos e também dos valores arrecadados pelo Amigos do Inhotim. Em seus três anos de existência, o programa já recebeu 2.500 doações, que somam R$ 900 mil reais. E, a partir de agora, juntar-se a essa causa ficou ainda mais fácil, já que a adesão pode ser feita pela internet. Basta clicar aqui para ter acesso ao formulário e entrar para essa comunidade de transformadores.

 

Assista ao vídeo sobre o programa e compartilhe a ideia com os amigos:

 

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Fernando Sodré faz show no Inhotim

Redação Inhotim

Mineiro de Belo Horizonte, Fernando Sodré faz parte de um movimento de renovação da viola caipira. No último ano, o artista lançou seu terceiro álbum, Viola de Ponta Cabeça, em que apresenta harmonias modernas e bem-trabalhadas, executadas com técnica e precisão. O resultado é um jazz contemporâneo repleto de influências, que ele apresenta no Inhotim no próximo sábado, 07 de junho, às 15h. Acompanhado pelos músicos Írio Júnior (piano), Esdras Neném (bateria) e Enéias Xavier (contrabaixo), o violeiro ainda recebe como convidados Toninho Horta e o gaitista Gabriel Grossi. O Blog do Inhotim conversou com Fernando sobre o show e sua relação com a música. Confira!

 

Blog do Inhotim – Você tem raízes no choro, mas sua música conta também com elementos de jazz. Como você descreve o som que faz?

Fernando Sodré – Posso considerar que o que eu toco é música instrumental brasileira. Meus arranjos possuem influências de ritmos e melodias tipicamente brasileiros, como o choro, a música nordestina e a música mineira de raiz. Acho que é uma mistura disso tudo. Comecei tocando chorinho e o jazz veio só depois, com o músico Alvimar Liberato. Ele me apresentou o gênero e, a partir daí, comecei a estudá-lo. No início, a linguagem era difícil para mim, mas logo me apaixonei e adicionei mais esse elemento à minha música.

 

BI– Em seu último álbum e também no Inhotim você toca com músicos importantes da cena mineira. Como foi agregar esses nomes ao trabalho?

FS – O grande responsável por essa experiência foi o Enéias. Eu já o conhecia há algum tempo e costumávamos realizar alguns trabalhos juntos. Certa vez, eu tinha uma apresentação no Panamá e o baterista Márcio Bahia, que ia tocar no show, não pode viajar com a banda. Foi então que o Enéias indicou o Esdra (Neném). Ele tocou conosco e a experiência foi muito bacana. Pouca gente sabe disso, mas, antes de pensar no Viola de Ponta Cabeça, a minha intenção era fazer um disco solo. Depois dessa viagem e de outras passagens mudei de ideia e resolvi convidar os dois para montarmos um trio. Adicionamos outros elementos interessantes na gravação, como o piano do Irio e a harmônica do Gabriel Grossi. O resultado foi um álbum muito livre, no qual cada um tinha muita autonomia para criar dentro dos arranjos propostos. Considerando que fizemos ao vivo, essa soma de influências e sons foi até além das minhas expectativas. Quando ouvi as faixas pela primeira vez, percebi o quanto as coisas encaixaram bem.

 

BI – O cantor e compositor Toninho Horta também está no álbum e na apresentação no Instituto. Como foi essa experiência?

FS – Eu sou fã do Toninho Horta há muito tempo. Sempre ouvi as músicas dele e o tive como uma das minhas referências. Ao longo da minha carreira, tive vontade de desenvolver algum tipo de trabalho com ele. Foi através de uma amiga em comum que fiz o convite na época que estávamos fazendo o Viola de Ponta Cabeça. Nós mandamos o material, o Toninho ouviu, gostou e topou participar do disco. Assim que começaram as gravações, ele se mostrou muito disposto e envolvido com o projeto. O resultado foi essa versão de “Party in Olinda”, faixa também dirigida por ele, que ficou muito interessante.

 

BI – Sobre o show de sábado, o que significa se apresentar em um lugar como o Inhotim?

FS – É realmente uma oportunidade fantástica poder tocar em um lugar respeitado e reconhecido nacional e internacionalmente como o Inhotim. Acho que a minha música dialoga muito bem com o lugar e as pessoas que estão ali, então a minha expectativa é grande. Estou esperando um grande show, afinal, a atmosfera do lugar influencia de maneira positiva cada faixa que iremos tocar. Mostraremos um repertório bem diversificado, com músicas tanto do último álbum, quanto de outros, mais antigos. Além do nossa formação de base e do Toninho Horta, teremos também a participação do Gabriel Grossi.

 

BI – A apresentação faz parte da programação da 10° Semana do Meio Ambiente realizada no Inhotim. Você tem alguma relação com a questão ambiental?

FS – É interessante dizer isso, porque a grande maioria das minhas músicas surge em lugares longe das cidades. Rios, fazendas, montanhas, enfim, espaços onde não existem grandes alterações do homem. Portanto, a natureza é uma fonte de inspiração para mim. Sem ela, talvez, eu teria mais dificuldades no meu processo criativo. Semanas como essa são muito importantes para a conscientização de todos nós sobre a questão ambiental.

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Copa 2014 no Inhotim

Redação Inhotim

Quer visitar o Inhotim durante a Copa do Mundo? Então fique de olho na nossa programação de junho e julho para não perder nada.

 

Transmissão de jogos

Quem for ao Instituto em dia de jogo não vai ficar de fora do mundial. O Inhotim transmite no Teatro do Centro Educativo Burle Marx todas as partidas que acontecem dentro do horário de funcionamento do parque: de 9h30 às 16h30, de terça a sexta-feira, e até 17h30 em feriados e finais de semana.

 

Visita panorâmica em inglês

Entre 14 de junho e 12 de julho, a visita panorâmica do Inhotim acontece também em inglês. Ideal para levar os amigos gringos que vêm aproveitar o sofá da sua casa! A proposta oferece uma visão geral do Instituto e tem ênfase no projeto paisagístico e obras dispostas nos jardins. O ponto de partida a recepção do parque, com saídas de terça a domingo e feriados, às 11h. Os grupos podem ter até 25 visitantes e a duração é de 1h.

 

Visitas temáticas de arte

Se você pretende se aprofundar um pouco mais no universo de arte contemporânea, não deixe de participar das visitas temáticas de arte. Sempre com foco em algum aspecto do acervo, elas proporcionam reflexões e outros olhares acerca das obras. Com duração de 1h30, acontecem aos sábados, domingos e feriados, às 14h30, saindo da recepção. Confira os temas dos meses de Copa:

 

– Junho: Veja, ouça, toque!  – O hiperestímulo na arte

O visitante é convidado a discutir como o surgimento das novas tecnologias e meios de comunicação modificaram a percepção e o fazer das artes. A partir dos trabalhos de Babette Mangolte e Hélio Oiticica é possível debater essas transformações na produção artística da década de 1960 nas grandes cidades.

 

– Julho: Paisagens Sonoras

Já parou para pensar em como os sons podem ser apreendidos e modificados pela tecnologia? Em junho, a proposta é olhar e escutar as caminhadas pelo parque, os espaços e ações de maneira mais cuidadosa, partindo de uma reflexão sobre artistas como Janet Cardiff e Doug Aitken.

 

Visitas temáticas de meio ambiente

Jardim botânico desde 2010, o Inhotim possui uma enorme variedade de plantas. Com a ajuda de um mediador, é possível caminhar pelo parque e conhecer parte dessa coleção botânica. O percurso é um convite à reflexão sobre a importância da conservação da biodiversidade. As visitas acontecem aos sábados e domingos, saindo às 14h30 da recepção.

Vista sua camisa verde e amarela e participe das nossas atividades, que são gratuitas para todo visitante! Clique aqui para comprar seu ingresso.

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10ª Semana do Meio Ambiente

Redação Inhotim

Você já ouviu falar em pegada ecológica? Crédito de carbono? Inovação ambiental? Essas e outras expressões têm aparecido frequentemente quando o assunto é a preservação do planeta. Pesquisadores do mundo todo estão colocando a cabeça para pensar em formas de reduzir o impacto do homem na Terra e como transformá-las em práticas comuns a qualquer cidadão. Na próxima semana, essa discussão desembarca no Inhotim, com a 10ª. Semana do Meio Ambiente (SMA), que este ano tem o tema Pessoas pelo Clima.

 

De 1º a 8 de junho o Inhotim recebe uma intensa programação com workshops de inovação, seminários com convidados especiais, oficinas de educação ambiental, visitas temáticas mediadas, games e uma mostra botânica. As atividades propõem uma reflexão sobre a preservação ambiental e apresenta iniciativas rumo à sustentabilidade.

 

O Blog do Inhotim conversou com o Diretor de Jardim Botânico e Meio Ambiente do Instituto, Joaquim de Araújo sobre a SMA. Confira a seguir!

 

Blog do Inhotim – Essa já é a 10º edição da SMA, e a 8ª no Inhotim. Como você analisa essa trajetória?

Joaquim de Araújo – A Semana do Meio Ambiente tem o papel de sincronizar temáticas globais, nacionais e regionais no Inhotim e, a partir dessas discussões, estabelecer atitudes. Ao longo dos anos, encontramos importantes soluções para questões ambientais e afirmamos o valor do Jardim Botânico Inhotim para a conservação da diversidade biológica. A SMA se transformou em um fórum para que a temática ambiental fosse realmente considerada à altura.

 

BI – Pessoas pelo Clima é o tema deste ano. Em que tipo de iniciativas você acredita que as pessoas possam se engajar para tentar desacelerar as mudanças climáticas?

JA – Nossa intenção é trazer esse tema para o cotidiano, de forma que as pessoas possam refletir sobre seu modo de vida. A mudança climática e o aumento de temperatura estão intimamente ligados à forma como a sociedade contemporânea leva seu dia a dia. Queremos chamar a atenção das pessoas físicas, e não somente das empresas, sobre seus padrões e hábitos de consumo. Para revertermos esse cenário, é fundamental o uso consciente dos recursos naturais. Não temos uma receita, mas é preciso perceber que consumir com bom senso tem a ver com o bem estar de toda a sociedade.

 

BI – O que o Inhotim tem feito para reduzir seu impacto no meio ambiente?

JA – Primeiramente, sabemos de nossa responsabilidade quanto à conservação da flora e da diversidade biológica e temos, cada vez mais, um posicionamento efetivo dentro dessa temática. Como jardim botânico, trabalhamos estabelecendo diversas metas, inclusive de pesquisas, assumindo compromissos no cenário brasileiro. Já com relação à gestão do próprio parque, estamos estabelecendo um Sistema de Gestão Ambiental, que pretende mapear e criar um formato de funcionamento mais eficiente. As ações incluem o controle e monitoramento de resíduos sólidos do Inhotim; redução de gastos com energia elétrica; melhor manejo e uso da água potável; entre outros. São formas práticas de garantir a excelência do Instituto em sua relação com o ambiente em que está inserido.

 

Ficou com vontade de participar dessa discussão? Então clique aqui para ver a programação completa da 10ª Semana do Meio Ambiente.

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Minimostra de Música Contemporânea

Redação Inhotim

No próximo domingo, 25 de maio, violões, flautas, percussões e esculturas musicais tomam conta do Inhotim para compor a Minimostra de Música Contemporânea. A partir das 15h, os grupos mineiros Corda Nova, Flutuar Orquestra de Flauta, Grupo de Percussão da UFMG e Quarteto Cretinos e Plásticas se apresentam pelos jardins do Instituto, em um cenário que mistura arte e natureza de forma única. Para convidar você a experimentar tudo isso, o Blog do Inhotim pediu que cada grupo contasse o que faz de sua música contemporânea. Confira!

 

Fernando Rocha, do Grupo de Percussão da UFMG – “A percussão talvez seja o instrumento mais emblemático da Música Contemporânea. Isso porque engloba uma gama de sons e instrumentos, os mais variados possíveis, incorporando ainda objetos do dia a dia e outros, inventados pelos próprios músicos, que geram um material sonoro quase que infinito para o compositor de música contemporânea. Mas o percussionista contemporâneo também não se restringe ao som. A sua predisposição à experimentação permite que sua música incorpore materiais de outras áreas, como do teatro, da literatura, do circo, da dança, da tecnologia. Dessa forma, talvez o que seja mais contemporâneo no trabalho do Grupo de Percussão da UFMG seja sua falta de preconceitos e seu interesse constante na ampliação da linguagem musical.”

 

Stanley Levi, do Corda Nova – “O Corda Nova já se criou filho de seu tempo. Com a contemporaneidade em seu DNA, o grupo primou pelo trabalho com compositores vivos, e até aqui levou aos palcos exclusivamente obras encomendadas especialmente para seus espetáculos. Não é apenas a tinta fresca das notas no papel que define a sintonia do grupo com sua época: seus integrantes estão imersos e sintonizados com a produção musical e com o pensamento atuais, seja através de propostas artísticas radicais seja por sua formação acadêmica e humana. Isso vai desde sua inserção ativa na vida cultural comunitária de sua terra até o convívio com comunidades pouco integradas ao mundo ocidental. Tudo isso tem se refletido na produção do grupo, culminando em criações que, muitas vezes, extrapolam o mundo estritamente sonoro em direção ao plástico, ao cênico e à conceitos e poéticas que são um retrato possível, uma faceta, do Brasil contemporâneo.”

 

Alberto Sampaio, da Fluturar Orquestra de Flauta – “A liberdade norteia o trabalho e a orientação estética da Flutuar Orquestra de Flautas, grupo que não se deixa prender a nenhuma corrente artística que lhe possa cercear a espontaneidade de expressão. Isso é o que lhe confere a contemporaneidade e a originalidade artística: a ousadia da experimentação e da criação. Tudo na Flutuar é liberdade: a escolha de repertório, a estruturação dos arranjos, a atuação em palco, o despojamento de seus integrantes e, principalmente, a alegria de se tocar em conjunto.”

 

Marco Scarassatti, do Quarteto Cretinos e Plásticas – “Mais que estar identificado com os modos de produção de uma época, ser contemporâneo é descolar-se dela e deslocar-se sobre ela, a fim de interrogá-la nos seus modos de agir, tocar, pensar e, no caso, fazer a música. Nós, dos Cretinos e Plásticas, investigamos, exploramos e interrogamos o fazer musical e artístico no próprio tempo em que fazemos nossa música. Da elaboração e confecção do instrumentário, até a construção poética de um espaço sonoro por meio da improvisação, passando pela aproximação a outras artes expressas no objeto-instrumento, tomado também por sua plasticidade, o que fazemos é explorar e nos descolar pelos modos de se fazer e pensar a música atualmente.”