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Colônia de Férias Inhotim: lazer e aprendizado

Redação Inhotim

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Que tal aproveitar as férias para oferecer aos filhos momentos de lazer com muito aprendizado? Pensando nessa proposta, o Instituto realiza a Colônia de Férias Inhotim do dia 14 até 31 de janeiro, sempre de quintas-feiras a domingo. Crianças de 6 a 11 anos vão participar de visitas mediadas para conhecerem o Parque e de oficinas para despertar a criatividade por meio de atividades lúdicas.

Na opinião da gerente do Educativo Inhotim, Yara Castanheira, atualmente, as crianças estão muito ligadas ao mundo virtual. “Celulares, tablets e vídeo-games ocupam boa parte do tempo e se transformam nos principais brinquedos de hoje. Queremos que, no Inhotim, meninos e meninas tenham contato com a terra, andem descalços e aprendam muito com nossos educadores, a partir dos nossos acervos artístico e botânico”, afirma Yara. E completa: “Por meio dessas ações, queremos sensibilizar as crianças em causas como consumo consciente e sustentabilidade. Em uma das atividades, por exemplo, vamos ensiná-las a fazer um mini-jardim, com espécies de plantas do Parque. E elas poderão levá-lo para casa e continuar cuidando dele”, explica a gerente do Educativo.

As informações sobre preços e formas de pagamento podem ser consultadas pelo telefone (31) 3571-9795 ou pelo email escolas@oturi.com.br, assim como as inscrições. São oferecidas 20 vagas por dia, sendo 10 para crianças de 6 a 8 anos e a outra metade para quem tem de 9 até 11. As inscrições podem ser feitas, também, na Recepção do Inhotim.

PROGRAMAÇÃO

9h30: acolhida das crianças na Recepção por educadores e funcionários e café da manhã

10h às 12h: visita mediada

12h às 13h: almoço no restaurante Oiticica

13h às 15h30: oficinas (veja a programação abaixo)

15h30: lanche

16h: encerramento das atividades na Estação Educativa, onde os pais encontram os filhos

OFICINAS – sempre de 13h às 15h30

Mini-jardim: as crianças conhecem mais sobre algumas espécies de plantas do Inhotim. Além disso, constroem e levam para casa o mini-jardim. De forma dinâmica e lúdica, os participantes conversam sobre solos, plantas, paisagismo e consumo consciente.

Quando: sextas-feiras (para crianças de 9 a 11 anos); sábados (para crianças de 6 a 8 anos); domingos (para crianças de 9 a 11 anos).

Inventores: nesta atividade, as crianças são convidadas a desenvolver objetos imaginados pelo grupo por meio de recortes e colagens, que culmina no exercício de construção coletiva de novos objetos e brinquedos.

Quando: quintas-feiras e domingos (para crianças de 6 a 8 anos)

Carimbos: é a oportunidade de confeccionar carimbos por meio de técnicas e conceitos básicos de gravura que geram imagens e que podem ser impressas repetidas vezes. Ao final da atividade, a criança terá construído um carimbo exclusivo a partir da descoberta de textura de folhas secas e troncos de árvores.

Quando: sextas-feiras (para crianças de 6 a 8 anos)

Flipbook: as crianças criam histórias a partir da experiência de visitação aos acervos do Inhotim em pequenos cadernos. Esta oficina propõe um olhar minucioso sobre o espaço e os acervos botânico e artístico do Inhotim.

Quando: quintas-feiras e sábados (para crianças de 9 a 11 anos)

A programação está sujeita a alteração.

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Restrospectiva 2015: Jovens Agentes Ambientais Inhotim

Redação Inhotim

JAA Brasil _ William Gomes

O programa Jovens Agentes Ambientais foi inicialmente criado para democratizar o acesso a técnicas de jardinagem e cultivo do solo. Ao longo dos anos o projeto se desenvolveu e passou a ter projeções ambiciosas no campo da educação e hoje aspira à formação de protagonistas juvenis para a sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente. Essa transformação fez com que o rol de conteúdos a serem discutidos aumentasse em quantidade e diversidade. Para tornar possível essa empreitada, em 2015 foi inaugurado o formato anual de realização do projeto: uma única turma de 25 jovens provocados a repensar a nossa relação com o meio ambiente e, por que não, com o nosso próprio futuro.

No início de 2015 escrevi, aqui no blog do Inhotim, que “Como educadores, desejamos provocar o jovem a se perceber protagonista da sua própria experiência no lugar onde vive. Entendemos que são muitas as oportunidades que temos de mudar a relação entre homem e ambiente, por isso exercitamos a habilidade de identificá-las e de atuar sobre elas em qualquer escala.” A partir desta convicção, começamos o ano propondo ao grupo uma reflexão sobre rótulos das embalagens dos produtos que comumente consumimos. Descobrimos o símbolo dos transgênicos estampado na caixa de chicletes e pelos jornais soubemos que, naquele mesmo momento, a Câmara dos Deputados discutia a aprovação do projeto de lei 4148/08, que dispensa o alerta nos rótulos de mercadorias que tenham em sua composição elementos geneticamente modificados. O projeto foi aprovado. Nós, por outro lado, temos ainda nossas dúvidas e continuamos na busca por novos caminhos.

Uma vez que, como grupo, estávamos convencidos de que é preciso transformar a relação que estabelecemos com os recursos que a natureza nos oferece, percebemos a necessidade de exercer um outro papel: o de comunicar e sensibilizar. A partir de então, visitamos bairros e distritos de Brumadinho, conhecemos os desafios cotidianos de outras famílias e pudemos atestar que ainda existe espaço para o diálogo. Fomos muito bem recebidos pela comunidade dos Pires, que plantou as mudas de algumas espécies medicinais que cultivamos e levamos até lá, bem como aceitou o convite para uma ampla discussão sobre cuidado, cooperação e transformação.

Com isso, aprendemos que ter voz requer muita responsabilidade. Ainda assim, ou exatamente por isso, desejávamos falar mais e mais alto. Desse desejo então nasceu a Coluna Jovens Agentes Ambientais, nosso espaço no jornal local. Nela, temos a chance de dar vazão às pesquisas e descobertas que ocorrem durante os nossos encontros, dar evidência a assuntos pouco discutidos ou contraditórios, ativar novas redes de colaboração.

Durante toda essa caminhada não perdemos de vista o fato de que estamos vivendo um momento chave para a definição do nosso próprio futuro. As estatísticas e as projeções dos cientistas sobre o destino do nosso planeta são alarmantes, muitas vezes a ponto de nos paralisar. Mas a estagnação não é, para nós, uma opção. Conscientes de que é urgente fazermos escolhas mais saudáveis com relação aos nossos hábitos de consumo, seguimos em frente sempre em busca de alternativas que nos façam reaprender a estar no mundo sem destruí-lo.

Artigo escrito pela supervisora de Educação, Lília Dantas.

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Que lugar é esse?

Redação Inhotim

Entre os dias 1º e 5 de dezembro, o Inhotim recebe a artista israelense Ofri Cnaani para realizar um trabalho inédito no Parque, as performances “Que Lugar é Esse?” e “Recalculate Root”. Inspiradas na experiência da artista como mediadora de visitas em museus da cidade norte-americana de Nova York, as ações pretendem transformar a visita de quem passa pelo Parque tendo funcionários do Instituto sem formação em arte como mediadores de visita ou até mesmo um celular. Essas são as formas da artista questionar a necessidade de conhecimento acadêmico para interpretar a arte.

A primeira performance foi realizada pela primeira vez em julho de 2015, no Museu de Israel, em Jerusalém. “Desenvolvi uma sensibilidade pela maneira de contar histórias e tive interesse em analisar essa atividade como uma expressão artística”, explica Cnaani. Antes da apresentação, ela vai capacitar 35 funcionários de diversas áreas do Instituto, como jardinagem, recepção e transporte interno. Ofri Cnaani tem 40 anos e, atualmente, mora em Nova York, onde é professora da Escola de Artes Visuais e do Centro Internacional de Fotografia.

“O conteúdo gerado na performance não destaca somente os acervos, mas, sim, o trabalho desenvolvido pelos participantes. Essa é uma forma de desafiar o saber sobre arte”, enfatiza Cnaani. Segundo ela, a iniciativa de realizar a atividade no Inhotim surgiu de uma visita ao Instituto, há um ano. A artista percebeu várias formas em que o conhecimento é gerado e transformado pelos mediadores do Parque e entrou em contato com os educadores do Inhotim.

Para a gerente de educação do Instituto, Yara Castanheira, a performance atende aos desejos da Instituição. “A proposta de oferecer ao visitante uma experiência única com o acervo está na essência das nossas ações educativas”, explica. Enquanto para o público essa é a oportunidade de ter um contato diferente com o Parque, para os funcionários é a chance de compartilhar experiências pessoais com o público, fortalecendo a relação de pertencimento à Instituição.
Depois da capacitação com a artista, os funcionários serão estimulados a criar um trajeto pelo Parque, a partir de 10 perguntas que, geralmente, não são feitas pelos visitantes. Relatando suas próprias experiências, eles realizam a visita mediada com uma pessoa por vez, contando suas interpretações dos acervos do Inhotim. O workshop com os funcionários acontece nos dias 1º, 2 e 3 de dezembro e a performance, nos dias 4 e 5.

Na segunda ação, a ideia da artista israelense Ofri Cnaani é usar o celular para propor uma outra forma de visitar Inhotim. Durante uma hora, os visitantes receberão mensagens de seis em seis minutos pelo celular  com sugestões de como interagir com o Parque. As mensagens contêm dicas que podem ser interpretadas de diversas formas. “As dicas que irei enviar são ambíguas, propondo um significado sobre o espaço e outro sobre si próprio. Quando digo pra pessoa “se perder”, por exemplo, ela pode tanto se perder pelos jardins como se perder em pensamentos”, explica. Cada participante deverá registrar por meio do próprio celular uma imagem que descreva a experiência vivida após cada orientação. “As imagens vão me mostrar o ponto de vista deles, como cada um recebeu e interpretou as mensagens”, diz.

SERVIÇO
Performance “Que Lugar é Esse?”

A performance “Que Lugar é Esse?” foi inspirada na experiência da artista como mediadora de visitas em museus de Nova York. A ação pretende transformar funcionários do Instituto Inhotim sem formação em arte em mediadores de visita. É uma forma de questionar a necessidade de conhecimento acadêmico para interpretar a arte.
Data: sexta-feira, 04 de dezembro.
Horários: das 11h às 12h e das 14h às 15h.
Local: Tamboril

Performance “Recalculate Rout”
Recalculate Rout é uma performance que usa um aplicativo de celular para incentivar o visitante a percorrer um caminho através de chamadas ou mensagens. O objetivo é proporcionar uma outra experiência de visita em locais familiares ou não, sejam cidades ou museus.
Data: sábado, 05 de dezembro
Horário: 14h
Local: Estação Educativa

 

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Inhotim inaugura Galeria Claudia Andujar

Redação Inhotim

Em novembro de 2015, o Instituto Inhotim inaugurou sua 19ª galeria permanente, dedicada ao trabalho da fotógrafa Claudia Andujar, nascida na Suíça e radicada no Brasil desde a década de 1950. Patrocinado pelo Santander, o pavilhão de 1.600 m² é o segundo maior do Parque e exibe mais de 400 fotografias realizadas pela artista entre 1970 e 2010 na Amazônia brasileira e com o povo indígena Yanomami. Andujar viveu temporadas na região e realizou diversas visitas posteriores. Ao longo dos anos, registrou o ambiente, as tradições e o contato dos índios com o homem branco.

Dividida em quatro blocos, a galeria é resultado de cinco anos de pesquisa da curadoria do Inhotim em conjunto com Andujar no arquivo da artista. Grande parte das fotografias é inédita, como as séries Rio Negro (1970-71) e Toototobi (2010), esta última realizada durante uma assembleia da Hutukara Associação Yanomami. Mesmo as imagens mais conhecidas da artista foram organizadas em séries amplas, que combinam fotografias icônicas a outras nunca antes ampliadas. Também é possível ver o maior conjunto já exibido dos registros que compõem Marcados. Trabalho mais reproduzido de Andujar, foi elaborado a partir de fotos feitas por ela para os cadastros de saúde utilizados pelas equipes de vacinação da região, numa tentativa de proteger os índios da dizimação por doenças até então desconhecidas por eles, como sarampo e poliomielite.

Para o diretor artístico do Inhotim e curador da mostra, Rodrigo Moura, Andujar está entre os raros artistas que conseguem, de forma poética, atribuir engajamento ao trabalho artístico. “A singularidade e a potência da trajetória de Claudia Andujar vêm da construção de um trabalho com um poder efetivo de intervenção no real, porém feito de costas para o sistema de arte do Brasil. De certa maneira, seu trabalho diz que esse encontro com outro, essa busca da arte para a constituição da identidade, tanto do autor quanto daquele que é fotografado, só é possível se dar fora de um sistema codificado e de interesses imediatos, como mercado e celebridade. Essa visão ética é uma fonte de inspiração para as novas gerações”, avalia.

Além das fotografias, fazem parte da mostra publicações de época, livros da artista e o documentário “A estrangeira”, produzido pelo Inhotim com direção de Moura. A partir de quatro entrevistas, realizadas em São Paulo, no Instituto e na aldeia Demini, no Amazonas, o filme conta a trajetória de Anjudar, desde a infância tumultuada pela Segunda Guerra Mundial até o envolvimento com os Yanomami e a causa indígena.

 

Claudia Andujar, Sem título, da série Catrimani, 1971.
Claudia Andujar, Sem título, da série Catrimani, 1971.

Projeto Arquitetônico

Com 1.600 m², a Galeria Claudia Andujar é o segundo maior espaço expositivo do Inhotim e é dividida em quatro prédios, que recebem blocos da exposição. O projeto é assinado pelo escritório Arquitetos Associados, de Belo Horizonte/MG, parceiro recorrente do Instituto. São eles os responsáveis por construções premiadas do Parque, como a Galeria Miguel Rio Branco e o Centro de Educação e Cultura Burle Marx. A construção da Galeria Claudia Andujar se deu com o apoio do Banco Santander.

Sobre a artista

Claudia Andujar nasceu na Suíça, mas durante a infância e a adolescência morou em diversas cidades, fugindo da perseguição nazista que enviou seu pai e tantos outros para os campos de concentração. Em 1955, após nove anos em Nova York, mudou-se para o Brasil. Aqui, iniciou sua carreira como fotógrafa e trabalhou para diferentes publicações nacionais e estrangeiras, como as revistas Claudia, LIFE, e The New York Times Magazine.

Claudia Andujar acompanhou de perto a construção da Galeria que leva o nome dela. (Foto: Rossana Magri)
Claudia Andujar acompanhou de perto a construção da Galeria que leva o nome dela. (Foto: Rossana Magri)

Em 1970, foi enviada à Amazônia pela revista Realidade para trabalhar em uma edição especial sobre a região. Durante a viagem teve seu primeiro contato com os Yanomami, experiência que a marcou para sempre. A informalidade da vida cotidiana na floresta, a curiosidade e a vontade de compreender o outro e a si mesma fizeram com que Andujar se envolvesse profundamente com a questão indígena no Brasil e sua atuação foi fundamental para a demarcação da Terra Indígena Yanomami, em 1992.

“Ter esse pavilhão em Inhotim significa entrar para a eternidade com meu trabalho dos Yanomami. É importante que pessoas de qualquer parte do mundo, dos lugares mais remotos, conheçam os Yanomami. Saibam que eles são seres humanos, que fazem parte do mundo e que têm de ter acesso a sua cultura para sobreviver”, comenta Andujar.

 

 

 

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BID e Inhotim juntos pela mudança global

Redação Inhotim

Na última quinta-feira, 29 de outubro, o Inhotim e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) lançaram uma importante parceria com objetivo de potencializar ações que já fazem parte das agendas do Instituto, nos campos de meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Batizado de “Inhotim: Mudança Global”, o projeto recebeu, por meio de um termo de cooperação técnica, US$ 700 mil do BID para ser utilizados nos próximos dois anos.

O Inhotim tem um importante papel para a comunidade de Brumadinho/MG e, por isso, o desenvolvimento regional é um dos focos da iniciativa com o BID. “Ter o BID como parceiro nos qualificará ainda mais para que possamos continuar contribuindo para o desenvolvimento da região, da nossa comunidade e para essa agenda importantíssima que trata das mudanças climáticas. O Inhotim é uma semente para o mundo e, com essa parceria, poderemos replicar nosso modelo em outras partes”, avalia o presidente do conselho administrativo do Instituto, Bernardo Paz.

A cerimônia de assinatura contou com a presença de Daniela Carrera, representante do BID no Brasil, Helvécio Magalhães, secretário de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, Ângelo Oswaldo, secretário de Cultura de Minas Gerais, Bernardo Paz, membros da equipe técnica do BID no Brasil e EUA, membros da equipe do Inhotim e autoridades do setor público e privado.

Ficou interessado no projeto? Veja o depoimento do Luís Alberto Moreno, presidente do BID, sobre a parceira “Inhotim: Mudança Global”:

“Eu sempre penso no Inhotim como um lugar que representa, em uma escala pequena, o modelo de desenvolvimento sustentável e humano que queremos todos para a nossa região. Um modelo com melhor gestão de recursos naturais. Um modelo que gera emprego e desenvolvimento para as indústrias criativas. Um modelo que através de cada proposta artística nos ensina mais sobre sustentabilidade e a adaptação as mudanças climáticas. Por todos esses motivos, apostar em este projeto é para nós um dia de celebração”.