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A imagem como experiência

Equipe de mediadores

Uma volta pelos jardins do Inhotim já propõe uma multiplicidade de experiências. Os caminhos sempre desenhados e as obras que vão sendo descobertas em meio à paisagem logo permitem criar novas relações entre corpo, lugar e as imagens que vão surgindo pelo caminho. Não é por acaso que, no mês da fotografia, a visita temática artística propõe uma reflexão sobre os limites da imagem como experiência.

 

Na contemporaneidade, a fotografia reinventa seus suportes e sua relação com outras mídias, convocando todos a diferentes diálogos e conexões. Nesse contexto, ela perde sua plataforma estática e se abre ao múltiplo, produz atravessamentos, possibilita experiências sensoriais diversas e convida o corpo.

 

Um bom exemplo é a instalação Folly (2005-2009), de Valeska Soares, construída de modo a questionar o lugar do corpo como propositor (ou propósito) na obra de arte. O corpo que presencia a obra se torna parte dela que, por sua vez, é multiplicada pelos espelhos e as representações de cada um naquele espaço. Ali o horizonte se torna infinito em paredes finitas.

"Folly" (2009), de Valeska Soares. Foto: Daniela Paoliello
“Folly” (2005-2009), de Valeska Soares. Foto: Daniela Paoliello

Outro artista que propõe um diálogo intenso na relação experiência-imagem-corpo é o fotógrafo Miguel Rio Branco. Sua galeria no Inhotim reorganiza a interação entre público e obra. Em especial, a série Maciel (1979) constrói narrativas a partir de micro-histórias relacionadas a marcas, a cicatrizes. Desconstruindo uma realidade imediata, as imagens se tornam solidárias à conquista de identidade das pessoas retratadas.

fotografias da série "Maciel" (xxx), de Miguel Rio Branco. Foto: Pedro Motta
Fotografias da série “Maciel” (1979), de Miguel Rio Branco. Foto: Pedro Motta

E você, como se relaciona com as imagens que o rodeiam? Não deixe de participar das visitas temáticas do Inhotim! Elas são gratuitas para os visitantes do Instituto. Confira aqui mais informações para programar sua próxima ida ao parque.

 

Texto de Gabriela Gasparotto e William Gomes, mediadores de Arte e Educação do Inhotim.